terça-feira, 26 de novembro de 2024

‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista

Divulgação
Por Altamiro Borges


Até a semana passada, o filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, já havia ultrapassado a marca de um milhão de espectadores e arrecadado R$ 23,5 milhões. O longa é ambientado nos anos de chumbo da ditadura militar e narra a saga heroica de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado, torturado e morto a mando dos generais. Além do êxito nas bilheterias, ele venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza e concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025.

A estranha harmonização facial de Nunes

Charge: Bruno Struzani/@desenholadino
Por Altamiro Borges


No início de novembro, o site UOL revelou que Ricardo Nunes, prefeito reeleito de São Paulo, foi presenteado por uma clínica de luxo com um procedimento de “harmonização facial”. A própria empresa postou as fotos em suas redes, mas logo deletou devido à repercussão negativa. O caso é grave, tanto que deixou irritado o oportunista do MDB que se aliou ao “capetão” Jair Bolsonaro no pleito municipal. A denúncia, porém, logo sumiu do noticiário da imprensa chapa-branca.

Golpismo, Bolsonaro e o papel dos militares

Bolsonaro chora e diz que pode ser preso

PF põe Bolsonaro no centro do alvo

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Moraes manda inquérito do golpe para a PGR

Extrema direita vai abandonar Bolsonaro?

Questões correntes sobre a ação golpista

Charge: Quinho
Por Manuel Domingos Neto

Estivemos à beira de mais uma ditadura?

Estaremos sempre, enquanto persistir a síndrome pós-Guerra do Paraguai. Homens armados se veem superiores aos desarmados. Se bem treinados, maior a sensação de superioridade. Se enfileirados, uniformizados e afastados da convivência social, imaginam-se capazes de tudo. Pretendem-se dignos de glória e subjugam os que lhes sustentam. Para o poder político, comandá-los é tarefa obrigatória. Não há meios termos: ou comanda ou é submetido.

Os ânimos nos quais quartéis estão acirrados?

O clima é de apreensão sobre os desdobramentos das investigações. Há profundo mal-estar com a saraivada de denúncias e críticas desabonadoras. Corporações têm instinto de defesa: percebendo-se atacadas, tendem a se unir, não a se fragmentar.

Banditismo militar e recuo republicano

Charge: Latuff/247
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Quando a serpente rompe a casca do ovo e não é, de imediato, esmagada, ela sai espargindo a peçonha até contaminar todo o organismo democrático. As consequências, como é sabido, vêm depois, e não há mais do que reclamar.

Nosso governo, no auge do respaldo popular, pois recém-saído de eleições presidenciais vitoriosas (com dificuldade embora), renunciou ao dever republicano de assumir o comando político do país e ditar-lhe o rumo, quando, em janeiro de 2023, fomos agredidos – o país, seu povo –, por uma tentativa de sublevação institucional. O vácuo ensejou a presença de novos agentes, e um deles é o STF. Ficamos, pelo menos aparentemente, na plateia. Nossos partidos sem iniciativa. Como se tudo tivesse começado e terminado ali.

O CNPJ do golpe é o das Forças Armadas

Charge: Céllus
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ministro da Defesa José Múcio Monteiro repete como um mantra que os implicados na tentativa de golpe “são pessoas que pertencem às Forças Armadas, mas não estavam representando os militares, estavam com seus CPFs. Foi iniciativa de cada um”.

O ministro tem razão ao dizer que os golpistas fardados carregarão seus CPFs perante os tribunais. Mas o golpe, enquanto empreendimento institucional, tem CNPJ, e o CNPJ do golpe é o CNPJ das Forças Armadas.

Contraria a lógica elementar alegar que a execução do plano foi iniciativa individual e isolada, visto que dentre os 37 indiciados inicialmente no inquérito policial, 25 são militares da alta oficialidade, inclusive general da ativa e integrante do Alto Comando do Exército. Isso caracteriza, portanto, um fenômeno sistêmico –e não individual– da instituição militar.

A Europa prepara-se para a guerra.

Quando essas malditas guerras acabarão?/Ahmad Rahma
Por Flávio Aguiar, na Rádio França Internacional:


Um autêntico calafrio percorreu toda a Europa na semana passada. Noticiou-se com destaque que os governos da Suécia e da Finlândia divulgaram para seus cidadãos manuais sobre como proceder no caso de uma guerra contra terceiros.

O governo sueco distribuiu pelo correio uma brochura de 32 páginas. O finlandês disponibilizou uma publicação online.

Embora o nome não aparecesse, era óbvio que se tratava de uma guerra com a Rússia. A Suécia não tem uma fronteira terrestre com a Rússia. Há uma fronteira marítima entre ela e o enclave russo de Kaliningrado, espremido entre o Mar Báltico, a Lituânia e a Polônia. A Finlândia tem uma fronteira terrestre com a Rússia de 1.343 km.

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Impacto da financeirização na vida política

A decadência dos EUA e os novos desafios

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Justa homenagem a Raphael Martinelli

Por João Guilherme Vargas Netto


Participei na última terça-feira (dia 19), como debatedor, da mesa de um evento em homenagem à memória de Raphael Martinelli, ativista e dirigente sindical ferroviário, preso e torturado pela ditadura militar e militante durante toda sua vida ao longo de seus muitos anos.

Discutiram-se também os desafios atuais a serem enfrentados pelo movimento sindical dos trabalhadores.

Aconteceu no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi – FS (na antiga e famosa sede do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, na rua do Carmo) e a “nomenclatura” da mesa (seguindo a ordem fotográfica) retrata bem o alcance da homenagem e dos debates: Carolina Maria Ruy do Centro de Memória Sindical, José Luiz del Roio do Instituto Astrojildo Pereira, Sebastião Neto do Instituto, Informações, Estudos e Pesquisas (IIEP), Frei Chico do Sindnapi, Rosa Martinelli, filha do homenageado, Almino Affonso, ministro do Trabalho de Jango (do alto dos seus 95 anos fez uma lúcida e memorável intervenção), Lincoln Secco, professor da USP e historiador consagrado e eu mesmo.

O impacto da eleição de Trump nos EUA

O que as nomeações de Trump antecipam?

PF indicia Bolsonaro e mais 35 golpistas