Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Em debate com o embaixador venezuelano Maximilien Arveláiz, ocorrido nesta quinta-feira (17) em São Paulo, veículos da mídia alternativa brasileira e representantes de movimentos sociais discutiram a construção de uma rede de comunicação para a campanha Brasil Está Com Chávez. A proposta é criar um contraponto midiático no país, frente à campanha aberta que a grande imprensa brasileira faz contra o presidente venezuelano.
A ideia do movimento é produzir conteúdos – em texto e multimídia – com a participação de artistas, personalidades políticas e lideranças de movimentos sociais, a serem divulgados no Brasil e enviados ao país vizinho. A campanha ainda tenta viabilizar a formação de uma comitiva de jornalistas brasileiros para atuar na Venezuela durante o período eleitoral, com a missão de alimentar a mídia alternativa brasileira.
Os mais de 50 presentes puderam compartilhar experiências e ideias como forma de contribuição e construção da campanha. Além de sítio oficial e equipe de comunicação própria, Brasil Está Com Cháveztambém marca presença no Twitter e no Facebook, com a intenção de disseminar informações entre a blogosfera brasileira. Haverá, também, um tuitaço nacional e um tuitaço mundial, a ser organizado pelos venezuelanos, que ainda serão anunciados oficialmente.
A situação da eleição na Venezuela
Arveláiz expôs a situação política do país aos brasileiros, evidenciando a atuação da mídia em prol do candidato da direita, Henrique Capriles. Apesar disso, ele garante que “as pesquisas de intenção de voto apontam um índice de 57 a 60% de votos para Chávez, sendo que as fontes são as mesmas da grande imprensa”.
Segundo o embaixador, a parcela da sociedade que não declara apoio a nenhum candidato, em sua maioria, tem grande simpatia por Chávez. “Há um reconhecimento dos processos de transformação social pelos quais o país passa”, diz. A direita, em sua avaliação, está desarticulada, principalmente após o ingresso do país – dono da terceira maior economia do continente – no Mercosul. “Eu diria que nem eles têm grandes expectativas de vencer a eleição. O Mercosul foi um ‘golaço’ para nós. A única arma que restou a eles foi a doença do presidente, mas não diz muita coisa, pois ele se recupera incrivelmente bem”.
Para o embaixador venezuelano, é fundamental que a diferença de votos entre Chávez e Capriles seja grande. “Se Chávez ganha com 52, 53%, a imprensa e parte da direita surgirão com teses de fraudes eleitorais. Criarão um clima de ingovernabilidade. A campanha quer ir além dos 60% dos votos totais”, afirma.
O jornalista Max Altman ressaltou a transparência do processo eleitoral venezuelano. “O chamado voto ‘biométrico’ é o melhor sistema eleitoral do mundo, já que o eleitor é identificado pela impressão digital, vota em uma sala e cabine específicas e recebe comprovante do voto com o nome do candidato escolhido. Após isso, deposita o comprovante na urna e ainda mergulha os dedos em uma tinta indelével, que impede possíveis tentativas de um eleitor votar mais de uma vez”.
Quanto à atuação dos grandes meios de comunicação privados do pais, tanto Altman quanto Arveláiz destacaram que estes cumprem um papel bastante claro na política venezuelana. “Todos sabem como age a grande imprensa venezuelana, apesar do barulho que é feito sobre ‘censura’ e ‘controle da mídia’”, afirma Altman. Segundo Arveláiz, 80% do espectro radioelétrico do país é privado e os canais estatais não têm a mesma capacidade de alcance que esses veículos. “Há, inclusive, sabotagem de cabeamentos dos canais do governo”, acrescenta o embaixador.
A ideia do movimento é produzir conteúdos – em texto e multimídia – com a participação de artistas, personalidades políticas e lideranças de movimentos sociais, a serem divulgados no Brasil e enviados ao país vizinho. A campanha ainda tenta viabilizar a formação de uma comitiva de jornalistas brasileiros para atuar na Venezuela durante o período eleitoral, com a missão de alimentar a mídia alternativa brasileira.
Os mais de 50 presentes puderam compartilhar experiências e ideias como forma de contribuição e construção da campanha. Além de sítio oficial e equipe de comunicação própria, Brasil Está Com Cháveztambém marca presença no Twitter e no Facebook, com a intenção de disseminar informações entre a blogosfera brasileira. Haverá, também, um tuitaço nacional e um tuitaço mundial, a ser organizado pelos venezuelanos, que ainda serão anunciados oficialmente.
A situação da eleição na Venezuela
Arveláiz expôs a situação política do país aos brasileiros, evidenciando a atuação da mídia em prol do candidato da direita, Henrique Capriles. Apesar disso, ele garante que “as pesquisas de intenção de voto apontam um índice de 57 a 60% de votos para Chávez, sendo que as fontes são as mesmas da grande imprensa”.
Segundo o embaixador, a parcela da sociedade que não declara apoio a nenhum candidato, em sua maioria, tem grande simpatia por Chávez. “Há um reconhecimento dos processos de transformação social pelos quais o país passa”, diz. A direita, em sua avaliação, está desarticulada, principalmente após o ingresso do país – dono da terceira maior economia do continente – no Mercosul. “Eu diria que nem eles têm grandes expectativas de vencer a eleição. O Mercosul foi um ‘golaço’ para nós. A única arma que restou a eles foi a doença do presidente, mas não diz muita coisa, pois ele se recupera incrivelmente bem”.
Para o embaixador venezuelano, é fundamental que a diferença de votos entre Chávez e Capriles seja grande. “Se Chávez ganha com 52, 53%, a imprensa e parte da direita surgirão com teses de fraudes eleitorais. Criarão um clima de ingovernabilidade. A campanha quer ir além dos 60% dos votos totais”, afirma.
O jornalista Max Altman ressaltou a transparência do processo eleitoral venezuelano. “O chamado voto ‘biométrico’ é o melhor sistema eleitoral do mundo, já que o eleitor é identificado pela impressão digital, vota em uma sala e cabine específicas e recebe comprovante do voto com o nome do candidato escolhido. Após isso, deposita o comprovante na urna e ainda mergulha os dedos em uma tinta indelével, que impede possíveis tentativas de um eleitor votar mais de uma vez”.
Quanto à atuação dos grandes meios de comunicação privados do pais, tanto Altman quanto Arveláiz destacaram que estes cumprem um papel bastante claro na política venezuelana. “Todos sabem como age a grande imprensa venezuelana, apesar do barulho que é feito sobre ‘censura’ e ‘controle da mídia’”, afirma Altman. Segundo Arveláiz, 80% do espectro radioelétrico do país é privado e os canais estatais não têm a mesma capacidade de alcance que esses veículos. “Há, inclusive, sabotagem de cabeamentos dos canais do governo”, acrescenta o embaixador.
1 comentários:
É só pesquisar no Google ou visitar os sites dos candidatos para observar que Capriles atrai multidões espontâneas gigantescas, inclusive em Barinas, terreiro de Chávez.
Já Chávez só consegue atrair os servidores públicos que temem represálias.
Quanto as pesquisas, vale lembrar que a XIS errou em 1200% favorável ao Chávez quando do plebiscito que ele perdeu a reeleição.
Tudo caminha para Chávez perder as eleições e eles sabem que os eleitores de Capriles (que odeiam o Chávez) até pagariam para votar e que não dá para confiar nos eleitores de Chávez (muitos não irão votar e alguns estão mentindo, já que não são bobos de afirmar voto contrário nem nas pesquisas).
Sorte da Venezuela,
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