Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Dobro a esquina e ouço um violino. Ao entrar no metrô, busco minha plataforma ao som de um acordeão longínquo… O artista de rua já se incorporou à paisagem e à trilha sonora de muitas capitais do mundo. No Brasil, a Constituição Federal garante o direito à livre expressão da atividade artística, independentemente de licença. Mas na cidade de São Paulo houve um tempo em que se perseguiram os artistas de rua. Imaginem!
Em agosto de 2010 vieram as primeiras denúncias de repressão. Senhores de idade, músicos de charanga, contaram como tiveram seus instrumentos apreendidos como “comerciantes ilegais”. Em outubro do mesmo ano, o guitarrista Rafael Pio, que tocava em frente a um shopping na avenida Paulista, foi abordado pela PM, que exigiu sua retirada do local. Rafael tinha a Constituição em mãos. A polícia ignorou a Carta Magna. O músico insistiu, bateu com a guitarra na viatura policial e acabou sendo algemado, jogado ao chão e levado à delegacia.
As fotos da agressão foram parar nos jornais e nas redes sociais, gerando revolta. Dias depois, uma manifestação aconteceu no MASP, em solidariedade a Rafael e aos artistas que ganham a vida tocando ou se apresentando na rua: malabaristas, estátuas vivas, músicos, palhaços. Diante da pressão popular, a prefeitura acabou emitindo um decreto disciplinando a utilização das ruas para a apresentação dos artistas. Agora, os artistas de rua de São Paulo lutam por uma lei para regulamentar de vez a atuação destes profissionais que suavizam o corre-corre das grandes cidades: em vez de buzinas e fumaça, acordes e poesia.
Fundada no final do ano passado, a Associação Artistas na Rua está à frente do movimento e já planejou uma maratona para chamar a atenção dos paulistanos para a causa: no próximo sábado, 26, a avenida Paulista será tomada por apresentações de circo, teatro, música, dança, poesia, contadores de histórias, estátuas vivas, grafite… O objetivo principal: tirar as pessoas dos locais fechados, colocá-los para viver a cidade onde moram. E conhecer seus artistas. Porque todo artista, como diz a canção, tem que ir aonde? Aonde o povo está, uai. Na rua.
Maratona das Artes
Em agosto de 2010 vieram as primeiras denúncias de repressão. Senhores de idade, músicos de charanga, contaram como tiveram seus instrumentos apreendidos como “comerciantes ilegais”. Em outubro do mesmo ano, o guitarrista Rafael Pio, que tocava em frente a um shopping na avenida Paulista, foi abordado pela PM, que exigiu sua retirada do local. Rafael tinha a Constituição em mãos. A polícia ignorou a Carta Magna. O músico insistiu, bateu com a guitarra na viatura policial e acabou sendo algemado, jogado ao chão e levado à delegacia.
As fotos da agressão foram parar nos jornais e nas redes sociais, gerando revolta. Dias depois, uma manifestação aconteceu no MASP, em solidariedade a Rafael e aos artistas que ganham a vida tocando ou se apresentando na rua: malabaristas, estátuas vivas, músicos, palhaços. Diante da pressão popular, a prefeitura acabou emitindo um decreto disciplinando a utilização das ruas para a apresentação dos artistas. Agora, os artistas de rua de São Paulo lutam por uma lei para regulamentar de vez a atuação destes profissionais que suavizam o corre-corre das grandes cidades: em vez de buzinas e fumaça, acordes e poesia.
Fundada no final do ano passado, a Associação Artistas na Rua está à frente do movimento e já planejou uma maratona para chamar a atenção dos paulistanos para a causa: no próximo sábado, 26, a avenida Paulista será tomada por apresentações de circo, teatro, música, dança, poesia, contadores de histórias, estátuas vivas, grafite… O objetivo principal: tirar as pessoas dos locais fechados, colocá-los para viver a cidade onde moram. E conhecer seus artistas. Porque todo artista, como diz a canção, tem que ir aonde? Aonde o povo está, uai. Na rua.
Maratona das Artes
Avenida Paulista (inclusive nos parques Trianon e Mário Covas)
Sábado, dia 26 de janeiro a partir das 15 h
Vão lá!
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