Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
De vez em quando, leitores escrevem para reclamar que me consideram um blogueiro chapa branca em função de minha avaliação positiva das mudanças ocorridas no país depois de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República.
Minha primeira observação é que boa parte dessas críticas refletem um comportamento interesseiro e seletivo. Essas mesmas pessoas não me chamariam de “chapa branca” se eu tivesse a mesma avaliação do governo Fernando Henrique Cardoso – ou mesmo da gestão do PSDB em São Paulo. Tentariam desqualificar argumentos, rebaixar uma discussão que é acima de tudo política, pois envolve valores e prioridades nas políticas públicas? Claro que não.
De vez em quando, leitores escrevem para reclamar que me consideram um blogueiro chapa branca em função de minha avaliação positiva das mudanças ocorridas no país depois de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República.
Minha primeira observação é que boa parte dessas críticas refletem um comportamento interesseiro e seletivo. Essas mesmas pessoas não me chamariam de “chapa branca” se eu tivesse a mesma avaliação do governo Fernando Henrique Cardoso – ou mesmo da gestão do PSDB em São Paulo. Tentariam desqualificar argumentos, rebaixar uma discussão que é acima de tudo política, pois envolve valores e prioridades nas políticas públicas? Claro que não.
Não custa lembrar, na verdade, que o critério “chapa branca” não serve e nunca serviu como termômetro para se avaliar o trabalho de um jornal nem de um jornalista.
Em 1964, um único jornal de relevo, a Última Hora, era chamado de chapa branca. Os demais, adversários duros de João Goulart, jamais poderiam ser chamados assim. No 31 de março, todos estavam alinhados com o golpe militar que atirou o Brasil numa ditadura de 21 anos. Quem estava certo?
Três dias antes do golpe, o Correio da Manhã, que era favorável a Jango, mudou de lado e se alinhou com os adversários. No dia 31 de março, no célebre editorial “Basta!”, o Correio escreveu:
“O Brasil já sofreu demais com o governo atual. Agora, basta!”
No 1 de abril, quando Goulart ainda se encontrava no país e a vitória dos golpistas estava consolidada, o Correio publicou o editorial “Fora!” Disse: “Só há uma coisa a dizer ao sr. João Goulart: saia.”
Pergunto quem errou: o jornal que hoje seria chamado chapa branca ou aqueles que faziam oposição e ajudaram na correnteza que levou ao golpe?
Os inúmeros defeitos que se podem apontar no governo Goulart justificavam que se assumisse uma postura de oposição feroz e golpista?
Muitos leitores têm dúvidas sinceras sobre o papel do jornalismo e dos jornalistas ao longo da história do país. Há motivos antigos – como 1964 -- e recentes – como 2005 – para isso. Há oito anos, como se recorda, a partir da denúncia do mensalão, criou-se um ambiente de confronto e polarização entre o governo Lula e os meios de comunicação, que atravessou duas eleições presidenciais e chegou aos protestos de junho de 2013.
Para entender o que acontece hoje, é instrutivo ler o que escreviam nossos jornalistas – aqueles que não eram chapa-branca -- de meio século atrás. Há antecedentes lamentáveis e surpreendentes.
Vamos citar um dos mais influentes, Helio Fernandes, que dirigia a Tribuna da Imprensa e acusava Jango de promover a “pré-sovietização do país, que se processava num ritmo alucinante”. Convém prestar atenção à linguagem empregada para se referir aos aliados de Jango: “Na maioria das vezes são traidores. Outras, são mercenários; outras ainda, carreiristas; outras mais, negocistas satisfeitos.”
Dez anos antes, na conspiração que levou Getúlio Vargas ao suicídio, os grandes jornais brasileiros estavam unidos contra o presidente. Naquele contexto da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, os jornais do Partido Comunista Brasileiro, hoje PPS, também atacavam o governo e denunciavam a “ditadura” de Vargas. Eles também não eram “chapa branca.”
Confiando que a revolução sob inspiração de Moscou estava a caminho, os comunistas trabalhavam pela derrubada de Vargas, a quem definiam como marionete dos “patrões americanos,” como recorda Mário Magalhães na biografia de Carlos Marighella. Quando Carlos Lacerda sofreu o atentado da rua Toneleros, o jornal do PCB uniu-se a oposição conservadora para emparedar o presidente: “Vargas responsável pelo covarde crime.” No dia em que Vargas deu o tiro no peito, a imprensa do PCB chegou as ruas com manchetes em tom celebrativo e acabou empastelada por uma massa de trabalhadores indignados.
Décadas depois, com uma coragem rara, José Gregori, então líder dos estudantes da Faculdade de Direito da USP que queriam a deposição de Vargas, admitiu em seu livro de memórias que em 1954 participou de uma “revolução errada,” feita às costas do povo.
Teria o ex-ministro de FHC se transformado num chapa branca retardatário? Ou foi um memorialista honesto, respeitando a própria lucidez?
Poderíamos falar de outros exemplos, dentro e fora do país, mas estes dois casos ajudam a mostrar o caráter abstrato e absurdo dessa discussão.
Foi Millor Fernandes quem cunhou uma frase que muitos repetem até hoje. Disse Millor: “Imprensa é oposição. O resto é secos e molhados.”
Podemos até admitir que Millor, um raro caso de intelectual libertário (no sentido antigo da palavra) por convicção pessoal e inegociável, estivesse convencido de que sua frase podia ser empregada a todo momento, sob qualquer cenário. Mas seu sentido real envolve o período da ditadura militar.
Depois de auxiliar na derrubada de um governo constitucional, os jornais foram colocados sob pressão do regime dos generais. Um pouco mais tarde, apesar daquelas palavras tão veementes, Helio Fernandes foi confinado em Fernando de Noronha depois de escrever um artigo que desagradava os generais. Outros jornalistas enfrentavam a censura e também engoliam imposições típicas de um regime de força. Alguns prestavam serviço auxiliar aos órgãos de informação da ditadura e não mostraram sequer a decência de proteger profissionais cuja integridade era colocada em risco pelo aparato de repressão e tortura.
Ao falar que “imprensa é oposição” o grande Millor alimentava a dignidade e a coragem do jornalismo num momento muito delicado.
Mas será que isso é válido, a todo momento? É preciso ser oposição, sempre, sob o risco de comprometer o bom jornalismo?
Ao lutar dentro da VEJA para ter direito usar as páginas da revista para manifestar seu apoio a eleição de Leonel Brizola em 1982, num conflito que levou a seu afastamento da publicação, o próprio Millor deixou claro que não tratava todos os políticos, em todas as circunstancias, da mesma maneira. Não só fez questão de defender sua liberdade pessoal mas também deixou claro que era mais oposição a uns do que a outros.
A vida política, que é o ambiente principal onde o jornalismo se situa, é fabricada pela conjuntura, que exige respostas novas a situações imprevistas, que não podem ser rebatidas com frases prontas – ainda que sejam ótimas, em outras situações. A crítica maior ou menor a um governo não é fruto de um critério abstrato e fixo, mas envolve uma avaliação do momento e do papel que cada governante pode cumprir em cada circunstância.
É claro que Fernando Henrique Cardoso sempre seria melhor tratado pela maioria dos meios de comunicação do que Lula ou Dilma. Isso porque, do ponto de vista político, ele representava opções que os donos e executivos dos meios de comunicação consideravam mais adequadas ao país. FHC foi alvo, sim, de jornalistas interessados em apurar as mazelas de seu governo. Mas havia limites a este espírito crítico. Embora Fernando Henrique tenha vencido duas eleições presidenciais em primeiro turno, os executivos de jornal jamais sentiram-se na obrigação moral de auxiliar a oposição de Lula com o argumento de que estava muito “fraquinha.”
A rigor, não me lembro das preocupações com “chapa branca” durante os oito anos de governo tucano. A principal crítica era ao “denuncismo”, conceito que que servia para tolher reportagens – verdadeiras ou falsas, – que poderiam prejudicar governo FHC. Até Paulo Maluf foi poupado para evitar-se um ambiente que pudesse estimular outras investigações. Isso confirma o caráter interesseiro do debate. Fala-se em "chapa branca" quando se quer atacar o governo. Em "denuncismo", quando se quer impedir que seja atacado.
Não acho que exista um governo imune a critica e a uma avaliação capaz de apontar defeitos e incoerências. Mas é errado fingir que não há diferenças entre os governos. Há valores e perspectivas. Os números alcançados pelo país, na ultima década, traduzem um esforço inédito para reduzir a desigualdade social e elevar a condição dos brasileiros mais pobres.
Você até pode ensaiar uma disputa pedante sobre direitos autorais de quem teria tido as melhores idéias mas não pode negar quem demonstrou mais empenho e capacidade para reduzir a pobreza e ampliar as oportunidades de quem se encontrava nos degraus mais baixos da pirâmide social. A luta contra a desigualdade, para mim, é o valor prioritário num país como o nosso. Ela define o caráter da democracia que queremos e do futuro que se pretende entregar as novas gerações. E eu considero que é a partir deste angulo que se deve examinar o conjunto de um governo.
Os sinais e prioridades se alteram ao longo do tempo para lembrar que o debate sobre “chapa branca” sempre surge numa situação específica, a partir de vozes que pretendem desqualificar interlocutores que têm outra visão do país e seus problemas.
Habituadas ao universo autoritário do pensamento único, algumas pessoas são tão conformistas, tão submetidas à hierarquia e à divisão entre trabalho manual e intelectual – que também se expressa na hierarquia das redações -- que não conseguem ouvir uma voz diferente com naturalidade.
Ficam inseguras, receosas. Num esforço para silenciar o debate, que todos fingem estimular fora do expediente, algumas vozes não resistem e perguntam, num chamado a ordem, numa espécie de porrete ideológico, onde parecem perguntar: mas o dono não está vendo?
Na essência, essa reação nada mais é do que um esforço vergonhoso para reprimir o direito de opinião política. Isso e apenas isso.
Talvez seja por coerência, e não por pura coincidência, que, em horas decisivas, essa postura acabe perfilada a forças capazes de ações extremas como um golpe de Estado.
Trata-se, em situações diferentes, de um mesmo combate contra valores democráticos.
Deu para entender?
Em 1964, um único jornal de relevo, a Última Hora, era chamado de chapa branca. Os demais, adversários duros de João Goulart, jamais poderiam ser chamados assim. No 31 de março, todos estavam alinhados com o golpe militar que atirou o Brasil numa ditadura de 21 anos. Quem estava certo?
Três dias antes do golpe, o Correio da Manhã, que era favorável a Jango, mudou de lado e se alinhou com os adversários. No dia 31 de março, no célebre editorial “Basta!”, o Correio escreveu:
“O Brasil já sofreu demais com o governo atual. Agora, basta!”
No 1 de abril, quando Goulart ainda se encontrava no país e a vitória dos golpistas estava consolidada, o Correio publicou o editorial “Fora!” Disse: “Só há uma coisa a dizer ao sr. João Goulart: saia.”
Pergunto quem errou: o jornal que hoje seria chamado chapa branca ou aqueles que faziam oposição e ajudaram na correnteza que levou ao golpe?
Os inúmeros defeitos que se podem apontar no governo Goulart justificavam que se assumisse uma postura de oposição feroz e golpista?
Muitos leitores têm dúvidas sinceras sobre o papel do jornalismo e dos jornalistas ao longo da história do país. Há motivos antigos – como 1964 -- e recentes – como 2005 – para isso. Há oito anos, como se recorda, a partir da denúncia do mensalão, criou-se um ambiente de confronto e polarização entre o governo Lula e os meios de comunicação, que atravessou duas eleições presidenciais e chegou aos protestos de junho de 2013.
Para entender o que acontece hoje, é instrutivo ler o que escreviam nossos jornalistas – aqueles que não eram chapa-branca -- de meio século atrás. Há antecedentes lamentáveis e surpreendentes.
Vamos citar um dos mais influentes, Helio Fernandes, que dirigia a Tribuna da Imprensa e acusava Jango de promover a “pré-sovietização do país, que se processava num ritmo alucinante”. Convém prestar atenção à linguagem empregada para se referir aos aliados de Jango: “Na maioria das vezes são traidores. Outras, são mercenários; outras ainda, carreiristas; outras mais, negocistas satisfeitos.”
Dez anos antes, na conspiração que levou Getúlio Vargas ao suicídio, os grandes jornais brasileiros estavam unidos contra o presidente. Naquele contexto da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, os jornais do Partido Comunista Brasileiro, hoje PPS, também atacavam o governo e denunciavam a “ditadura” de Vargas. Eles também não eram “chapa branca.”
Confiando que a revolução sob inspiração de Moscou estava a caminho, os comunistas trabalhavam pela derrubada de Vargas, a quem definiam como marionete dos “patrões americanos,” como recorda Mário Magalhães na biografia de Carlos Marighella. Quando Carlos Lacerda sofreu o atentado da rua Toneleros, o jornal do PCB uniu-se a oposição conservadora para emparedar o presidente: “Vargas responsável pelo covarde crime.” No dia em que Vargas deu o tiro no peito, a imprensa do PCB chegou as ruas com manchetes em tom celebrativo e acabou empastelada por uma massa de trabalhadores indignados.
Décadas depois, com uma coragem rara, José Gregori, então líder dos estudantes da Faculdade de Direito da USP que queriam a deposição de Vargas, admitiu em seu livro de memórias que em 1954 participou de uma “revolução errada,” feita às costas do povo.
Teria o ex-ministro de FHC se transformado num chapa branca retardatário? Ou foi um memorialista honesto, respeitando a própria lucidez?
Poderíamos falar de outros exemplos, dentro e fora do país, mas estes dois casos ajudam a mostrar o caráter abstrato e absurdo dessa discussão.
Foi Millor Fernandes quem cunhou uma frase que muitos repetem até hoje. Disse Millor: “Imprensa é oposição. O resto é secos e molhados.”
Podemos até admitir que Millor, um raro caso de intelectual libertário (no sentido antigo da palavra) por convicção pessoal e inegociável, estivesse convencido de que sua frase podia ser empregada a todo momento, sob qualquer cenário. Mas seu sentido real envolve o período da ditadura militar.
Depois de auxiliar na derrubada de um governo constitucional, os jornais foram colocados sob pressão do regime dos generais. Um pouco mais tarde, apesar daquelas palavras tão veementes, Helio Fernandes foi confinado em Fernando de Noronha depois de escrever um artigo que desagradava os generais. Outros jornalistas enfrentavam a censura e também engoliam imposições típicas de um regime de força. Alguns prestavam serviço auxiliar aos órgãos de informação da ditadura e não mostraram sequer a decência de proteger profissionais cuja integridade era colocada em risco pelo aparato de repressão e tortura.
Ao falar que “imprensa é oposição” o grande Millor alimentava a dignidade e a coragem do jornalismo num momento muito delicado.
Mas será que isso é válido, a todo momento? É preciso ser oposição, sempre, sob o risco de comprometer o bom jornalismo?
Ao lutar dentro da VEJA para ter direito usar as páginas da revista para manifestar seu apoio a eleição de Leonel Brizola em 1982, num conflito que levou a seu afastamento da publicação, o próprio Millor deixou claro que não tratava todos os políticos, em todas as circunstancias, da mesma maneira. Não só fez questão de defender sua liberdade pessoal mas também deixou claro que era mais oposição a uns do que a outros.
A vida política, que é o ambiente principal onde o jornalismo se situa, é fabricada pela conjuntura, que exige respostas novas a situações imprevistas, que não podem ser rebatidas com frases prontas – ainda que sejam ótimas, em outras situações. A crítica maior ou menor a um governo não é fruto de um critério abstrato e fixo, mas envolve uma avaliação do momento e do papel que cada governante pode cumprir em cada circunstância.
É claro que Fernando Henrique Cardoso sempre seria melhor tratado pela maioria dos meios de comunicação do que Lula ou Dilma. Isso porque, do ponto de vista político, ele representava opções que os donos e executivos dos meios de comunicação consideravam mais adequadas ao país. FHC foi alvo, sim, de jornalistas interessados em apurar as mazelas de seu governo. Mas havia limites a este espírito crítico. Embora Fernando Henrique tenha vencido duas eleições presidenciais em primeiro turno, os executivos de jornal jamais sentiram-se na obrigação moral de auxiliar a oposição de Lula com o argumento de que estava muito “fraquinha.”
A rigor, não me lembro das preocupações com “chapa branca” durante os oito anos de governo tucano. A principal crítica era ao “denuncismo”, conceito que que servia para tolher reportagens – verdadeiras ou falsas, – que poderiam prejudicar governo FHC. Até Paulo Maluf foi poupado para evitar-se um ambiente que pudesse estimular outras investigações. Isso confirma o caráter interesseiro do debate. Fala-se em "chapa branca" quando se quer atacar o governo. Em "denuncismo", quando se quer impedir que seja atacado.
Não acho que exista um governo imune a critica e a uma avaliação capaz de apontar defeitos e incoerências. Mas é errado fingir que não há diferenças entre os governos. Há valores e perspectivas. Os números alcançados pelo país, na ultima década, traduzem um esforço inédito para reduzir a desigualdade social e elevar a condição dos brasileiros mais pobres.
Você até pode ensaiar uma disputa pedante sobre direitos autorais de quem teria tido as melhores idéias mas não pode negar quem demonstrou mais empenho e capacidade para reduzir a pobreza e ampliar as oportunidades de quem se encontrava nos degraus mais baixos da pirâmide social. A luta contra a desigualdade, para mim, é o valor prioritário num país como o nosso. Ela define o caráter da democracia que queremos e do futuro que se pretende entregar as novas gerações. E eu considero que é a partir deste angulo que se deve examinar o conjunto de um governo.
Os sinais e prioridades se alteram ao longo do tempo para lembrar que o debate sobre “chapa branca” sempre surge numa situação específica, a partir de vozes que pretendem desqualificar interlocutores que têm outra visão do país e seus problemas.
Habituadas ao universo autoritário do pensamento único, algumas pessoas são tão conformistas, tão submetidas à hierarquia e à divisão entre trabalho manual e intelectual – que também se expressa na hierarquia das redações -- que não conseguem ouvir uma voz diferente com naturalidade.
Ficam inseguras, receosas. Num esforço para silenciar o debate, que todos fingem estimular fora do expediente, algumas vozes não resistem e perguntam, num chamado a ordem, numa espécie de porrete ideológico, onde parecem perguntar: mas o dono não está vendo?
Na essência, essa reação nada mais é do que um esforço vergonhoso para reprimir o direito de opinião política. Isso e apenas isso.
Talvez seja por coerência, e não por pura coincidência, que, em horas decisivas, essa postura acabe perfilada a forças capazes de ações extremas como um golpe de Estado.
Trata-se, em situações diferentes, de um mesmo combate contra valores democráticos.
Deu para entender?
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