Reproduzo artigo de Venício A. de Lima, publicado no Observatório da Imprensa:
Há poucas semanas, neste Observatório, defendendo o cumprimento do artigo 261 da Lei Orgânica do Distrito Federal que manda instalar o Conselho de Comunicação Social, escrevi que as condições históricas estavam dadas para Brasília resgatar sua vocação de ousadia criativa e ser, mais uma vez, pioneira no país (ver "Sopro de ar puro no DF").
Notícia divulgada no último dia 23/2 indica que talvez possamos estar caminhando na direção do pioneirismo: o governador Agnelo Queiroz se reuniu com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para propor uma parceria entre os governos federal e distrital e conectar Brasília integralmente à rede. A se realizar, Brasília seria a primeira capital do país e da América Latina totalmente digitalizada (ver aqui).
Condições ideais
Aparentemente, condições excepcionais facilitam a concretização do projeto piloto. Já existe a rede de fibras ópticas do governo federal (compartilhada pela Telebrás e pelo Serpro) que poderia ser interligada a outras estruturas em funcionamento no DF, isto é, aos cabos da Companhia Energética de Brasília (que interliga os vários órgãos administrativos do governo distrital), do Metrô e da Universidade de Brasília.
O projeto piloto, a ser implantado em uma cidade-satélite (Samambaia ou Ceilândia) seria, posteriormente, estendido ao Distrito Federal e possibilitaria ao cidadão comum acesso gratuito à rede sem fio em espaços públicos – como praças e parques da cidade – e acesso a serviços públicos (marcação de consultas e matrículas na rede de ensino, a suas contas, Detran e outros). Além disso, possibilitaria a universalização do acesso das escolas públicas à internet e a maior transparência da administração local.
Existem 27 milhões de reais no Orçamento do governo federal para projetos de banda larga no Distrito Federal e o projeto piloto seria coordenado pela Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações e pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, em parceria com os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.
A previsão inicial é de que o projeto estaria implementado em dois anos, antes da Copa do Mundo de 2014, da qual Brasília é uma das sedes.
O futuro dirá
O Plano Nacional de Banda Larga é uma das prioridades do governo Dilma Rousseff e sobre ele muito tem sido dito nas últimas semanas. A população do Distrito Federal – que, apesar do folclore nacional, não se reduz a políticos profissionais, muito antes pelo contrário – está ansiosa por resgatar seu orgulho e sua identidade de pioneirismo e ousadia depois dos tempos sombrios que atravessou recentemente.
A iniciativa do governo local em relação à universalização da banda larga é uma boa notícia. Espera-se que seja seguida de outras, como a já mencionada regulamentação do Conselho de Comunicação Social.
Será que Brasília, além de "capital da esperança", se transformará também em capital da democratização das comunicações e do wi-fi?
A ver.
Há poucas semanas, neste Observatório, defendendo o cumprimento do artigo 261 da Lei Orgânica do Distrito Federal que manda instalar o Conselho de Comunicação Social, escrevi que as condições históricas estavam dadas para Brasília resgatar sua vocação de ousadia criativa e ser, mais uma vez, pioneira no país (ver "Sopro de ar puro no DF").
Notícia divulgada no último dia 23/2 indica que talvez possamos estar caminhando na direção do pioneirismo: o governador Agnelo Queiroz se reuniu com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para propor uma parceria entre os governos federal e distrital e conectar Brasília integralmente à rede. A se realizar, Brasília seria a primeira capital do país e da América Latina totalmente digitalizada (ver aqui).
Condições ideais
Aparentemente, condições excepcionais facilitam a concretização do projeto piloto. Já existe a rede de fibras ópticas do governo federal (compartilhada pela Telebrás e pelo Serpro) que poderia ser interligada a outras estruturas em funcionamento no DF, isto é, aos cabos da Companhia Energética de Brasília (que interliga os vários órgãos administrativos do governo distrital), do Metrô e da Universidade de Brasília.
O projeto piloto, a ser implantado em uma cidade-satélite (Samambaia ou Ceilândia) seria, posteriormente, estendido ao Distrito Federal e possibilitaria ao cidadão comum acesso gratuito à rede sem fio em espaços públicos – como praças e parques da cidade – e acesso a serviços públicos (marcação de consultas e matrículas na rede de ensino, a suas contas, Detran e outros). Além disso, possibilitaria a universalização do acesso das escolas públicas à internet e a maior transparência da administração local.
Existem 27 milhões de reais no Orçamento do governo federal para projetos de banda larga no Distrito Federal e o projeto piloto seria coordenado pela Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações e pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, em parceria com os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.
A previsão inicial é de que o projeto estaria implementado em dois anos, antes da Copa do Mundo de 2014, da qual Brasília é uma das sedes.
O futuro dirá
O Plano Nacional de Banda Larga é uma das prioridades do governo Dilma Rousseff e sobre ele muito tem sido dito nas últimas semanas. A população do Distrito Federal – que, apesar do folclore nacional, não se reduz a políticos profissionais, muito antes pelo contrário – está ansiosa por resgatar seu orgulho e sua identidade de pioneirismo e ousadia depois dos tempos sombrios que atravessou recentemente.
A iniciativa do governo local em relação à universalização da banda larga é uma boa notícia. Espera-se que seja seguida de outras, como a já mencionada regulamentação do Conselho de Comunicação Social.
Será que Brasília, além de "capital da esperança", se transformará também em capital da democratização das comunicações e do wi-fi?
A ver.
2 comentários:
realmente, Brasília-DF tem tudo para se tornar referência latino-americana para democratização da internet banda larga. Oportunidade para revolucionar prestação de serviços especializados à distância. Por exemplo, consultoria do dr. fulano de tal a uma reserva extrativista no interior do Pará.
Saiu no Correio Braziliense o que pode ser o Caso Cacciola 2.
Uma "desembargadora" deu DE MADRUGADA, um habeas corpus pra um pobre ancião doente empresário de ônibus sucateados e chefão da Gol, que tem vários processos de crimes de morte.
O nome da juiza de madrugada é SANDRA DE SANTIS, cuja reputação já foi pro chiqueiro, se é que um dia ela teve alguma...
-Dizem as más línguas que ela ganhou uma barrinha de cereal da Gol….
A decisão da Justiça que pedia a prisão do empresário Nenê Constantino, emitida no fim da tarde de quarta-feira (2/3), foi transformada em prisão domiciliar pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) Sandra de Santis. Agora, são duas determinações que obrigam o empresário a ficar em sua mansão no Lago Sul.
Com a mudança, o cerco feito na rua do empresário foi desfeito e os policiais devem voltar, na manhã desta quinta-feira (3/3), apenas para garantir que o acusado de ser o mandante em casos de homicídios fique em casa.
Quem reverteu a decisão foi o advogado Marcelo Bessa, que deu entrada no pedido de prisão domiciliar às 22h. Um oficial de Justiça levou o mandado às 3h da manhã para os policiais civis que bloqueavam o acesso ao conjunto 11 da QL 12. O delegado Ecimar Loli recebeu a determinação e consultou a delegada-chefe da Coordenação de Investigação dos Crimes Contra a Vida (Corvida), Mabel Faria.
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