segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Gusttavo Lima: presidenciável ou presidiário?

Charge: Thiago
Por Altamiro Borges

Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) mostra que o cantor Gusttavo Lima é quem aparece melhor posicionado para a eleição presidencial de 2026. Ele seria o principal herdeiro do fascista Jair Bolsonaro, que segue inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O “sertanojo” supera vários expoentes da extrema direita – como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-Goiás) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Ele também está à frente de Michelle Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro e do ex-coach Pablo Marçal.

Zambelli também está na mira da PGR e do TCU

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


A situação da “deputada-pistoleira” Carla Zambelli (PL-SP) se complica cada dia mais e alguns analistas já preveem que ela até pode ser presa em breve. Após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que determinou a cassação do seu mandato e sua inelegibilidade por oito anos, agora foi a vez da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a condenação da raivosa bolsonarista por ter orquestrado, junto com o hacker Walter Delgatti Neto, um ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A guerra de Trump contra o mundo começou

Charge: Oliver Schopf/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Aqueles que achavam que Trump era apenas um “bravateiro, “caíram do cavalo”. Ou melhor, caíram dos asnos que os carregavam.

Procuraram racionalidade, bom senso e civilidade em quem se alimenta de ódio, brutalidade, preconceitos e mentiras delirantes.

Não leram o Projeto 2025 da Heritage Foundation e não entenderam que este segundo mandato de Trump se desenvolverá em circunstâncias políticas bem diferentes do primeiro.

Além de ter maioria no Legislativo, no Judiciário e entre governadores, Trump está aparelhando a própria máquina estatal para assegurar um projeto da extrema-direita estadunidense e mundial.

Tem também o apoio das Big Techs, que dominam a produção e disseminação de informações, em nível mundial.

Forte turbulência na política alemã

Sobreviventes de Auschwitz deixam o campo de concentração
após sua libertação pelo Exército Soviético.
Galeria Bilderwelt/Gettyimages.ru
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:


Se houvesse uma escala Richter - aquela que mede a intensidade dos terremotos - para a política alemã, ela certamente explodiria na semana passada.

A semana começou com a comemoração na segunda-feira, 27, dos 80 anos da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, pelo Exército Vermelho da União Soviética, em 1945. O assunto é delicado e sempre deixa os nervos germânicos à flor da pele.

Na quarta-feira, 29, o parlamento alemão, o Bundestag, aprovou uma moção proposta pelo líder da oposição, Friedrich Merz, da União Democrata Cristã (CDU, na sigla alemã), para que se endurecessem as leis e regras da imigração e concessão de asilo.

O povo é vítima das desgraças que sofre

Foto: Rodolfo Stuckert/Acervo Câmara dos Deputados
Por Jair de Souza

Estamos vivendo uma etapa desesperadora de nossa existência como sociedade. Ao mesmo tempo em que notamos que o povo trabalhador está sendo espoliado a cada dia com mais violência e intensidade, nos damos conta de que boa parte deste mesmo povo atua como sustentáculo político dos verdadeiros causantes de sua espoliação.

Ao tomar conhecimento da nova composição dos comandos tanto do Senado como da Câmara dos Deputados, somos acometidos pelo espanto ao nos vermos diante da macabra conformação que reuniu o que havia de pior para ocupar postos onde seria preciso contar com os melhores. É estarrecedor constatar que, ao mesmo tempo em que votou em Lula para a presidência da nação, o povo brasileiro tenha optado por eleger o parlamento mais reacionário de toda nossa história pós-ditadura militar. Como admitir que os mesmos que entregaram a chefia da nação a alguém abertamente alinhado com as expectativas populares tenham também escolhido para ocupar os órgãos legislativos uma maioria de inimigos viscerais de tudo o que diga respeito aos interesses dos trabalhadores?

China reage a Trump e mundo se agita

Revista IstoÉ chega ao fim nas bancas

PL afunda e Bia Kicis está na mira

Bocardi é demitido por infringir normas éticas

O papel da colaboração na nova IA chinesa

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Desafios em um mundo em convulsão

Foto: Paulo Pinto/AGPT
Por Roberto Amaral, em seu blog:


A crise política – anunciante do que virá – exige da esquerda brasileira o engenho e a arte que lhe têm faltado: compreender as circunstâncias e o caráter do governo Lula e, nele e em face dele, identificar seu papel e arrecadar os elementos de que carece para agir. Procuramos compreender a realidade para modificá-la, o que exige reflexão, um olhar histórico e um simultâneo comprometimento com o futuro em construção.

Carecemos de uma esquerda preparada para rever objetivos e corrigir paradigmas, despida de partis pris, ousada o suficiente para reavaliar certezas e axiomas, sempre em benefício do processo revolucionário real. Processo que, exatamente por não abdicar das utopias fundadoras, mantém-se atento ao mundo objetivo e suas circunstâncias – não como ditadura da história, mas como fenômeno; não como esfinge, mas como solução.

O que perdemos com a demissão de Bocardi

Foto: Divulgação
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Fiquei chateado com a demissão de Rodrigo Bocardi por “descumprir normas éticas do jornalismo da Globo”, conforme comunicado da empresa.

Sempre achei que, mesmo com atraso, Bocardi seria o jornalista da Globo que iria noticiar e comentar o jantar oferecido pelo véio da Havan a oito desembargadores e dois juízes de Santa Catarina, no dia 16 de dezembro num casarão em Brusque.

Sempre achei que, pelo cumprimento de seu dever ético com o jornalismo, a Globo, com centenas de jornalistas, iria noticiar o banquete.

Lula está pronto para a disputa de 2026

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Estreando uma fórmula de relacionamento direto e mais frequente com a imprensa, o presidente Lula concedeu nesta quinta-feira uma longa entrevista coletiva informal em que abordou questões de governos diversas e mandou um aviso político-eleitoral, embora evitando declarar-se candidato: o de que está pronto, em todos os sentidos, para enfrentar a disputa eleitoral de 2026.

Antecipando-se a uma eventual exploração de problemas de saúde e idade, pontuou: “eu tive um acidente, não uma doença. Estou com 79 anos de idade e energia de 30”.

Os governos e a batalha da carestia

Reprodução da internet
Por Jeferson Miola, em seu 
blog:

Após a pandemia da Covid-19 houve forte disparada dos preços de itens essenciais como alimentos, moradia, energia, transporte, armazenamento, logística, medicamentos, combustíveis.

Com o aumento do custo de vida, os governos nacionais passaram a enfrentar ameaças inflacionárias corrosivas. Devido ao abalo na popularidade, no ano de 2024 uma série de governantes amargaram derrotas nas eleições presidenciais disputadas.

O caso mais notório é dos Estados Unidos, em que a candidata democrata Kamala Harris, pressionada pela carestia e pela inflação dos produtos básicos de consumo, sofreu uma derrota acachapante, a despeito dos indicadores econômicos do seu governo melhores que aqueles herdados da administração Trump.

Alta de juros beneficia o capital financeiro

Reprodução da internet
Editorial do site Vermelho:


A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de promover mais um forte aumento na taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano, tem sérias consequências para o país e para a vida do povo. É a quarta elevação consecutiva, num ciclo de muita pressão do mercado financeiro. Com um detalhe: é a primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Copom, agora sob nova direção, errou ao se submeter a uma diretriz que já se apresentara gravemente equivocada, agravada pelos efeitos danosos já patentes de uma política monetária de matriz neoliberal. E, aos olhos do povo, ficou a mensagem negativa: ano novo e a velha e nociva política de juros altos.