segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Aos povos da floresta: "Meu Brasil"

Caso Flordelis, evangélicos e eleições 2020

Bolsonaro flerta com mudanças políticas

Quem é Edir Macedo?

Lula defende liberdade para Assange

Paraisópolis: pandemia agrava a crise

O Globo e os casos de corrupção no RJ

Por Franzé Ribeiro, Eduardo Barbabela e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

O governo do Estado do Rio de Janeiro novamente está em meio a investigações quanto a possíveis desvios de recursos públicos, desta vez envolvendo o superfaturamento na compra de respiradores e a construção de hospitais de campanha, estrutura fundamental na estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus. Resultado: pelos menos seis secretários de Estado deixaram seus cargos, e quatro servidores e três empresários foram presos. O governador Wilson Witzel (PSC) foi alvo de mandado de busca e apreensão das investigações, foi afastado do cargo por seis meses e ainda enfrenta um processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Conciliação, desigualdade e desafios

Do site da editora Expressão Popular:


História do presente – conciliação, desigualdade e desafios é uma seleção de artigos jornalísticos de Roberto Amaral, publicados na revista CartaCapital, sobre o golpe político que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff, em agosto de 2016, desde as primeiras articulações direitistas até a entrada do presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, no governo federal.

Os artigos de Amaral, marcados pela linguagem militante do calor da hora, do gênero jornalismo opinativo, contribuem para uma análise sobre a história imediata com base na memória política dos principais momentos históricos do Brasil, como as tentativas políticas para derrubar o governo Getúlio Vargas e o golpe empresarial-militar de 1964. O autor, além de informar, questionar e debater os principais fatos políticos da atualidade, convoca os leitores e leitoras para uma reação organizada em frentes populares para derrotar definitivamente o golpismo e restabelecer a democracia política no país.


Dentro da noite feroz: o fascismo no Brasil

Do site da Boitempo Editorial:


Neste ensaio inédito, o antropólogo Luiz Eduardo Soares apresenta uma aproximação entre o bolsonarismo (entendido como o conjunto de discursos e práticas de Bolsonaro e de seus apoiadores) e o fascismo. Abordando as principais características do que seria um regime fascista e de que forma ele se aplica à realidade brasileira, o autor demonstra, utilizando-se de falas, manifestos e ações, a proximidade escancarada do governo Bolsonaro e seus apoiadores ao fascismo, em especial sua versão brasileira, o integralismo, criado na década de 1930. 

domingo, 13 de setembro de 2020

Celso de Mello, do STF, irrita Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Na noite de sexta-feira (11), o site G1 informou que "o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal. Ele negou ao presidente a possibilidade de ser interrogado por escrito".

Ainda segundo o G1, que pertence ao Grupo Globo, "como é investigado, Jair Bolsonaro pode se reservar o direito de permanecer em silêncio. A decisão não determina local e data do depoimento... Inquérito aberto em maio tem como base acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Bolsonaro nega ingerência na PF".


Vírus e verme causam desemprego e arrocho

Por Altamiro Borges


Pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Social) divulgada na sexta-feira (11) aponta que a renda do trabalhador brasileiro caiu, em média, 20,1% no segundo trimestre deste ano – de R$ 1.118 para R$ 893 – na comparação com o trimestre anterior. Essa tragédia é resultado do vírus (Covid) e do verme (Bolsonaro)!

Ainda segundo a pesquisa da FGV-Social, o impacto da pandemia do coronavírus na renda da população mais pobre foi maior do que na dos mais ricos. A metade mais pobre da população perdeu 27,9% de sua renda, em média, passando de R$ 199 para R$ 144, enquanto os 10% mais ricos perderam 17,5%.

A luta contra a privatização da Petrobras

Orçamento arrasa saúde, ambiente e educação

RJ vira o novo laboratório do 'lavajatismo'

Da Rede Brasil Atual:


O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes (PSC-RJ), foi preso na manhã desta sexta-feira (11). Ele é acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro ( MP-RJ ) de comandar esquema que apura desvios de até R$ 30 milhões no governo fluminense e na administração municipal. Também participaria do esquema a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), pré-candidata à prefeitura da capital. Filha do ex-deputado Roberto Jefferson, ela teve mandado de prisão expedido, mas ainda não foi encontrada.

A cadeira do Supremo e o banco dos réus

Por Fernando Brito, em seu blog:

Jair Bolsonaro, dizem todas as fontes, está bufando com a decisão de Celso de Mello de que deponha pessoalmente – e não por um questionário respondido por advogados, cuidadoso e articulado – no inquérito sobre sua intervenção na Polícia Federal, que culminou com a demissão de Sérgio Moro.

Mas, até agora, tem conseguido se conter – ou ser contido por auxiliares – exatamente por causa de Celso de Melo, mas de outro jeito: pela iminência da aposentadoria do decano do Tribunal.

Despejar a costumeira onda de impropérios contra ele, agora, seria uma pressão sobre o Supremo que criaria dificuldades para aquele – talvez o tal “terrivelmente evangélico” – que vá indicar para ocupar a cadeira que fica vaga no Tribunal.

O drama do arroz expõe as misérias do Agro

Por Guilherme Zocchio, João Peres e Victor Matioli, no site O joio e o trigo:


Os dados sobre a inflação divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (9) confirmam uma tendência que os brasileiros já sentem no bolso. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de apenas 0,70% no ano, mas com um aumento substantivo de dois produtos essenciais. No período, o preço arroz já avançou 19,28% e feijão preto cresceu em torno de 30%. Há uma questão estrutural por trás.

Os ataques da reforma administrativa

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


O governo Bolsonaro/Guedes, depois de muitas postergações, enviou ao Congresso sua proposta de reforma administrativa por intermédio da Proposta de Emenda Constitucional nº 32, de 3 de setembro de 2020. O pretexto, agora, é que a PEC 32/2020 objetiva enfrentar a crise fiscal, o déficit público e dar maior eficiência à máquina, situação agravada com a pandemia. Daí a necessidade, segundo os argumentos falaciosos do governo, de cortar despesas.

Não é uma corrida de cem metros

Por Leimar de Oliveira e Maria Inês Vasconcelos Lopes, no site Brasil-247:

Essa é uma maratona ou até uma corrida de aventura. É um jogo pesado e é ilusão acreditar que a extrema direita que assumiu o poder no Brasil irá entregá-lo em um novo impeachment ou em 2022 numa eleição limpa, sem uma oposição coesa e combativa. Foi para isso que a extrema direita participou do golpe e foi eleita em um processo recheados de estratégias ilícitas, fake News, algoritmos nas redes sociais e desinformação direcionada. Os objetivos são claros: entregar nossas riquezas, sabotar as instituições públicas e fomentar o obscurantismo.

Hipócritas da mentira

Por Flavio Aguiar, no site A terra é redonda:

Certa vez um amigo, alemão, me alertou para uma característica essencial do comportamento dos nazistas que, a pretexto de engrandecê-la, destruíram a nação: ali onde outros hesitavam, eles não se detinham sequer para pensar. Disse um dos personagens do poeta e ensaísta alemão exilado em Paris, no século XIX, que ali onde se queimam livros se termina queimando pessoas. Os nazistas não hesitaram em fazer ambas as coisas. Na noite de 10 de maio de 1933 gigantescas fogueiras arderam em toda a Alemanha, queimando milhões de livros.


A nacionalidade torpedeada

Arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha
Por Manuel Domingos Neto


Além do sonho coletivo de viver melhor, as nacionalidades requerem percepção comum do passado. Daí a destruição da memória referente às lutas pela mudança social ser o empreendimento fascista mais gravoso para uma nação.

Uma comunidade auto-estimada cuida de sua memória como quem bebe água. A alternativa é morrer. Não há sociedades sem simbologias que sacralizem seletivamente experiências vividas. É o que indica a expressão “lugares da memória” consagrada pela historiografia francesa. Tais “lugares” constituem referenciais das almas nacionais.

A arquitetura, sendo incisiva portadora de mensagens relativas ao passado e às promessas de um futuro melhor, tem grande peso na construção da memória coletiva. É um instrumento universalmente privilegiado.