Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Foi uma "Super Segunda" da sucessão presidencial, com o duelo sertanejo entre a presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos, em Serra Talhada, Pernambuco, e a pajelança dos tucanos para dar apoio ao senador Aécio Neves, em São Paulo.
No primeiro encontro entre Dilma e Campos depois que o socialista se lançou numa pré-campanha exploratória, os dois aparecem nas fotos ora sorridentes, como velhos amigos, ora de cara amarrada, assim como foram seus discursos, recheados de elogios mútuos e estocadas pouco sutis.
No duelo verbal, em que ambos se trataram como "parceiros", Dilma disse que "ninguém governa sozinho" e cobrou: "Precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho", ou seja, com o seu projeto político e a reeleição em 2014.
O governador, que discursou antes da presidente, já tinha lembrado: "Nosso conjunto político não tem faltado ao Brasil nem tem faltado apoio político ao governo de Sua Excelência". Campos só não disse que governo é uma coisa, eleição é outra, e reivindicou o direto de debater os problemas nacionais em que tem criticado os rumos econômicos do governo Dilma.
Em São Paulo, depois de muitas negociações do mineiro com os tucanos paulistas no final de semana, o governador Geraldo Alckmin e as principais lideranças do PSDB deram seu apoio a Aécio Neves, tanto para assumir o comando do partido como a candidatura presidencial, mas o grande cacique José Serra não apareceu.
Estava em Princeton, nos Estados Unidos, "para prestigiar um evento em memória do economista Albert Hirschman", segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso justificou em seu discurso.
Na véspera, interlocutores do enigma Serra fizeram circular a informação de que o ex-governador aceitaria ser candidato a vice-presidente, mas não disseram de quem.
Agora, ao que tudo indica, vamos ter uma trégua na Semana Santa, e a campanha deve entrar em banho-maria por algum tempo. Nem os possíveis candidatos nem nós vamos aguentar mais um ano e meio neste ritmo, faltando 18 meses para as eleições presidenciais.
Digo possíveis candidatos porque, ao contrário da maioria dos analistas, não acho já definidas as candidaturas dos quatro nomes apresentados nas pesquisas - Dilma, Campos, Aécio e Marina Silva, que ainda nem partido tem - nem a eleição já decidida a favor da atual presidente. De certeza, por enquanto, só a candidatura de Dilma à reeleição.
Com Dilma na África do Sul para participar da reunião anual dos Brics, a semana não prevê novidades na área do governo, e o pessoal do Palácio do Planalto agradece, depois de semanas seguidas de viagens, eventos para anunciar novos pacotes e mudanças ministeriais.
Na segunda-feira, por exemplo, Dilma acordou em Brasília, foi a Pernambuco para tratar da seca, de lá voou direto para cuidar das enchentes no Rio de Janeiro, onde pegou o avião para Johannesburgo.
A segunda parte da reforma ministerial, que deve contemplar o PR e o PTB, fica para depois da Páscoa. E segue a vida.
Foi uma "Super Segunda" da sucessão presidencial, com o duelo sertanejo entre a presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos, em Serra Talhada, Pernambuco, e a pajelança dos tucanos para dar apoio ao senador Aécio Neves, em São Paulo.
No primeiro encontro entre Dilma e Campos depois que o socialista se lançou numa pré-campanha exploratória, os dois aparecem nas fotos ora sorridentes, como velhos amigos, ora de cara amarrada, assim como foram seus discursos, recheados de elogios mútuos e estocadas pouco sutis.
No duelo verbal, em que ambos se trataram como "parceiros", Dilma disse que "ninguém governa sozinho" e cobrou: "Precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho", ou seja, com o seu projeto político e a reeleição em 2014.
O governador, que discursou antes da presidente, já tinha lembrado: "Nosso conjunto político não tem faltado ao Brasil nem tem faltado apoio político ao governo de Sua Excelência". Campos só não disse que governo é uma coisa, eleição é outra, e reivindicou o direto de debater os problemas nacionais em que tem criticado os rumos econômicos do governo Dilma.
Em São Paulo, depois de muitas negociações do mineiro com os tucanos paulistas no final de semana, o governador Geraldo Alckmin e as principais lideranças do PSDB deram seu apoio a Aécio Neves, tanto para assumir o comando do partido como a candidatura presidencial, mas o grande cacique José Serra não apareceu.
Estava em Princeton, nos Estados Unidos, "para prestigiar um evento em memória do economista Albert Hirschman", segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso justificou em seu discurso.
Na véspera, interlocutores do enigma Serra fizeram circular a informação de que o ex-governador aceitaria ser candidato a vice-presidente, mas não disseram de quem.
Agora, ao que tudo indica, vamos ter uma trégua na Semana Santa, e a campanha deve entrar em banho-maria por algum tempo. Nem os possíveis candidatos nem nós vamos aguentar mais um ano e meio neste ritmo, faltando 18 meses para as eleições presidenciais.
Digo possíveis candidatos porque, ao contrário da maioria dos analistas, não acho já definidas as candidaturas dos quatro nomes apresentados nas pesquisas - Dilma, Campos, Aécio e Marina Silva, que ainda nem partido tem - nem a eleição já decidida a favor da atual presidente. De certeza, por enquanto, só a candidatura de Dilma à reeleição.
Com Dilma na África do Sul para participar da reunião anual dos Brics, a semana não prevê novidades na área do governo, e o pessoal do Palácio do Planalto agradece, depois de semanas seguidas de viagens, eventos para anunciar novos pacotes e mudanças ministeriais.
Na segunda-feira, por exemplo, Dilma acordou em Brasília, foi a Pernambuco para tratar da seca, de lá voou direto para cuidar das enchentes no Rio de Janeiro, onde pegou o avião para Johannesburgo.
A segunda parte da reforma ministerial, que deve contemplar o PR e o PTB, fica para depois da Páscoa. E segue a vida.
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