Do sítio da Agência Sindical:
As centrais sindicais que participaram, na quinta (15), de reunião com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), ficaram satisfeitas com as medidas para conter as importações na indústria automotiva. Porém vão cobrar uma reunião com o governo para discutir a vinculação das novas regras a contrapartidas trabalhistas. Participaram CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central.
No encontro, o governo anunciou a elevação em 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras de veículos que não investirem em inovação e não usarem uma cota de componentes nacionais. As montadoras terão que utilizar no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul), investir em pesquisa e desenvolvimento e preencher pelo menos 6 dentre 11 requisitos de investimentos. As medidas atingem em cheio as importações de veículos prontos.
Além de automóveis de passeio, elas englobam também a fabricação de caminhões, camionetes e veículos comerciais leves. Mantega também citou montagem do veículo no Brasil, estampagem, fabricação de motores, embreagens e câmbio.
Avaliações
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), Miguel Torres, disse que haverá um freio nas importações, que estão prejudicando a indústria nacional. No entanto, ele considera as medidas insuficientes, porque não exigem contrapartida das empresas. Miguel afirma: “Queremos contrapartida social e ambiental, redução no ritmo das demissões, piso salarial único, redução da jornada de trabalho, entre outras reivindicações do movimento sindical”.
“Entendemos que essa política visa proteger a indústria nacional e o emprego. Mas ainda é insuficiente por não prever contrapartidas sociais, como o combate à rotatividade da mão de obra, à terceirização e a outros fatores que precarizam as relações de trabalho”, avalia o secretário-geral da CUT, Quintino Severo.
Empregos
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, se essas medidas tivessem sido tomadas no ano passado, “teriam evitado que 105 mil empregos no setor automotivo deixassem de ser gerados no País em consequência das importações de veículos”.
O que deve ser considerado
As medidas do governo referentes ao setor automotivo merecem algumas considerações:
a) O movimento sindical, desta vez, participou e viu parte de suas reivindicações atendidas;
b) As medidas desmontam a pressão (chantagem, na verdade) das montadoras em querer reduzir, na marra, o IPI;
c) A defesa da produção nacional fortalece nosso parque fabril;
d) O freio às importações, na outra ponta, garante a produção nacional e os empregos;
e) As medidas têm impacto positivo na campanha salarial dos metalúrgicos – vale dizer que só da Força Sindical, no Estado de São Paulo, são 750 mil com data-base em novembro.
As centrais sindicais que participaram, na quinta (15), de reunião com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), ficaram satisfeitas com as medidas para conter as importações na indústria automotiva. Porém vão cobrar uma reunião com o governo para discutir a vinculação das novas regras a contrapartidas trabalhistas. Participaram CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central.
No encontro, o governo anunciou a elevação em 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras de veículos que não investirem em inovação e não usarem uma cota de componentes nacionais. As montadoras terão que utilizar no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul), investir em pesquisa e desenvolvimento e preencher pelo menos 6 dentre 11 requisitos de investimentos. As medidas atingem em cheio as importações de veículos prontos.
Além de automóveis de passeio, elas englobam também a fabricação de caminhões, camionetes e veículos comerciais leves. Mantega também citou montagem do veículo no Brasil, estampagem, fabricação de motores, embreagens e câmbio.
Avaliações
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), Miguel Torres, disse que haverá um freio nas importações, que estão prejudicando a indústria nacional. No entanto, ele considera as medidas insuficientes, porque não exigem contrapartida das empresas. Miguel afirma: “Queremos contrapartida social e ambiental, redução no ritmo das demissões, piso salarial único, redução da jornada de trabalho, entre outras reivindicações do movimento sindical”.
“Entendemos que essa política visa proteger a indústria nacional e o emprego. Mas ainda é insuficiente por não prever contrapartidas sociais, como o combate à rotatividade da mão de obra, à terceirização e a outros fatores que precarizam as relações de trabalho”, avalia o secretário-geral da CUT, Quintino Severo.
Empregos
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, se essas medidas tivessem sido tomadas no ano passado, “teriam evitado que 105 mil empregos no setor automotivo deixassem de ser gerados no País em consequência das importações de veículos”.
O que deve ser considerado
As medidas do governo referentes ao setor automotivo merecem algumas considerações:
a) O movimento sindical, desta vez, participou e viu parte de suas reivindicações atendidas;
b) As medidas desmontam a pressão (chantagem, na verdade) das montadoras em querer reduzir, na marra, o IPI;
c) A defesa da produção nacional fortalece nosso parque fabril;
d) O freio às importações, na outra ponta, garante a produção nacional e os empregos;
e) As medidas têm impacto positivo na campanha salarial dos metalúrgicos – vale dizer que só da Força Sindical, no Estado de São Paulo, são 750 mil com data-base em novembro.
1 comentários:
O Sr. me desculpe, mas quanta bobagem.
Produzir carros no país continuará caro.
Aumentará o preço dos carros vendidos aqui, de Unos a Ferraris.
Provocará desemprego nas importadoras.
Aumentará a importação de carros Argentinos/Mexicanos (que serão beneficiados com muitos empregos).
Quem pagará a conta é VOCÊ! E todos NÓS!
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