Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
- Olha, os questionários de ontem já estavam ruins e os primeiros que a gente tabulou hoje também não estão nada bons…
- Coisa feia?
- Hum, hum…Pior que ontem, começaram a entrar os dados do Nordeste…
- Vou falar com o chefe…Talvez seja o caso de mandar alguém preparar o terreno, dar uma amenizada, dizer que é foram as emendas parlamentares, coisa assim…
- Quem sabe a Cantanhêde? Você sabe que ela não falha…
- É, ainda bem que ainda estamos no meio da tarde, porque de noite ela tem a Globonews, aí complica…
Calma, gente, isso não é uma gravação clandestina.
É um diálogo fictício, mas não impossível.
É que ontem a gente já tinha antecipado aqui que a coluna de Eliane Cantanhêde era uma espécie de terraplenagem para preparar as desculpas para um resultado “ruim” - isto é, um crescimento da popularidade de Dilma Rousseff – na pesquisa que a Folha publica hoje.
Justificativas, portanto, preparadas na quinta-feira, numa pesquisa que o jornal diz ter terminado suas entrevistas ontem, sexta.
A colunista da “massa cheirosa” preparou uma lista de desculpas para o fato de aquela mulher – tonta e atrapalhada, que perdeu o controle de seu governo e que administra um país que está à beira de um colapso econômico – ter crescido no conceito da população assim que se reduziram um pouco as pressões que a mídia desencadeava contra ela, com sua estratégia “macarronada”.
Isto é, primeiro o tomate e depois a massa, fervendo.
Perdoem os amigos por não analisar os dados da pesquisa, mas é que não dá para querer se aprofundar em algo que me lembra um antigo comercial do creme de barbear Bozzano, dos anos 60: “aperta daqui, espreme dali…”
Por exemplo: o “bom e ótimo” subiu seis pontos, o “regular” subiu apenas um, enquanto os conceitos ”ruim e péssimo” caíram três pontos. Frações para lá e para cá, temos uma mudança de tendência mais do que significativa, porque reverte o que o próprio Datafolha acusava como uma queda vertiginosa na aprovação de Dilma.
Eu sou do tempo em que a gente aprendia na escola que a primeira Lei de Newton garantia que a inércia mantinha a tendência do movimento anterior. Do qual a Folha dizia, há um mês: “Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas”.
Uma “ligeira recuperação” de Dilma, de seis pontos, é uma espetacular inversão do que a pesquisa dizia.
Vou deixar essa análise para quando se dispuser de paciência e dos dados completos – com todas aqueles “ajustes” da amostra.
Prefiro dar ao leitor, com a ilustração lá de cima, uma explicação gráfica daquela lei de Newton da qual falei, sem qualquer alusão, é óbvio, ao Datafolha ou a Eliane Cantanhêde.
Até porque ambos são, como se sabe, “técnicos e imparciais”, mesmo quando desafiam as leis da Física.
- Coisa feia?
- Hum, hum…Pior que ontem, começaram a entrar os dados do Nordeste…
- Vou falar com o chefe…Talvez seja o caso de mandar alguém preparar o terreno, dar uma amenizada, dizer que é foram as emendas parlamentares, coisa assim…
- Quem sabe a Cantanhêde? Você sabe que ela não falha…
- É, ainda bem que ainda estamos no meio da tarde, porque de noite ela tem a Globonews, aí complica…
Calma, gente, isso não é uma gravação clandestina.
É um diálogo fictício, mas não impossível.
É que ontem a gente já tinha antecipado aqui que a coluna de Eliane Cantanhêde era uma espécie de terraplenagem para preparar as desculpas para um resultado “ruim” - isto é, um crescimento da popularidade de Dilma Rousseff – na pesquisa que a Folha publica hoje.
Justificativas, portanto, preparadas na quinta-feira, numa pesquisa que o jornal diz ter terminado suas entrevistas ontem, sexta.
A colunista da “massa cheirosa” preparou uma lista de desculpas para o fato de aquela mulher – tonta e atrapalhada, que perdeu o controle de seu governo e que administra um país que está à beira de um colapso econômico – ter crescido no conceito da população assim que se reduziram um pouco as pressões que a mídia desencadeava contra ela, com sua estratégia “macarronada”.
Isto é, primeiro o tomate e depois a massa, fervendo.
Perdoem os amigos por não analisar os dados da pesquisa, mas é que não dá para querer se aprofundar em algo que me lembra um antigo comercial do creme de barbear Bozzano, dos anos 60: “aperta daqui, espreme dali…”
Por exemplo: o “bom e ótimo” subiu seis pontos, o “regular” subiu apenas um, enquanto os conceitos ”ruim e péssimo” caíram três pontos. Frações para lá e para cá, temos uma mudança de tendência mais do que significativa, porque reverte o que o próprio Datafolha acusava como uma queda vertiginosa na aprovação de Dilma.
Eu sou do tempo em que a gente aprendia na escola que a primeira Lei de Newton garantia que a inércia mantinha a tendência do movimento anterior. Do qual a Folha dizia, há um mês: “Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas”.
Uma “ligeira recuperação” de Dilma, de seis pontos, é uma espetacular inversão do que a pesquisa dizia.
Vou deixar essa análise para quando se dispuser de paciência e dos dados completos – com todas aqueles “ajustes” da amostra.
Prefiro dar ao leitor, com a ilustração lá de cima, uma explicação gráfica daquela lei de Newton da qual falei, sem qualquer alusão, é óbvio, ao Datafolha ou a Eliane Cantanhêde.
Até porque ambos são, como se sabe, “técnicos e imparciais”, mesmo quando desafiam as leis da Física.
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