Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Serra se une a médicos contra governo Dilma, noticia hoje o Estadão, descrevendo o encontro entre o ex-quem sabe futuro-candidato tucano a Presidência.
Serra foi apoiar a emenda constitucional que obriga ao emprego de 10% do PIB em Saúde.
Mais do que justo, aliás, desde que a discussão seja travada de modo honesto e não com a hipocrisia com que é.
Por exemplo: de onde virão os recursos para isso?
Vão entrar nessa conta os imensos subsídios que o governo federal dá à medicina privada, pela renúncia fiscal em favor dos planos de saúde e da industria farmacêutica?
Eles são enormes e, como você vê no gráfico ao lado, crescentes.
Agora, esta cena descrita no Estadão, perdoem, fede a hipocrisia.
Serra foi Ministro da Saúde.
Nunca se bateu por essa vinculação.
Aceitou orçamentos para a Saúde muito menores que os de hoje, sem fazer alarde.
Com CPMF e tudo, a proporção de gastos federais com a saúde sobre o PIB, com Serra, era menor que a de hoje.
A questão essencial não é tanto quanto se gasta em saúde no Brasil, mas como se gasta.
Em 2011, André Barrocal e Maria Inês Nassif fizeram uma radiografia destes gastos. Veja o que escreveram:
As despesas com saúde no Brasil são de 8,4% do chamado produto interno bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo país durante um ano. Deste ponto de vista, o investimento está em linha com a média global, de 8,5% anuais, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A distinção está em quem puxa os gastos. No Brasil, 55% são privados (e beneficiam cerca de 46 milhões de conveniados) e 45%, públicos – favorecem todos os 190 milhões de brasileiros.
Mas haverá coragem de enfrentar o grande negócio que são os planos de saúde e a proliferação da “medicina de consultório” que, mesmo pagando honorários miseráveis aos médicos, proliferou com este tipo de medicina privada?
É sempre bom lembrar que a compra da Amil pela corporação estadunidense United Health, um negócio de R$ 10 bilhões, negociada com técnicas de agente secreto, numa milionária “Operação Samba“, acredite ou não.
O Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e o pessoal dos “somos ricos, somos cultos” não deu um pio, nem pediu um “revalida” para os gringos entrarem no negócio da saúde.
Serra foi apoiar a emenda constitucional que obriga ao emprego de 10% do PIB em Saúde.
Mais do que justo, aliás, desde que a discussão seja travada de modo honesto e não com a hipocrisia com que é.
Por exemplo: de onde virão os recursos para isso?
Vão entrar nessa conta os imensos subsídios que o governo federal dá à medicina privada, pela renúncia fiscal em favor dos planos de saúde e da industria farmacêutica?
Eles são enormes e, como você vê no gráfico ao lado, crescentes.
Agora, esta cena descrita no Estadão, perdoem, fede a hipocrisia.
Serra foi Ministro da Saúde.
Nunca se bateu por essa vinculação.
Aceitou orçamentos para a Saúde muito menores que os de hoje, sem fazer alarde.
Com CPMF e tudo, a proporção de gastos federais com a saúde sobre o PIB, com Serra, era menor que a de hoje.
A questão essencial não é tanto quanto se gasta em saúde no Brasil, mas como se gasta.
Em 2011, André Barrocal e Maria Inês Nassif fizeram uma radiografia destes gastos. Veja o que escreveram:
As despesas com saúde no Brasil são de 8,4% do chamado produto interno bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo país durante um ano. Deste ponto de vista, o investimento está em linha com a média global, de 8,5% anuais, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A distinção está em quem puxa os gastos. No Brasil, 55% são privados (e beneficiam cerca de 46 milhões de conveniados) e 45%, públicos – favorecem todos os 190 milhões de brasileiros.
Mas haverá coragem de enfrentar o grande negócio que são os planos de saúde e a proliferação da “medicina de consultório” que, mesmo pagando honorários miseráveis aos médicos, proliferou com este tipo de medicina privada?
É sempre bom lembrar que a compra da Amil pela corporação estadunidense United Health, um negócio de R$ 10 bilhões, negociada com técnicas de agente secreto, numa milionária “Operação Samba“, acredite ou não.
O Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e o pessoal dos “somos ricos, somos cultos” não deu um pio, nem pediu um “revalida” para os gringos entrarem no negócio da saúde.
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