Por José Dirceu, em seu blog:
Perdemos nesta segunda-feira um dos maiores historiadores e pensadores de todos os tempos. Eric Hobsbawm faleceu nesta manhã, aos 95 anos, em Londres. Ele estava internado há meses, por conta de uma pneumonia.
Sua perda é inestimável, Hobsbawm foi fundamental na minha formação e na de toda minha geração. Eu tive a honra de conhecê-lo na Itália, em uma conferência promovida pela Fundação Gorbachov, em 2009.
Naquele evento, eu tive o prazer de acompanhá-lo duas vezes nas refeições e em caminhadas quando conversarmos longamente sobre o Brasil e o ex-presidente Lula, que ele admirava e principalmente estudava. Seu interesse pele ex-chefe do Estado brasileiro e pela vida no Brasil, pelos fatos e acontecimentos, surpreendeu-me.
Um homem de vida simples, admirador de Lula
Com mais de 90 anos naquela época, o mestre viajava sozinho, com uma mochila nas costas e caminhava bem. Discutia e debatia com agilidade, interessado em tudo sobre o nosso país e o ex-presidente Lula. Fiquei de visitá-lo e fui. Mas, infelizmente, não pude vê-lo por causa dos exames médicos que fazia por conta desta pneumonia que o vitimou.
Militante político desde os 14 anos, quando ingressou no Partido Comunista, o historiador nos deixa uma obra e um legado de coerência e disciplina intelectual. Era um dos maiores estudiosos da História, observador de seu tempo, autor e ator político, “o professor” de todos.
Hobsbawm estudou em Cambridge, lecionou na Universidade londrina de Birkbeck (onde foi presidente), foi professor-convidado em Stanford, no MIT e na Universidade de Corne (Grã Bretanha). Militante, não deixou de trabalhar nunca. Até o ano passado ainda publicou “Como mudar o Mundo – Marx e o Marxismo”, uma obra que recomendo a todos, reconhecida na Grã Bretanha em em todo o mundo.
Hobsbawm nos deixa um legado e um exemplo: é preciso sempre estudar e viver a vida, observar o quanto ela é viva. Deixo aqui uma de suas máximas palavras que ouvi naquela conferência de que participamos na Itália: "o objetivo de uma economia não é o ganho, mas sim o bem-estar de toda a população. O crescimento econômico não é um fim, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas."
Perdemos nesta segunda-feira um dos maiores historiadores e pensadores de todos os tempos. Eric Hobsbawm faleceu nesta manhã, aos 95 anos, em Londres. Ele estava internado há meses, por conta de uma pneumonia.
Sua perda é inestimável, Hobsbawm foi fundamental na minha formação e na de toda minha geração. Eu tive a honra de conhecê-lo na Itália, em uma conferência promovida pela Fundação Gorbachov, em 2009.
Naquele evento, eu tive o prazer de acompanhá-lo duas vezes nas refeições e em caminhadas quando conversarmos longamente sobre o Brasil e o ex-presidente Lula, que ele admirava e principalmente estudava. Seu interesse pele ex-chefe do Estado brasileiro e pela vida no Brasil, pelos fatos e acontecimentos, surpreendeu-me.
Um homem de vida simples, admirador de Lula
Com mais de 90 anos naquela época, o mestre viajava sozinho, com uma mochila nas costas e caminhava bem. Discutia e debatia com agilidade, interessado em tudo sobre o nosso país e o ex-presidente Lula. Fiquei de visitá-lo e fui. Mas, infelizmente, não pude vê-lo por causa dos exames médicos que fazia por conta desta pneumonia que o vitimou.
Militante político desde os 14 anos, quando ingressou no Partido Comunista, o historiador nos deixa uma obra e um legado de coerência e disciplina intelectual. Era um dos maiores estudiosos da História, observador de seu tempo, autor e ator político, “o professor” de todos.
Hobsbawm estudou em Cambridge, lecionou na Universidade londrina de Birkbeck (onde foi presidente), foi professor-convidado em Stanford, no MIT e na Universidade de Corne (Grã Bretanha). Militante, não deixou de trabalhar nunca. Até o ano passado ainda publicou “Como mudar o Mundo – Marx e o Marxismo”, uma obra que recomendo a todos, reconhecida na Grã Bretanha em em todo o mundo.
Hobsbawm nos deixa um legado e um exemplo: é preciso sempre estudar e viver a vida, observar o quanto ela é viva. Deixo aqui uma de suas máximas palavras que ouvi naquela conferência de que participamos na Itália: "o objetivo de uma economia não é o ganho, mas sim o bem-estar de toda a população. O crescimento econômico não é um fim, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas."
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