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Por Altamiro Borges
Na última sexta-feira, os jornalistas do Diário do Pará e do portal Diário Online deflagraram greve por tempo indeterminado para exigir piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de trabalho e a readmissão de um repórter demitido após o início das mobilizações. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) tenta, desde maio, a abertura do diálogo com a direção do grupo Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), de propriedade da família do senador Jáder Barbalho (PMDB), mas nunca obteve sucesso. O conglomerado regional, que também domina uma concessão pública de rádio e televisão, afiliada da Rede Bandeirantes, nega-se a negociar com a categoria.
Segundo relato da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a situação dos trabalhadores da RBA é deplorável. Na quinta-feira passada (19), "em sessão especial na Câmara de Vereadores de Belém, os profissionais relataram as dificuldades que enfrentam nos veículos deste grupo. Em carta aberta eles denunciam que, além de péssimas condições de trabalho, a RBA pratica contratações ilegais, sem registro em carteira de trabalho, não paga corretamente as horas extras e que o salário bruto pago aos repórteres é de R$ 1.000".
"Esta situação agride a dignidade dos jornalistas e, em última instância, o jornalismo e o direito da sociedade à informação de qualidade... O movimento grevista simboliza o espírito de luta dos jornalistas paraenses e serve como modelo para toda a categoria. A sua agenda é a agenda dos jornalistas de todo país, a sua luta é a nossa luta", destaca a nota de apoio da Fenaj. Segundo Sheila Faro, presidente do Sinjor-PA, o primeiro dia da greve obteve adesão de 80% dos jornalistas. "Essa adesão ratificou o grau de descontentamento dos jornalistas com o tratamento que recebem do grupo RBA. Hoje os jornalistas são notícia com uma greve histórica", afirma.
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