Por Antônio David, no blog Viomundo:
Quem acessa o site da USP desde o dia 3 de janeiro dá de cara com esta manchete.
Em nada surpreende a homenagem, dada a notória afinidade entre o reitor e a dita revista, tão notória que não me darei ao trabalho de falar sobre.
Ocorre que dessa vez Veja inovou. Além das mentiras de sempre, a matéria estampa no título uma caracterização no mínimo inusitada do reitor, que não podemos deixar passar em branco: “João Grandino Rodas, o xerifão da USP”.
Xerifão?!
Por mais fortes que sejam os laços de camaradagem entre o reitor e a revista Veja, dessa vez a famiglia Civita exagerou. Afinal, trata-se do reitor da USP. Diz o protocolo que o tratamento a sua magnificência exige compostura.
Um reitor da USP, presume-se, deveria ser reconhecido publicamente como “acadêmico”, “cientista”, “intelectual”, “mestre”… no minimo como “administrador” ou “dirigente” e pronto, mas nunca com o rótulo de “xerifão”.
É o suprassumo do ridículo, de fazer Armando Salles de Oliveira revirar-se no túmulo. E, reparem: nem pra ser só “xerife”. Veja quis vulgarizar mesmo: é “xerifão”, no aumentativo!
Era de se esperar, portanto, que Rodas solicitasse da revista Veja no mínimo um pedido de desculpas. Mas Rodas não o fez. Não só não o fez, como determinou que a matéria publicada na Veja fosse para o site institucional da USP!
Ora, não posso tirar daí outra conclusão senão que o reitor gostou da patente de “xerifão”. Aliás, não surpreenderia se, tendo sido consultado previamente, ele próprio tenha sugerido o triste apelido.
Rodas perdeu de vez a noção do ridículo.
Mas, pensando bem… “acadêmico” e “intelectual” que nada. Afinal, acaso Rodas foi nomeado reitor por algum mérito acadêmico ou intelectual? Em verdade, Serra o nomeou reitor justamente porque, para o PSDB, a USP precisava de um “xerifão”.
Rodas foi nomeado reitor para ser o “xerifão” da USP. E, examinando de perto suas atitudes e métodos como reitor, é exatamente isso o que ele está sendo. Não há nada em sua gestão que o habilite a ser reconhecido como “acadêmico”, “intelecutal” etc.
Muitíssimo adequada a homenagem!
Quem acessa o site da USP desde o dia 3 de janeiro dá de cara com esta manchete.
Em nada surpreende a homenagem, dada a notória afinidade entre o reitor e a dita revista, tão notória que não me darei ao trabalho de falar sobre.
Ocorre que dessa vez Veja inovou. Além das mentiras de sempre, a matéria estampa no título uma caracterização no mínimo inusitada do reitor, que não podemos deixar passar em branco: “João Grandino Rodas, o xerifão da USP”.
Xerifão?!
Por mais fortes que sejam os laços de camaradagem entre o reitor e a revista Veja, dessa vez a famiglia Civita exagerou. Afinal, trata-se do reitor da USP. Diz o protocolo que o tratamento a sua magnificência exige compostura.
Um reitor da USP, presume-se, deveria ser reconhecido publicamente como “acadêmico”, “cientista”, “intelectual”, “mestre”… no minimo como “administrador” ou “dirigente” e pronto, mas nunca com o rótulo de “xerifão”.
É o suprassumo do ridículo, de fazer Armando Salles de Oliveira revirar-se no túmulo. E, reparem: nem pra ser só “xerife”. Veja quis vulgarizar mesmo: é “xerifão”, no aumentativo!
Era de se esperar, portanto, que Rodas solicitasse da revista Veja no mínimo um pedido de desculpas. Mas Rodas não o fez. Não só não o fez, como determinou que a matéria publicada na Veja fosse para o site institucional da USP!
Ora, não posso tirar daí outra conclusão senão que o reitor gostou da patente de “xerifão”. Aliás, não surpreenderia se, tendo sido consultado previamente, ele próprio tenha sugerido o triste apelido.
Rodas perdeu de vez a noção do ridículo.
Mas, pensando bem… “acadêmico” e “intelectual” que nada. Afinal, acaso Rodas foi nomeado reitor por algum mérito acadêmico ou intelectual? Em verdade, Serra o nomeou reitor justamente porque, para o PSDB, a USP precisava de um “xerifão”.
Rodas foi nomeado reitor para ser o “xerifão” da USP. E, examinando de perto suas atitudes e métodos como reitor, é exatamente isso o que ele está sendo. Não há nada em sua gestão que o habilite a ser reconhecido como “acadêmico”, “intelecutal” etc.
Muitíssimo adequada a homenagem!
3 comentários:
A bizarrice da revista eo o patético 'serifão' combinam bem com a mentalidade paulista contemporânea.
A Revista colocou as coisas como realmente são: ao invés de um professor, orientador pedagogico o governo nomeou um delegado repressor de estudantes. É pena que o movimento estudantil não é mais tão combativo quanto no inicio dos anos 80...
Uai, a tranqueira não é xerifão?
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