Por José Dirceu, em seu blog:
Não chega a ser supresa para quem conhece a Folha de S.Paulo e sua história durante a ditadura militar, o jornal fazer o seu principal editorial no fim de semana (o de ontem) contra a criação da Comissão da Verdade. Único detalhe que me chamou a atenção foi o Folhão esperar a Câmara aprovar a proposta, ela começar a tramitar no Senado, para só então vir com essa...
Em um trecho de seu editorial, a Folha pergunta: "Em que medida estariam contemplados representantes e defensores do próprio regime militar? Sua presença, não é exagerado supor, traria dificuldades e entraves ao trabalho da Comissão. Sua ausência, por outro lado, abriria o flanco a acusações de parcialidade nas investigações".
Só se for do Folhão, ou se ele já estiver avisando que vai cobrir com parcialidade os trabalhos da Comissão. O jornalão da rua Barão de Limeira diz que, ao invés da Comissão, "investigações independentes, feitas por organizações, pesquisadores e jornalistas sem vínculos com o Estado, constituem o melhor mecanismo para se chegar mais próximo de um ideal nunca definitivo, a verdade histórica. Esta não é monopólio de nenhum colegiado oficial, por mais imparcial que seja."
Mas, não se logrou êxito nessa excelente idéia do jornal até agora, passados 26 anos do fim da ditadura! Da mesma forma, chama a atenção que não se tenha conseguido nesse período a nossa Comissão da Verdade, quando somos praticamente o último país do mundo a ter enfrentado uma ditadura, que ainda não instalou Comissão desse tipo. E, não me consta que a Folha tenha cobrado sua instalação, feito até agora um editorial pedindo seja a Comissão, seja essa outra alternativa que ela diz ser melhor...
Então, para entender melhor o jornalão da Barão de Limeira, é preciso lembrar e compreender que esse editorial estampa mais uma vez o seu antiestatismo e o medo da verdade. Tudo que vem do Estado e do Governo-Parlamento é ruim, considera a Folha. O jornal, chegado a modismos, agora namora com o neoconservadorismo extremado americano na mídia e na política, tão bem representados no Brasil pela revista Veja.
Não chega a ser supresa para quem conhece a Folha de S.Paulo e sua história durante a ditadura militar, o jornal fazer o seu principal editorial no fim de semana (o de ontem) contra a criação da Comissão da Verdade. Único detalhe que me chamou a atenção foi o Folhão esperar a Câmara aprovar a proposta, ela começar a tramitar no Senado, para só então vir com essa...
Em um trecho de seu editorial, a Folha pergunta: "Em que medida estariam contemplados representantes e defensores do próprio regime militar? Sua presença, não é exagerado supor, traria dificuldades e entraves ao trabalho da Comissão. Sua ausência, por outro lado, abriria o flanco a acusações de parcialidade nas investigações".
Só se for do Folhão, ou se ele já estiver avisando que vai cobrir com parcialidade os trabalhos da Comissão. O jornalão da rua Barão de Limeira diz que, ao invés da Comissão, "investigações independentes, feitas por organizações, pesquisadores e jornalistas sem vínculos com o Estado, constituem o melhor mecanismo para se chegar mais próximo de um ideal nunca definitivo, a verdade histórica. Esta não é monopólio de nenhum colegiado oficial, por mais imparcial que seja."
Mas, não se logrou êxito nessa excelente idéia do jornal até agora, passados 26 anos do fim da ditadura! Da mesma forma, chama a atenção que não se tenha conseguido nesse período a nossa Comissão da Verdade, quando somos praticamente o último país do mundo a ter enfrentado uma ditadura, que ainda não instalou Comissão desse tipo. E, não me consta que a Folha tenha cobrado sua instalação, feito até agora um editorial pedindo seja a Comissão, seja essa outra alternativa que ela diz ser melhor...
Então, para entender melhor o jornalão da Barão de Limeira, é preciso lembrar e compreender que esse editorial estampa mais uma vez o seu antiestatismo e o medo da verdade. Tudo que vem do Estado e do Governo-Parlamento é ruim, considera a Folha. O jornal, chegado a modismos, agora namora com o neoconservadorismo extremado americano na mídia e na política, tão bem representados no Brasil pela revista Veja.
1 comentários:
Imaginei o Mandela ou a Cristina, por exemplo, lendo esse jornaleco paulista.
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