Por Gustavo Alves, em seu blog:
A campanha que a Sky vem realizando para seus assinantes, "lutando pelos direitos de seus assinantes", contra a lei que disponibiliza um patamar mínimo de produção nacional nas tv's a cabo é desinformativa, hipócrita e mentirosa. Isso para dizer o mínimo.
Contrapor os interesses da cultura nacional, aos interesse dos seus "clientes" é aplicar um contorcionismo na realidade.
Mas o que esperar do conglomerado Murdoch.
Esperar que a Sky econheça a qualidade da produção audiovisual brasileira é jogar pérolas aos porcos.
Não interessa que nossa produção seja reconhecida em todo o mundo, não vale a pena citar a qualidade de nosso cinema e a imensa aceitação de nossas novelas.
Para os iluminados do departamento de marketing da Sky só valem as séries e filmes americanos.
Mas engana-se quem acha que esta guerra travada pela Sky contra o conteúdo audiovisual brasileiro seja motivada apenas pelo viés comercial.
Existe um componente ideológico muito forte no combate aos conteúdos nacionais.
Dias atrás pude assistir uma entrevista com o ministro Celso Amorim, que no início da década de 1980 foi presidente da Embrafilme. Ele relatava a dificuldade de negociação com os americanos por conta da nossa produção.
Para eles, a produção audiovisual é uma questão de "segurança".
Não só pelo faturamento milionário, mas também pela adequação ideológica trazida pelos filmes.
Sei que isso parece conversa destas figuras míticas da esquerda que vêem um agente da CIA atrás de cada árvore.
Ou que enxergam sempre um grande complô capitalista em cada travada que o Windows dá nos nossos computadores.
Mas não há como negar a "depilação" ideológica perpetrada por Hollywood.
Há poucos dias, estreou com grande estardalhaço uma refilmagem do livro "Os homens que não amavam as mulheres". Um verdadeiro crime contra o falecido autor da trilogia Millennium.
A personagem Lisbeth Salander é "descomplicada e pasteurizada" só para citar um exemplo.
Destino semelhante tiveram: "O Turista", "Deixe-me Entrar", "Vanilla Sky", "Diabolique", "O Chamado", "O Grito", "Água Negra", "Blow Up", e "Conflitos Internos" rebatizado como "Os Infiltrados" entre tantos outros.
A guerra suja levantada pela Sky trás a tona o caráter intolerante e arrogante deste capitalismo cultural.
Só para citar e justificar o título: o então presidente da Embrafilme Celso Amorim saiu da empresa por conta do filme Prá Frente Brasil.
A campanha que a Sky vem realizando para seus assinantes, "lutando pelos direitos de seus assinantes", contra a lei que disponibiliza um patamar mínimo de produção nacional nas tv's a cabo é desinformativa, hipócrita e mentirosa. Isso para dizer o mínimo.
Contrapor os interesses da cultura nacional, aos interesse dos seus "clientes" é aplicar um contorcionismo na realidade.
Mas o que esperar do conglomerado Murdoch.
Esperar que a Sky econheça a qualidade da produção audiovisual brasileira é jogar pérolas aos porcos.
Não interessa que nossa produção seja reconhecida em todo o mundo, não vale a pena citar a qualidade de nosso cinema e a imensa aceitação de nossas novelas.
Para os iluminados do departamento de marketing da Sky só valem as séries e filmes americanos.
Mas engana-se quem acha que esta guerra travada pela Sky contra o conteúdo audiovisual brasileiro seja motivada apenas pelo viés comercial.
Existe um componente ideológico muito forte no combate aos conteúdos nacionais.
Dias atrás pude assistir uma entrevista com o ministro Celso Amorim, que no início da década de 1980 foi presidente da Embrafilme. Ele relatava a dificuldade de negociação com os americanos por conta da nossa produção.
Para eles, a produção audiovisual é uma questão de "segurança".
Não só pelo faturamento milionário, mas também pela adequação ideológica trazida pelos filmes.
Sei que isso parece conversa destas figuras míticas da esquerda que vêem um agente da CIA atrás de cada árvore.
Ou que enxergam sempre um grande complô capitalista em cada travada que o Windows dá nos nossos computadores.
Mas não há como negar a "depilação" ideológica perpetrada por Hollywood.
Há poucos dias, estreou com grande estardalhaço uma refilmagem do livro "Os homens que não amavam as mulheres". Um verdadeiro crime contra o falecido autor da trilogia Millennium.
A personagem Lisbeth Salander é "descomplicada e pasteurizada" só para citar um exemplo.
Destino semelhante tiveram: "O Turista", "Deixe-me Entrar", "Vanilla Sky", "Diabolique", "O Chamado", "O Grito", "Água Negra", "Blow Up", e "Conflitos Internos" rebatizado como "Os Infiltrados" entre tantos outros.
A guerra suja levantada pela Sky trás a tona o caráter intolerante e arrogante deste capitalismo cultural.
Só para citar e justificar o título: o então presidente da Embrafilme Celso Amorim saiu da empresa por conta do filme Prá Frente Brasil.
2 comentários:
Sempre tive aqui pra mim que os filmes produzidos para difusão em massa (entretenimento) têm essa característica assencial de trazer, forjar e consolidar estereótipos comportamentais, formatação ideológica e conformismo político. Compreender essa dinâmica e combatê-la não apenas com a consciência, análise e denúncia, mas com criação de uma contra hegemonia é necessário, desejável e urgente.
Desde que esses conteúdos que entrarão sejam de diferentes produtoras (principalmente independentes), e não como ocorre hoje em dia, onde a maioria do conteúdo nacional veiculado na TV a cabo pertence a certo grupo empresarial (todos sabem de quem estou falando!), que, por sua vez, emprega a mesma estratégia estrangeira de padronização de ideologias, só que com matizes tupiniquins.
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