Por Altamiro Borges
Não é só a Grécia, em maior dimensão, Portugal e Irlanda que são vitimas da violenta crise econômica que atinge a velha Europa. Há fortes sinais de que ela já chegou à Itália. No final de junho, o desgastado e desmoralizado governo de Silvio Berlusconi aprovou um corte de 47 bilhões de euros no orçamento para se resguardar do contágio, que parece inevitável.
O gabinete do primeiro-ministro aprovou o pacote de ajuste num encontro em Roma e agora tentará passá-lo no Parlamento. Em entrevista à imprensa, Berlusconi pediu o “voto de confiança” da oposição, abusando da retórica patriótica. “Sem um orçamento equilibrado, não poderá haver desenvolvimento no futuro”, afirmou. Seu discurso terrorista, porém, parece que não convenceu o gelatinoso espectro partidário italiano.
Ricos beneficiados; trabalhadores prejudicados
A Itália possui a segunda maior dívida pública da Europa – a primeira é a da Grécia. A “disciplina fiscal” imposta pelo ministro das Finanças, Guido Tremonti, penalizou os trabalhadores e favoreceu os banqueiros, mas não conseguiu reduzir os impactos da crise no país. As agências internacionais dos agiotas rentistas, com a Standard & Poor´s e a Moody´s, exigem ainda mais sacrifícios.
O novo pacote de ajuste, marcadamente neoliberal, reduz a carga tributária dos ricaços – que cai de 43% para 40% -, congela os salários dos servidores públicos até 2014 e aumenta da idade da aposentadoria dos trabalhadores. Ele também promove cortes de gastos públicos, inclusive na área da saúde, segundo o jornal Corriere della Sera, que teve acesso a um estudo governamental.
O fim do bravateiro fascistoide
O anúncio das medidas gerou forte indignação no país. Analistas políticos avaliam que o pacote pode até encurtar o mandato do fascistoide Silvio Berlusconi, já desmoralizado pelas denúncias crescentes de corrupção e por suas orgias. No mês passado, o seu nível de popularidade teve queda recorde e a coalizão direitista que o apóia foi derrotada nas eleições locais em maio e junho.
Com a intensificação das lutas sociais contra o “pacote de maldades” do governo, a crise econômica na Itália pode resultar em algo positivo: o fim do reinado do bravateiro Silvio Berlusconi. Não são apenas as forças políticas de centro da Grécia e Portugal que sofrem com o agravamento da crise capitalista européia; a direita fascistoide também passa por enormes apuros.
Não é só a Grécia, em maior dimensão, Portugal e Irlanda que são vitimas da violenta crise econômica que atinge a velha Europa. Há fortes sinais de que ela já chegou à Itália. No final de junho, o desgastado e desmoralizado governo de Silvio Berlusconi aprovou um corte de 47 bilhões de euros no orçamento para se resguardar do contágio, que parece inevitável.
O gabinete do primeiro-ministro aprovou o pacote de ajuste num encontro em Roma e agora tentará passá-lo no Parlamento. Em entrevista à imprensa, Berlusconi pediu o “voto de confiança” da oposição, abusando da retórica patriótica. “Sem um orçamento equilibrado, não poderá haver desenvolvimento no futuro”, afirmou. Seu discurso terrorista, porém, parece que não convenceu o gelatinoso espectro partidário italiano.
Ricos beneficiados; trabalhadores prejudicados
A Itália possui a segunda maior dívida pública da Europa – a primeira é a da Grécia. A “disciplina fiscal” imposta pelo ministro das Finanças, Guido Tremonti, penalizou os trabalhadores e favoreceu os banqueiros, mas não conseguiu reduzir os impactos da crise no país. As agências internacionais dos agiotas rentistas, com a Standard & Poor´s e a Moody´s, exigem ainda mais sacrifícios.
O novo pacote de ajuste, marcadamente neoliberal, reduz a carga tributária dos ricaços – que cai de 43% para 40% -, congela os salários dos servidores públicos até 2014 e aumenta da idade da aposentadoria dos trabalhadores. Ele também promove cortes de gastos públicos, inclusive na área da saúde, segundo o jornal Corriere della Sera, que teve acesso a um estudo governamental.
O fim do bravateiro fascistoide
O anúncio das medidas gerou forte indignação no país. Analistas políticos avaliam que o pacote pode até encurtar o mandato do fascistoide Silvio Berlusconi, já desmoralizado pelas denúncias crescentes de corrupção e por suas orgias. No mês passado, o seu nível de popularidade teve queda recorde e a coalizão direitista que o apóia foi derrotada nas eleições locais em maio e junho.
Com a intensificação das lutas sociais contra o “pacote de maldades” do governo, a crise econômica na Itália pode resultar em algo positivo: o fim do reinado do bravateiro Silvio Berlusconi. Não são apenas as forças políticas de centro da Grécia e Portugal que sofrem com o agravamento da crise capitalista européia; a direita fascistoide também passa por enormes apuros.
0 comentários:
Postar um comentário