Por José Dirceu, em seu blog:
Veja usa toda a Carta ao Leitor desta semana para tentar justificar sua reportagem da edição 2232, de 31 de agosto, a meu respeito. É uma iniciativa para justificar o injustificável. Antes de a matéria ser publicada eu já havia denunciado a tentativa criminosa de seu jornalista, Gustavo Ribeiro, de invadir meu apartamento e o uso ilegal de imagens - obtidas não se sabe de que forma - de cidadãos que se reuniam ou me visitaram no Hotel Nahoum, onde resido quando estou em Brasília.
Sem falar na tentativa do mesmo jornalista de se passar por assessor da prefeitura de Varginha (MG), cidade onde ele nasceu, para me entregar supostos documentos com pedidos da prefeitura ao governo, o que caracteriza outro crime - o de falsidade ideológica, o que também denunciei.
A Carta ao Leitor, com o título sugestivo de “A verdadeira questão”, começa com um erro que revela o mau jornalismo da revista, ou o mais grave, as suas mentiras: diz que meus direitos políticos foram cassados. Não foram. A Câmara, ao me cassar o mandato de deputado federal em 2005, sem provas e injustamente, tornou-me inelegível por oito anos, mas não me cassou os direitos políticos. Voto, sou filiado ao PT, membro do Diretório Nacional e tenho direitos políticos sem restrições, inclusive para ocupar cargos públicos.
Ônus da prova cabe ao acusador
Ser réu não significa culpabilidade, já que o ônus da prova cabe ao acusador, no caso o Ministério Público Federal, como deixaram claro vários ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao acolherem a denúncia em agosto de 2007. Veja não pode afirmar - ao contrário do que faz em sua Carta ao Leitor - que a reportagem se baseia em imagens da câmera de segurança do hotel. Somente a perícia a ser realizada a partir do Boletim de Ocorrência (BO) e do inquérito instaurado pela 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal poderá dizer se as imagens são da câmera do hotel ou têm outra origem.
E, ao afirmar que suas imagens são da câmera do hotel, a revista reconhece que cometeu mais um crime, o de publicar, sem crédito, imagens sem autorização do hotel e dos hóspedes e visitantes que aparecem nas fotos, uma invasão da privacidade e da intimidade desses cidadãos. A revista não esclarece a seus leitores que meu escritório de advocacia, Oliveira e Silva e Ribeiro Advogados Associados na capital paulista, mediante contrato de reciprocidade (inclusive no uso das instalações comuns) registrado nas seccionais da OAB de São Paulo e Brasília, tem associação com o escritório Tessele & Madalena Advogados Associados.
Não esclarece, tampouco, que os apartamentos 1604 e 1606 do hotel estão alugados pelo escritório Tessele & Madalena, conforme confirmação de reserva nº 2309386 da Nahoum Turismo e Hospedagem S.A.. No registro da reserva de 13/03/11 a 06/12/11 consta como hóspede Oliveira, José Dirceu.
Gabinete pseudo secreto
A revista diz que tenho um “gabinete secreto”, mas sabe que me hospedo nesse hotel e, inclusive, que jornalistas ali me visitam para entrevistas. Aliás, notas publicadas na coluna política dos jornalistas Cláudio Humberto e no Blog do Noblat registram que, desde 2006, em Brasília, resido em hotéis, frequento suas academias, restaurantes e cafés. É público e notório, portanto, que tenho residência e atendo naquele domicílio como extensão de meu escritório de advocacia, conforme o contrato registrado na OAB-DF.
Tudo isso torna muito mais grave a tentativa de invasão de meu apartamento, só frustrada pela ação da camareira do hotel. Ela impediu que o jornalista Gustavo Ribeiro consumasse sua intenção de entrar no meu quarto ao alegar que perdera a chave do meu apartamento. O incidente foi imediatamente comunicado pela funcionária à sua chefia.
Há, também, o fato gravíssimo de o jornalista somente ter se registrado no hotel depois da tentativa criminosa de invadir minha residência. Mesmo assim, não fui eu quem o acusou. Quem o fez foi o Hotel Nahoum, como consta do Boletim de Ocorrência à disposição de todos em meu blog. Por esse documento, quem comunicou os fatos à polícia foi o chefe da segurança do hotel. No BO, José Dirceu e Hélio Madalena (meu sócio no escritório) constam como vítimas. O jornalista Gustavo Ribeiro é registrado como autor e a camareira como testemunha. O hotel consta como responsável pela comunicação do fato. Repito: não sou o autor do BO, como falsamente afirma a revista. Mais claro impossível.
"Gente desclassificada"
Sobre a origem das imagens, não adianta a revista vociferar e agredir os blogs que, segundo ela, são feitos por "gente desclassificada”. Esse tipo de afirmação mostra o desespero da publicação.
Somente o inquérito policial poderá dizer se as imagens são da câmera do hotel ou de uma câmera ilegalmente instalada por arapongas, e se a revista comprou, ou não, as imagens. O fato irrefutável é que a Veja usou imagens sem autorização e as obteve ilegalmente. Também não se pode negar que o jornalista procurou se passar por mim para tentar invadir meu quarto; e que, por fim, simulou ser um assessor da prefeitura de Varginha para, novamente, ter acesso ao meu quarto.
O malfeito da revista está provado. São fatos e imagens que nenhuma Carta ao Leitor ou editorial podem mudar. Sem contar com o ridículo do conteúdo político da matéria, uma prova concreta do mau jornalismo panfletário e ideológico de Veja.
Veja usa toda a Carta ao Leitor desta semana para tentar justificar sua reportagem da edição 2232, de 31 de agosto, a meu respeito. É uma iniciativa para justificar o injustificável. Antes de a matéria ser publicada eu já havia denunciado a tentativa criminosa de seu jornalista, Gustavo Ribeiro, de invadir meu apartamento e o uso ilegal de imagens - obtidas não se sabe de que forma - de cidadãos que se reuniam ou me visitaram no Hotel Nahoum, onde resido quando estou em Brasília.
Sem falar na tentativa do mesmo jornalista de se passar por assessor da prefeitura de Varginha (MG), cidade onde ele nasceu, para me entregar supostos documentos com pedidos da prefeitura ao governo, o que caracteriza outro crime - o de falsidade ideológica, o que também denunciei.
A Carta ao Leitor, com o título sugestivo de “A verdadeira questão”, começa com um erro que revela o mau jornalismo da revista, ou o mais grave, as suas mentiras: diz que meus direitos políticos foram cassados. Não foram. A Câmara, ao me cassar o mandato de deputado federal em 2005, sem provas e injustamente, tornou-me inelegível por oito anos, mas não me cassou os direitos políticos. Voto, sou filiado ao PT, membro do Diretório Nacional e tenho direitos políticos sem restrições, inclusive para ocupar cargos públicos.
Ônus da prova cabe ao acusador
Ser réu não significa culpabilidade, já que o ônus da prova cabe ao acusador, no caso o Ministério Público Federal, como deixaram claro vários ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao acolherem a denúncia em agosto de 2007. Veja não pode afirmar - ao contrário do que faz em sua Carta ao Leitor - que a reportagem se baseia em imagens da câmera de segurança do hotel. Somente a perícia a ser realizada a partir do Boletim de Ocorrência (BO) e do inquérito instaurado pela 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal poderá dizer se as imagens são da câmera do hotel ou têm outra origem.
E, ao afirmar que suas imagens são da câmera do hotel, a revista reconhece que cometeu mais um crime, o de publicar, sem crédito, imagens sem autorização do hotel e dos hóspedes e visitantes que aparecem nas fotos, uma invasão da privacidade e da intimidade desses cidadãos. A revista não esclarece a seus leitores que meu escritório de advocacia, Oliveira e Silva e Ribeiro Advogados Associados na capital paulista, mediante contrato de reciprocidade (inclusive no uso das instalações comuns) registrado nas seccionais da OAB de São Paulo e Brasília, tem associação com o escritório Tessele & Madalena Advogados Associados.
Não esclarece, tampouco, que os apartamentos 1604 e 1606 do hotel estão alugados pelo escritório Tessele & Madalena, conforme confirmação de reserva nº 2309386 da Nahoum Turismo e Hospedagem S.A.. No registro da reserva de 13/03/11 a 06/12/11 consta como hóspede Oliveira, José Dirceu.
Gabinete pseudo secreto
A revista diz que tenho um “gabinete secreto”, mas sabe que me hospedo nesse hotel e, inclusive, que jornalistas ali me visitam para entrevistas. Aliás, notas publicadas na coluna política dos jornalistas Cláudio Humberto e no Blog do Noblat registram que, desde 2006, em Brasília, resido em hotéis, frequento suas academias, restaurantes e cafés. É público e notório, portanto, que tenho residência e atendo naquele domicílio como extensão de meu escritório de advocacia, conforme o contrato registrado na OAB-DF.
Tudo isso torna muito mais grave a tentativa de invasão de meu apartamento, só frustrada pela ação da camareira do hotel. Ela impediu que o jornalista Gustavo Ribeiro consumasse sua intenção de entrar no meu quarto ao alegar que perdera a chave do meu apartamento. O incidente foi imediatamente comunicado pela funcionária à sua chefia.
Há, também, o fato gravíssimo de o jornalista somente ter se registrado no hotel depois da tentativa criminosa de invadir minha residência. Mesmo assim, não fui eu quem o acusou. Quem o fez foi o Hotel Nahoum, como consta do Boletim de Ocorrência à disposição de todos em meu blog. Por esse documento, quem comunicou os fatos à polícia foi o chefe da segurança do hotel. No BO, José Dirceu e Hélio Madalena (meu sócio no escritório) constam como vítimas. O jornalista Gustavo Ribeiro é registrado como autor e a camareira como testemunha. O hotel consta como responsável pela comunicação do fato. Repito: não sou o autor do BO, como falsamente afirma a revista. Mais claro impossível.
"Gente desclassificada"
Sobre a origem das imagens, não adianta a revista vociferar e agredir os blogs que, segundo ela, são feitos por "gente desclassificada”. Esse tipo de afirmação mostra o desespero da publicação.
Somente o inquérito policial poderá dizer se as imagens são da câmera do hotel ou de uma câmera ilegalmente instalada por arapongas, e se a revista comprou, ou não, as imagens. O fato irrefutável é que a Veja usou imagens sem autorização e as obteve ilegalmente. Também não se pode negar que o jornalista procurou se passar por mim para tentar invadir meu quarto; e que, por fim, simulou ser um assessor da prefeitura de Varginha para, novamente, ter acesso ao meu quarto.
O malfeito da revista está provado. São fatos e imagens que nenhuma Carta ao Leitor ou editorial podem mudar. Sem contar com o ridículo do conteúdo político da matéria, uma prova concreta do mau jornalismo panfletário e ideológico de Veja.
4 comentários:
Tudo muito claro, tudo muito bem, mas vamos ficar só nisto? quero e faço questão de saber o que se fará contra a não-veja e principalmente o resultado das possíveis ações. Chega de impunidade dessa canalhada, eles têm que se conscientizar de que os ditadores já não existem.
"gente desclassificada" é esse jornalixo!
Revista nojenta e mentirosa.
pelos mesmos motivos, fechou-se o NEWS OF THE WORLD... quem garante que este hebdomadário não tem grampos de meia Brasilia??? Hodiernamente, é muito fácil contratar serviços de arapongas (Daniel Dantas - caso Kroll - em que vários jornalistas foram grampeados). Não se garante democracia suprimindo direitos, e sim reafirmando-os. O senhor José Dirceu tem pleno direito de exercer seus direitos, políticos inclusive, enquanto não houver manifestação do STF impedindo-o de exercê-los.
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