sábado, 3 de agosto de 2013

A música dos protestos em Portugal



Por Altamiro Borges

O banda "Deolinda" é hoje uma das mais populares e premiadas de Portugal. A música "Que parva que eu sou", lançada em 2011, logo se tornou um hino dos jovens que lutam contra o desemprego e por uma vida digna. O grupo será uma das atrações da belíssima Festa do Avante, o jornal do Partido Comunista Português (PCP), no início de setembro. Confira a seguir a combativa letra:


*****

Que Parva Que Eu Sou

Sou da geração sem remuneração.
E não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou.


Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou.


[Refrão]
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.


Sou da geração "casinha dos pais".
Se já tenho tudo, p'ra quê querer mais?
Que parva que eu sou.


Filhos, maridos, estou sempre a adiar,
E ainda me falta o carro pagar.
Que parva que eu sou.


[Refrão]
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.


Sou da geração "vou queixar-me p'ra quê?",
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou.


Sou da geração "eu já não posso mais!",
E esta situação dura há tempo demais,
E parva eu não sou!


[Refrão]
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.


Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.

1 comentários:

Anônimo disse...

O invasor tentou escravizar o índio filho da terra que preferiu a morte a deixar de ser livre. Sepé Tiaraju.
O invasor teve filho na terra, que profissionalizado seguiu em busca de quem esperou pelo índio.
Ao índio: respeito ao seu juramento de sangue; o verdadeiro "Grito do Ipiranga" (água vermelha)- Independência ou Morte.