Por Altamiro Borges
O império midiático de Rupert Murdoch, News Corp, anunciou nesta semana que pagará 3 milhões de libras (US$ 3,2 milhões) para encerrar o caso envolvendo o extinto tablóide “News of the World”, que invadiu a caixa postal de uma jovem assassinada em 2002. Dois milhões de libras irão para a família Dowler e cerca de 1 milhão será doado a uma instituição de caridade.
A iniciativa do conglomerado mafioso, acusado de milhares de grampos ilegais e de subornos de policiais e políticos, visa limpar a imagem da empresa. A família Dowler sequer abriu processo contra a News Corp, mas ela se antecipou para evitar o pior. Outras vítimas das escutas telefônicas já acionaram a Justiça e o parlamento britânico discute novas sanções contra o Murdoch.
Escutas ilegais e subornos
Em 2002, o tablóide “News of the World” invadiu o correio de voz do telefone celular de Milly Dowler, de 13 anos, que estava desaparecida e foi assassinada. A iniciativa visou aumentar a tiragem do jornal sensacionalista. A revelação da ação criminosa, no início deste ano, revoltou a sociedade britânica. Aos poucos, descobriu-se que escutas ilegais e subornos eram práticas comuns.
Fruto do escândalo, o tablóide do grupo Murdoch, que tinha 168 anos de existência, foi fechado em julho passado. Dois executivos da News Corp renunciaram e editores e diretores foram presos. A cúpula da polícia britânica, envolvida nas ações ilegais do império midiático, também sofreu baixas. E até o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi acusado de ser capacho de Murdoch.
Repórter da Veja confessa o crime
Enquanto o império midiático de Rupert Murdoch sofre abalos no Reino Unido, na Austrália e até nos EUA, aqui no Brasil a Editora Abril, que publica a abjeta revista Veja, continua leve e solta. Nesta semana, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que apura a tentativa do repórter da revista de invadir o apartamento utilizado pelo ex-ministro José Dirceu em Brasília.
Em depoimento na 5ª Delegacia de Polícia, em 6 de setembro, o próprio jornalista Gustavo Ribeiro confessou que tentou invadir o quarto do Hotel Nahoum. Diante de fotografias do circuito interno, o repórter de Veja reconheceu as imagens como sendo suas e, inclusive, confessou que acessou o andar privativo através da escada, já que o elevador possui cartão de acesso.
O Murdoch brasileiro
A investigação – que colheu vários outros depoimentos e também se apoiou nas imagens do circuito interno do hotel – será agora encaminhada ao Juizado Especial Criminal de Brasília. Para o dirigente petista José Dirceu, o inquérito comprova que o repórter e a revista cometeram graves crimes. “Gustavo Ribeiro é réu confesso da tentativa de invasão da minha privacidade”.
“O repórter e a revista a qual trabalha, Veja, extrapolaram todos os limites éticos para publicar matéria de capa acusando-me de conspirar contra a presidenta Dilma Rousseff. Seria apenas mais uma matéria sem amparo na realidade, não fossem as práticas ilícitas utilizadas pela revista... A espionagem que a Veja acobertou é flagrante violação ao princípio constitucional do direito à intimidade e à privacidade e infringe o Código Penal. Não difere das práticas do finado jornal britânico News of The World”.
O império midiático de Rupert Murdoch, News Corp, anunciou nesta semana que pagará 3 milhões de libras (US$ 3,2 milhões) para encerrar o caso envolvendo o extinto tablóide “News of the World”, que invadiu a caixa postal de uma jovem assassinada em 2002. Dois milhões de libras irão para a família Dowler e cerca de 1 milhão será doado a uma instituição de caridade.
A iniciativa do conglomerado mafioso, acusado de milhares de grampos ilegais e de subornos de policiais e políticos, visa limpar a imagem da empresa. A família Dowler sequer abriu processo contra a News Corp, mas ela se antecipou para evitar o pior. Outras vítimas das escutas telefônicas já acionaram a Justiça e o parlamento britânico discute novas sanções contra o Murdoch.
Escutas ilegais e subornos
Em 2002, o tablóide “News of the World” invadiu o correio de voz do telefone celular de Milly Dowler, de 13 anos, que estava desaparecida e foi assassinada. A iniciativa visou aumentar a tiragem do jornal sensacionalista. A revelação da ação criminosa, no início deste ano, revoltou a sociedade britânica. Aos poucos, descobriu-se que escutas ilegais e subornos eram práticas comuns.
Fruto do escândalo, o tablóide do grupo Murdoch, que tinha 168 anos de existência, foi fechado em julho passado. Dois executivos da News Corp renunciaram e editores e diretores foram presos. A cúpula da polícia britânica, envolvida nas ações ilegais do império midiático, também sofreu baixas. E até o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi acusado de ser capacho de Murdoch.
Repórter da Veja confessa o crime
Enquanto o império midiático de Rupert Murdoch sofre abalos no Reino Unido, na Austrália e até nos EUA, aqui no Brasil a Editora Abril, que publica a abjeta revista Veja, continua leve e solta. Nesta semana, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que apura a tentativa do repórter da revista de invadir o apartamento utilizado pelo ex-ministro José Dirceu em Brasília.
Em depoimento na 5ª Delegacia de Polícia, em 6 de setembro, o próprio jornalista Gustavo Ribeiro confessou que tentou invadir o quarto do Hotel Nahoum. Diante de fotografias do circuito interno, o repórter de Veja reconheceu as imagens como sendo suas e, inclusive, confessou que acessou o andar privativo através da escada, já que o elevador possui cartão de acesso.
O Murdoch brasileiro
A investigação – que colheu vários outros depoimentos e também se apoiou nas imagens do circuito interno do hotel – será agora encaminhada ao Juizado Especial Criminal de Brasília. Para o dirigente petista José Dirceu, o inquérito comprova que o repórter e a revista cometeram graves crimes. “Gustavo Ribeiro é réu confesso da tentativa de invasão da minha privacidade”.
“O repórter e a revista a qual trabalha, Veja, extrapolaram todos os limites éticos para publicar matéria de capa acusando-me de conspirar contra a presidenta Dilma Rousseff. Seria apenas mais uma matéria sem amparo na realidade, não fossem as práticas ilícitas utilizadas pela revista... A espionagem que a Veja acobertou é flagrante violação ao princípio constitucional do direito à intimidade e à privacidade e infringe o Código Penal. Não difere das práticas do finado jornal britânico News of The World”.
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