Editorial do sítio Vermelho:
Um estudo feito pelo banco Oportunity e citado pelo jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (25) é o candente retrato da pilhagem que os especuladores financeiros promoveram contra os recursos nacionais, favorecida pelos juros altos.
O estudo mostra que, em 1999 (no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso), quando a taxa Selic estava nas alturas (na faixa dos 45% ao ano) um especulador dobrava o valor de sua aplicação em títulos do governo em apenas seis anos.
A taxa Selic se manteve elevada nos anos seguintes, favorecendo a especulação. No início do governo Lula, em 2003, ainda estava na faixa dos 26%, caindo depois para o nível dos 20% (em 2007 e 2008) e, depois, ao patamar dos 10% (em 2009 e 2010).
Mesmo em queda, eram faixas elevadas que mantinham o Brasil na condição de campeão mundial dos juros, num cenário em que a crise econômica levava a quedas severas nos juros nos EUA e nos países ricos da Europa.
A taxa Selic entrou em rota de queda acentuada desde agosto de 2011, quando baixou de 12.5% para 11.9%, baixando a 7,25% em outubro de 2012, considerada a menor da história.
Esta diminuição alarmou os especuladores. Afinal, mostra a notícia de O Estado de S. Paulo, neste nível (de 7,25% de juro nominal ao ano) quem empresta para o governo tem ganhos que os especuladores consideram baixos diante do histórico de mamatas financeiras que permitiram a multiplicação de fortunas e a concentração cada vez maior das riquezas.
Com a taxa atual um especulador terá que esperar quase um século para repetir a façanha de 1999 e ver seu investimento multiplicado por dois. Pela taxa atual o investimento levará 96 anos para dobrar.
O tamanho do descalabro fica claro quando é medido pela evolução da renda dos trabalhadores, que aumenta muito mais lentamente do que os ganhos da especulação financeira. Dados do IPEA mostram que ela cresce em média 4,6% por ano. Nesse ritmo, o governo calcula que, mantida uma taxa de crescimento do PIB entre 4% e 5% ao ano (alcançada neste final de ano), a renda per capita pode dobrar em 20 anos.
Os analistas econômicos dos grandes jornais conservadores e os porta-vozes do “mercado”, isto é, dos donos do capital, começam a dar sinais de alarme e criticam a queda na Selic. Para eles, o Banco Central “não vem conquistando inteiramente a confiança de seu rebanho” (como escreveu o comentarista Celso Mingo em O Estado de S. Paulo); chegam a falar em perdas para a aposentadoria complementar do brasileiro, um argumento que acena com um ganho social (a aposentadoria) para ocultar a farra dos juros e a pilhagem que favorece os especuladores.
Ao contrário dos especuladores e seus ventríloquos, os brasileiros só têm a comemorar com a queda nos juros. Ela significa mais investimentos na produção de bens e serviços, com mais empregos e renda para os trabalhadores. Ao contrário da especulação financeira, que é estéril do ponto de vista da produção e do aumento da riqueza social. A especulação financeira. ao viver de juros e não dos lucros em investimentos na produção, só faz crescer o patrimônio de investimentos que, parasitando a economia nacional .
Um estudo feito pelo banco Oportunity e citado pelo jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (25) é o candente retrato da pilhagem que os especuladores financeiros promoveram contra os recursos nacionais, favorecida pelos juros altos.
O estudo mostra que, em 1999 (no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso), quando a taxa Selic estava nas alturas (na faixa dos 45% ao ano) um especulador dobrava o valor de sua aplicação em títulos do governo em apenas seis anos.
A taxa Selic se manteve elevada nos anos seguintes, favorecendo a especulação. No início do governo Lula, em 2003, ainda estava na faixa dos 26%, caindo depois para o nível dos 20% (em 2007 e 2008) e, depois, ao patamar dos 10% (em 2009 e 2010).
Mesmo em queda, eram faixas elevadas que mantinham o Brasil na condição de campeão mundial dos juros, num cenário em que a crise econômica levava a quedas severas nos juros nos EUA e nos países ricos da Europa.
A taxa Selic entrou em rota de queda acentuada desde agosto de 2011, quando baixou de 12.5% para 11.9%, baixando a 7,25% em outubro de 2012, considerada a menor da história.
Esta diminuição alarmou os especuladores. Afinal, mostra a notícia de O Estado de S. Paulo, neste nível (de 7,25% de juro nominal ao ano) quem empresta para o governo tem ganhos que os especuladores consideram baixos diante do histórico de mamatas financeiras que permitiram a multiplicação de fortunas e a concentração cada vez maior das riquezas.
Com a taxa atual um especulador terá que esperar quase um século para repetir a façanha de 1999 e ver seu investimento multiplicado por dois. Pela taxa atual o investimento levará 96 anos para dobrar.
O tamanho do descalabro fica claro quando é medido pela evolução da renda dos trabalhadores, que aumenta muito mais lentamente do que os ganhos da especulação financeira. Dados do IPEA mostram que ela cresce em média 4,6% por ano. Nesse ritmo, o governo calcula que, mantida uma taxa de crescimento do PIB entre 4% e 5% ao ano (alcançada neste final de ano), a renda per capita pode dobrar em 20 anos.
Os analistas econômicos dos grandes jornais conservadores e os porta-vozes do “mercado”, isto é, dos donos do capital, começam a dar sinais de alarme e criticam a queda na Selic. Para eles, o Banco Central “não vem conquistando inteiramente a confiança de seu rebanho” (como escreveu o comentarista Celso Mingo em O Estado de S. Paulo); chegam a falar em perdas para a aposentadoria complementar do brasileiro, um argumento que acena com um ganho social (a aposentadoria) para ocultar a farra dos juros e a pilhagem que favorece os especuladores.
Ao contrário dos especuladores e seus ventríloquos, os brasileiros só têm a comemorar com a queda nos juros. Ela significa mais investimentos na produção de bens e serviços, com mais empregos e renda para os trabalhadores. Ao contrário da especulação financeira, que é estéril do ponto de vista da produção e do aumento da riqueza social. A especulação financeira. ao viver de juros e não dos lucros em investimentos na produção, só faz crescer o patrimônio de investimentos que, parasitando a economia nacional .
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