Por Altamiro Borges
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir para discutir a taxa básica de juros. O próprio “deus-mercado”, meio zangado, já dá como certa uma nova redução da Selic – de 10,5 para 10 pontos percentuais. Mas nem esta tímida queda deverá reverter os preocupantes sinais de desaquecimento da economia brasileira.
Os dados completos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 também serão divulgados nesta semana. Eles devem confirmar a brusca retração da economia, em decorrência do agravamento da crise capitalista mundial, mas também das medidas ortodoxas adotadas no início do governo Dilma – com aumentos seguidos da taxa de juros e violentos cortes nos investimentos públicos.
Recuo da produção industrial
O crescimento do PIB em 2011 deve ficar abaixo dos 3% - uma ducha de água fria após o aumento de 7,5% no ano anterior, no governo Lula, e uma baita frustração diante da promessa da equipe econômica da presidenta Dilma de que a economia cresceria 5%. Para piorar, os primeiros indicativos deste início de 2012 corroboram a tese de que a economia está estagnada.
Em janeiro, a produção industrial recuou entre 0,5% e 1%, segundo as entidades empresariais. Também houve redução das linhas de crédito e no consumo de bens duráveis. Com a retração da economia mundial e a manutenção do tripé macroeconômico de juros altos, superávit primário e libertinagem cambial, o Brasil reduz o seu ritmo de geração de emprego e renda e patina.
Momento exige mais ousadia
Até quando o governo Dilma cederá às pressões do “mercado”, nome fictício dos rentistas, e manterá este tripé neoliberal? Não seria o momento de adotar medidas mais ousadas – seja no corte da taxa de juros, no aumento dos investimentos públicos e no controle do câmbio e do fluxo de capital – para evitar que o tsunami da crise capitalista atinja o Brasil em cheio!
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Leia também:
- A exigência de mudanças estruturais
- A histeria contra a queda dos juros
- Dilma anuncia novo arrocho fiscal
- A guerra cambial e a crise capitalista
- Ipea critica juros altos
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir para discutir a taxa básica de juros. O próprio “deus-mercado”, meio zangado, já dá como certa uma nova redução da Selic – de 10,5 para 10 pontos percentuais. Mas nem esta tímida queda deverá reverter os preocupantes sinais de desaquecimento da economia brasileira.
Os dados completos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 também serão divulgados nesta semana. Eles devem confirmar a brusca retração da economia, em decorrência do agravamento da crise capitalista mundial, mas também das medidas ortodoxas adotadas no início do governo Dilma – com aumentos seguidos da taxa de juros e violentos cortes nos investimentos públicos.
Recuo da produção industrial
O crescimento do PIB em 2011 deve ficar abaixo dos 3% - uma ducha de água fria após o aumento de 7,5% no ano anterior, no governo Lula, e uma baita frustração diante da promessa da equipe econômica da presidenta Dilma de que a economia cresceria 5%. Para piorar, os primeiros indicativos deste início de 2012 corroboram a tese de que a economia está estagnada.
Em janeiro, a produção industrial recuou entre 0,5% e 1%, segundo as entidades empresariais. Também houve redução das linhas de crédito e no consumo de bens duráveis. Com a retração da economia mundial e a manutenção do tripé macroeconômico de juros altos, superávit primário e libertinagem cambial, o Brasil reduz o seu ritmo de geração de emprego e renda e patina.
Momento exige mais ousadia
Até quando o governo Dilma cederá às pressões do “mercado”, nome fictício dos rentistas, e manterá este tripé neoliberal? Não seria o momento de adotar medidas mais ousadas – seja no corte da taxa de juros, no aumento dos investimentos públicos e no controle do câmbio e do fluxo de capital – para evitar que o tsunami da crise capitalista atinja o Brasil em cheio!
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