Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
A presidente petista Dilma Rousseff subiu mais 8 degraus no Ibope, foi a 38% das intenções de voto, e abriu 22 pontos de vantagem sobre a segunda colocada, Marina Silva (sem partido), que caiu de 22 para 16%. Na nova pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, só a presidente subiu, todos os outros candidatos caíram. Aécio Neves (PSDB) foi de 13 para 11% e, Eduardo Campos, caiu de 5 para 4%.
No mesmo dia, Dilma recebeu outras duas boas notícias, que devem se refletir positivamente nas próximas pesquisas: a taxa de desemprego caiu para 5,3%, a menor do ano, e a renda média dos trabalhadores subiu 1,7% em agosto.
Enquanto isso, a rede nacional de televisão foi ocupada durante 10 minutos pelo PPS de Roberto Freire para denunciar, mais uma vez, que os governos petistas estão acabando com o país. Carregado de rancor, o programa parecia uma novela de época dos tempos da Guerra Fria, que fez lembrar a imagem assustadora das viúvas globais fantasiadas de negros fantasmas após o voto do ministro Celso de Mello a favor dos embargos infringentes na semana passada.
A impressão que me deu é que o programa foi gravado há mais tempo e estava na gaveta aguardando o momento oportuno para ir ao ar. O proprietário do PPS, velha linha auxiliar do PSDB, caminhando para a irrelevância, certamente não poderia ter escolhido dia melhor. Pena que os fatos não o tenham ajudado.
Após as manifestações de protesto de junho e o julgamento do mensalão, Freire deve ter avaliado com o seu estado-maior que Dilma e o PT estavam no chão, e chegara a hora de soltar os seus canhões, já um tanto desgastados pelo tempo. Sem noção do seu tamanho, acreditando no espaço que a mídia sempre lhe deu, na proporção inversa da sua importância política, Roberto Freire chegou a ser candidato a presidente da República, em 1989, quando foi contemplado com 1,06% dos votos
Com seu conhecido senso de oportunidade, carisma, simpatia e sofisticada estratégia política, o dono do PPS, partido que ele fundou em 1992 para substituir o antigo Partido Comunista Brasileiro, e preside até hoje, deputado federal eleito por José Serra em São Paulo, em 2010, Freire escolheu como assistente de palco Stepan Nercessian, ator reserva do segundo time da Globo. Até Soninha Francine (lembram-se dela?), agora sem mandato e sem uma boquinha, deu uma aparecida. O resto nem sei quem é.
Freire entoou o discurso "ético", bufando contra a inflação, os desmandos administrativos e a corrupção, mas só se esqueceu que o artista convidado para ser o âncora do programa, também deputado federal, foi acusado no ano passado de ter pedido e recebido R$ 175 mil do notório bicheiro Carlinhos Cachoeira, o que não o impediu de caprichar no sorriso sarcástico para atacar Dilma e o PT. Na época, o ator deputado garantiu que devolveu o dinheiro, o caso foi arquivado e não se falou mais no assunto.
Memória e coerência não são o forte desse pessoal. Ainda esta semana, o jornalista Sebastião Nery lembrou em sua coluna que o "comunista de carteirinha" Roberto Freire fora nomeado para seu primeiro cargo público, o de procurador do Incra, no Recife, pelo general Médici, no auge da repressão dos anos 1970.
Este ano, Freire ensaiou, primeiro, uma aliança com Eduardo Campos. Depois, tentou fazer a fusão do seu partido com o PMN para criar o MD (Movimento Democrático) com o objetivo de abrigar uma nova candidatura presidencial do parceiro José Serra, que até hoje não decidiu o que pretende fazer da vida. Sempre em negociações, o führer do PPS também ofereceu a sigla a Marina Silva, que até agora não conseguiu viabilizar sua Rede da Sustentabilidade, seja lá o que isso quer dizer. Sendo contra o PT, para Freire, qualquer candidato serve.
Na salada de siglas da política brasileira, que ganhou mais duas esta semana, chegando a 32, o PPS ocupa atualmente o 13º lugar no ranking, atrás do PCdoB, com 12 deputados e R$ 8 milhões do Fundo Partidário para gastar este ano, sem falar nos seus valorizados minutos na televisão, que Freire pode destinar a quem quiser, dependendo da conversa. Na próxima semana, quando se encerra o prazo para filiações e criação de novos partidos, saberemos finalmente em qual onda o PPS vai surfar desta vez.
Já escrevi aqui outro dia e repito: com estes candidatos e esta oposição, Dilma corre o risco de ganhar as eleições do próximo ano por WO.
No mesmo dia, Dilma recebeu outras duas boas notícias, que devem se refletir positivamente nas próximas pesquisas: a taxa de desemprego caiu para 5,3%, a menor do ano, e a renda média dos trabalhadores subiu 1,7% em agosto.
Enquanto isso, a rede nacional de televisão foi ocupada durante 10 minutos pelo PPS de Roberto Freire para denunciar, mais uma vez, que os governos petistas estão acabando com o país. Carregado de rancor, o programa parecia uma novela de época dos tempos da Guerra Fria, que fez lembrar a imagem assustadora das viúvas globais fantasiadas de negros fantasmas após o voto do ministro Celso de Mello a favor dos embargos infringentes na semana passada.
A impressão que me deu é que o programa foi gravado há mais tempo e estava na gaveta aguardando o momento oportuno para ir ao ar. O proprietário do PPS, velha linha auxiliar do PSDB, caminhando para a irrelevância, certamente não poderia ter escolhido dia melhor. Pena que os fatos não o tenham ajudado.
Após as manifestações de protesto de junho e o julgamento do mensalão, Freire deve ter avaliado com o seu estado-maior que Dilma e o PT estavam no chão, e chegara a hora de soltar os seus canhões, já um tanto desgastados pelo tempo. Sem noção do seu tamanho, acreditando no espaço que a mídia sempre lhe deu, na proporção inversa da sua importância política, Roberto Freire chegou a ser candidato a presidente da República, em 1989, quando foi contemplado com 1,06% dos votos
Com seu conhecido senso de oportunidade, carisma, simpatia e sofisticada estratégia política, o dono do PPS, partido que ele fundou em 1992 para substituir o antigo Partido Comunista Brasileiro, e preside até hoje, deputado federal eleito por José Serra em São Paulo, em 2010, Freire escolheu como assistente de palco Stepan Nercessian, ator reserva do segundo time da Globo. Até Soninha Francine (lembram-se dela?), agora sem mandato e sem uma boquinha, deu uma aparecida. O resto nem sei quem é.
Freire entoou o discurso "ético", bufando contra a inflação, os desmandos administrativos e a corrupção, mas só se esqueceu que o artista convidado para ser o âncora do programa, também deputado federal, foi acusado no ano passado de ter pedido e recebido R$ 175 mil do notório bicheiro Carlinhos Cachoeira, o que não o impediu de caprichar no sorriso sarcástico para atacar Dilma e o PT. Na época, o ator deputado garantiu que devolveu o dinheiro, o caso foi arquivado e não se falou mais no assunto.
Memória e coerência não são o forte desse pessoal. Ainda esta semana, o jornalista Sebastião Nery lembrou em sua coluna que o "comunista de carteirinha" Roberto Freire fora nomeado para seu primeiro cargo público, o de procurador do Incra, no Recife, pelo general Médici, no auge da repressão dos anos 1970.
Este ano, Freire ensaiou, primeiro, uma aliança com Eduardo Campos. Depois, tentou fazer a fusão do seu partido com o PMN para criar o MD (Movimento Democrático) com o objetivo de abrigar uma nova candidatura presidencial do parceiro José Serra, que até hoje não decidiu o que pretende fazer da vida. Sempre em negociações, o führer do PPS também ofereceu a sigla a Marina Silva, que até agora não conseguiu viabilizar sua Rede da Sustentabilidade, seja lá o que isso quer dizer. Sendo contra o PT, para Freire, qualquer candidato serve.
Na salada de siglas da política brasileira, que ganhou mais duas esta semana, chegando a 32, o PPS ocupa atualmente o 13º lugar no ranking, atrás do PCdoB, com 12 deputados e R$ 8 milhões do Fundo Partidário para gastar este ano, sem falar nos seus valorizados minutos na televisão, que Freire pode destinar a quem quiser, dependendo da conversa. Na próxima semana, quando se encerra o prazo para filiações e criação de novos partidos, saberemos finalmente em qual onda o PPS vai surfar desta vez.
Já escrevi aqui outro dia e repito: com estes candidatos e esta oposição, Dilma corre o risco de ganhar as eleições do próximo ano por WO.
6 comentários:
Freire sempre foi um farsante. Seu ódio vem da impotência de suas elucubrações vazias. Se a antiga UDN ainda cá estivesse o acolheria de braço direito erguido, mão espalmada, em saudação de reconhecimento a seus serviços prestados ao que há de pior no cenário político brasileiro. Seus coadjuvantes, Stepan e Francine, são dois notórios canastrões.
Falta em roberto freire varias coisas, entre elas: Moral, dignidade, honra e vergonha na cara. Este mentiroso envergonha no só o Pernambucano bem como o Brasil. Nunca trabalhou na vida vive de favores políticos gastando o dinheiro do contribuinte da forma mais vil possível.
Roberto freira é uma vergonha nacional. Nunca trabalhou na vida e vive puxando saco dos poderosos.
Creio que o momento é muito favorável a uma esquerda legítima diante de uma direita perdida e que a cada movimento se perde mais.
A raivosidade fascista, pelo berço que tem, mas ingênua, talvez a coca-cola explique.
As manifestações do corporativismo, o tomatinho e outras amestrações como a de se enlutar até pela xenofobia gratuita de tratar com desdém a diferença racial.
Mas tenho medo que a esquerda ajude a direita a construir um discurso, que alias ela já o conhece, a começar pelos traidores servis da direita, que por um tempo juraram compromisso com o #humanismo.
Pô, cara, você é preferência para lê as informações do dia. A partir daí leio outras. Só que esta de R. freire passei o dia rindo, não li nada. Este freire é um grande filho da p. Um canalha! Vive no submundo. Que tal não dermos mais importância a essa coisa...
Antonio Carvalho
Itabuna-Ba
Roberto Freire não convence, no mínimo gera desconfiança no que ele fala. Um semblante pesado, de raiva e ódio, vociferando amargura, arrogância etc. Ele é muito fraco como oposição. Bate, bate, que o povo começa a desconfiar. O ódio dele ao PT é tão grande q parece q foi o PT q inventou a corrupção no Brasil.
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