Por Renato Rabelo, em seu blog:
O tom do discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, na terça-feira última, teve como centro uma contundente crítica da política de expansão monetária impetrada pelos países ricos, notadamente os Estados Unidos. A base para esta crítica está tanto na possibilidade de mais um “tsunami monetário” à vista, quanto numa crise que, nas próprias palavras da presidenta, “ganhou novos e inquietantes contornos”. A crítica tem essência na realidade.
Os formalismos diplomáticos não impediram a presidenta do Brasil de colocar o dedo na ferida dos grandes dramas que afligem o mundo hoje, notadamente na dicotomia entre de um lado uma política de completo afrouxamento monetário praticado pelos ricos e a tentativa e imposição de duras condições de ajuste fiscal a países como a Grécia.
A falta de um centro político capaz de definir um rumo claro de superação da crise também foi abordada, conforme a própria presidenta: “A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando a recessão em economias desenvolvidas. (...) As principais lideranças do mundo desenvolvido ainda não encontraram caminho que articule ajustes fiscais apropriados e estímulos ao investimento e à demanda indispensáveis para interromper a recessão e garantir o crescimento econômico". Interessante notar que o próprio PCdoB tem chamado a atenção tanto para o fato do agravamento da crise quanto para este problema de coordenação política, notadamente na Zona do Euro.
A proposta de um amplo “pacto pela retomada do crescimento global” não é qualquer coisa e cabe destaque. É mais que simbólico, é algo urgente num mundo onde a crise simplesmente arremete aos países para um jogo de “salve-se quem puder” com consequências dramáticas, entre elas a guerra e a própria barbárie -- ambas cada vez mais presentes -- não somente nas relações internacionais, mas também em nosso dia-a-dia.
A opção por uma política afirmativa de cunho progressista em nossas relações exteriores não pode passar desapercebida. Dilma foi consequente tanto em defender o direito dos palestinos a um Estado Soberano, quanto por uma solução pacífica para a questão síria. Nunca é desnecessário afirmar, que independente do que se veicula nos grandes meios de comunicação, para o PCdoB, a Síria é um país que sofre ocupação de mercenários e está sob ameaça de intervenção estrangeira, ocupação esta com desígnios claros de imposição imperialista.
A opinião do PCdoB é de júbilo com relação ao pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU. Opino de forma favorável à presidente pelo simples fato de termos clareza tanto da correlação de forças interna, quanto externa. Expressar as opiniões que nossa presidenta defendeu num mundo de forte instabilidade e incerteza como o nosso não é qualquer coisa. Daqui por diante cabe ao Brasil se impor diante de si mesmo com mais ousadia e capacidade de dar conta de seu próprio destino.
O tom do discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, na terça-feira última, teve como centro uma contundente crítica da política de expansão monetária impetrada pelos países ricos, notadamente os Estados Unidos. A base para esta crítica está tanto na possibilidade de mais um “tsunami monetário” à vista, quanto numa crise que, nas próprias palavras da presidenta, “ganhou novos e inquietantes contornos”. A crítica tem essência na realidade.
Os formalismos diplomáticos não impediram a presidenta do Brasil de colocar o dedo na ferida dos grandes dramas que afligem o mundo hoje, notadamente na dicotomia entre de um lado uma política de completo afrouxamento monetário praticado pelos ricos e a tentativa e imposição de duras condições de ajuste fiscal a países como a Grécia.
A falta de um centro político capaz de definir um rumo claro de superação da crise também foi abordada, conforme a própria presidenta: “A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando a recessão em economias desenvolvidas. (...) As principais lideranças do mundo desenvolvido ainda não encontraram caminho que articule ajustes fiscais apropriados e estímulos ao investimento e à demanda indispensáveis para interromper a recessão e garantir o crescimento econômico". Interessante notar que o próprio PCdoB tem chamado a atenção tanto para o fato do agravamento da crise quanto para este problema de coordenação política, notadamente na Zona do Euro.
A proposta de um amplo “pacto pela retomada do crescimento global” não é qualquer coisa e cabe destaque. É mais que simbólico, é algo urgente num mundo onde a crise simplesmente arremete aos países para um jogo de “salve-se quem puder” com consequências dramáticas, entre elas a guerra e a própria barbárie -- ambas cada vez mais presentes -- não somente nas relações internacionais, mas também em nosso dia-a-dia.
A opção por uma política afirmativa de cunho progressista em nossas relações exteriores não pode passar desapercebida. Dilma foi consequente tanto em defender o direito dos palestinos a um Estado Soberano, quanto por uma solução pacífica para a questão síria. Nunca é desnecessário afirmar, que independente do que se veicula nos grandes meios de comunicação, para o PCdoB, a Síria é um país que sofre ocupação de mercenários e está sob ameaça de intervenção estrangeira, ocupação esta com desígnios claros de imposição imperialista.
A opinião do PCdoB é de júbilo com relação ao pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU. Opino de forma favorável à presidente pelo simples fato de termos clareza tanto da correlação de forças interna, quanto externa. Expressar as opiniões que nossa presidenta defendeu num mundo de forte instabilidade e incerteza como o nosso não é qualquer coisa. Daqui por diante cabe ao Brasil se impor diante de si mesmo com mais ousadia e capacidade de dar conta de seu próprio destino.
A crítica que Dilma fez aos países ricos não é um fim em si mesmo. Ao contrário, deve ser objeto de ações eficazes por parte de nosso governo, principalmente em matéria de política monetária e proteção do mercado e da indústria brasileira, notadamente utilizando mecanismos de controle cambial. Daí o problema deixa de ser unicamente de natureza econômica, passando a ser algo que só se resolve no campo da política.
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