Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Ministro Guido Mantega não é das pessoas mais exuberantes do falar.
Mas os entrevistadores do Estadão foram tão radicalmente “mercadistas” que ele deu um banho na matéria publicada ontem.
Este diálogo, se não tivesse sido reproduzido pelo próprio jornal, seria inacreditável:
Estadão: O Banco Central vem seguindo essa cautela com juros com esses aumentos bem baixinhos da Selic, de 0,25%?
Mantega: Bem baixinho? É a mais alta do mundo! Aumentou 1,5 ponto porcentual. Qual foi o país que aumentou isso?Não tem nada de baixinho.
Impressionante que quatro jornalistas de um dos maiores jornais do país se refiram como “baixinhos” aos aumentos de juros no Brasil.
A cabeça do jornalismo econômico brasileiro “está feita”. Eles só ouvem e crêem no “mercado”.
Apesar disso, a entrevista é muito boa por revelar a segurança que o Ministro da Fazenda transmite, neste momento de ameaças.
Afinal, ele tem mais informações do que qualquer um de nós sobre a situação de nossas contas e revela ter muitas das opiniões que aqui tem sido debatidas.
E não demonstra, hora alguma, ter o pulso alterado pela ameaça de crise.
O Ministro Guido Mantega não é das pessoas mais exuberantes do falar.
Mas os entrevistadores do Estadão foram tão radicalmente “mercadistas” que ele deu um banho na matéria publicada ontem.
Este diálogo, se não tivesse sido reproduzido pelo próprio jornal, seria inacreditável:
Estadão: O Banco Central vem seguindo essa cautela com juros com esses aumentos bem baixinhos da Selic, de 0,25%?
Mantega: Bem baixinho? É a mais alta do mundo! Aumentou 1,5 ponto porcentual. Qual foi o país que aumentou isso?Não tem nada de baixinho.
Impressionante que quatro jornalistas de um dos maiores jornais do país se refiram como “baixinhos” aos aumentos de juros no Brasil.
A cabeça do jornalismo econômico brasileiro “está feita”. Eles só ouvem e crêem no “mercado”.
Apesar disso, a entrevista é muito boa por revelar a segurança que o Ministro da Fazenda transmite, neste momento de ameaças.
Afinal, ele tem mais informações do que qualquer um de nós sobre a situação de nossas contas e revela ter muitas das opiniões que aqui tem sido debatidas.
E não demonstra, hora alguma, ter o pulso alterado pela ameaça de crise.
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