Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Nem o julgamento do mensalão, nem as manifestações de junho. Falharam os dois canhões utilizados pela oposição e a mídia aliada para derrubar a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição em 2014.
No cenário mais provável da nova pesquisa Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira pela revista Carta Capital, Dilma tem 38%, mais do que a soma dos seus principais adversários, que alcançam 36%, o que indicaria vitória já no primeiro turno.
A principal novidade da pesquisa é que mais do que dobrou a vantagem de Dilma sobre Marina Silva, que ficou com 19% e ainda não conseguiu legalizar seu partido, a Rede Sustentabilidade: passou de 9 para 19 pontos porcentuais. Atrás dela, vêm Aécio Neves, com 13%, e Eduardo Campos, com 4 %. No último Datafolha, divulgado no começo de agosto. Dilma tinha 35% e a soma dos adversários dava 47%. Agora, no Vox Populi, ela tem 38% contra 36%.
"O mesmo ocorre quando se substitui Aécio por José Serra na cabeça de chapa do PSDB ou quando o paulista é incluído como opção do PPS. Serra levaria os tucanos a 18% das intenções de voto, porcentual idêntico ao de Marina, e Dilma permaneceria com 37%. Ou seja, não haveria mudança expressiva", avalia Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi.
A recuperação da popularidade da presidente, que antes dos protestos de junho ficava acima dos 50%, e o fato de seus adversários disputarem um mesmo eleitorado, podem explicar os ataques cada vez mais insanos e histéricos a seu governo desferidos principalmente por colunistas e blogueiros da grande mídia reunidos no Instituto Millenium, que ainda não encontraram um candidato viável para chamar de seu.
Escreve Marcos Coimbra em sua análise na Carta Capital:
"No fundo, é o que interessa no jogo político jogado neste momento, desde ao menos o instante em que ficou patente o fato de que o julgamento do chamado mensalão, por si só, seria insuficiente para provocar a derrota do "lulopetismo" na próxima eleição presidencial. Ou alguém acredita que a nossa oposição, com suas ramificações nos partidos e no Judiciário e, em especial, por meio do seu núcleo nas grandes corporações de mídia, esteve em algum momento de fato preocupada com a renovação moral da política brasileira?"
E faz outra pergunta, certamente dirigida aos que se arrependeram de ter apoiado o golpe de 1964, e estão pondo a cabeça de fora outra vez, agora com outras armas, já que mudar o poder pelo voto está difícil:
"Quais personagens que passaram os últimos 50 anos muito à vontade com nosso sistema de dominação descobriram de repente seu amor pelo povo e se tornaram democratas?”
Quem tiver respostas para estas perguntas de Coimbra pode colocar na área de comentários. O Balaio agradece.
Bom fim de semana a todos.
No cenário mais provável da nova pesquisa Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira pela revista Carta Capital, Dilma tem 38%, mais do que a soma dos seus principais adversários, que alcançam 36%, o que indicaria vitória já no primeiro turno.
A principal novidade da pesquisa é que mais do que dobrou a vantagem de Dilma sobre Marina Silva, que ficou com 19% e ainda não conseguiu legalizar seu partido, a Rede Sustentabilidade: passou de 9 para 19 pontos porcentuais. Atrás dela, vêm Aécio Neves, com 13%, e Eduardo Campos, com 4 %. No último Datafolha, divulgado no começo de agosto. Dilma tinha 35% e a soma dos adversários dava 47%. Agora, no Vox Populi, ela tem 38% contra 36%.
"O mesmo ocorre quando se substitui Aécio por José Serra na cabeça de chapa do PSDB ou quando o paulista é incluído como opção do PPS. Serra levaria os tucanos a 18% das intenções de voto, porcentual idêntico ao de Marina, e Dilma permaneceria com 37%. Ou seja, não haveria mudança expressiva", avalia Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi.
A recuperação da popularidade da presidente, que antes dos protestos de junho ficava acima dos 50%, e o fato de seus adversários disputarem um mesmo eleitorado, podem explicar os ataques cada vez mais insanos e histéricos a seu governo desferidos principalmente por colunistas e blogueiros da grande mídia reunidos no Instituto Millenium, que ainda não encontraram um candidato viável para chamar de seu.
Escreve Marcos Coimbra em sua análise na Carta Capital:
"No fundo, é o que interessa no jogo político jogado neste momento, desde ao menos o instante em que ficou patente o fato de que o julgamento do chamado mensalão, por si só, seria insuficiente para provocar a derrota do "lulopetismo" na próxima eleição presidencial. Ou alguém acredita que a nossa oposição, com suas ramificações nos partidos e no Judiciário e, em especial, por meio do seu núcleo nas grandes corporações de mídia, esteve em algum momento de fato preocupada com a renovação moral da política brasileira?"
E faz outra pergunta, certamente dirigida aos que se arrependeram de ter apoiado o golpe de 1964, e estão pondo a cabeça de fora outra vez, agora com outras armas, já que mudar o poder pelo voto está difícil:
"Quais personagens que passaram os últimos 50 anos muito à vontade com nosso sistema de dominação descobriram de repente seu amor pelo povo e se tornaram democratas?”
Quem tiver respostas para estas perguntas de Coimbra pode colocar na área de comentários. O Balaio agradece.
Bom fim de semana a todos.
1 comentários:
Temos que assumir o que somos. Somos DECENTES, da PAZ, JUSTOS e sobretudo CONVENCIDOS. E que o resto procura ser igual, sem tomar o dinheiro como linha-mestre.
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