sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Humanidade chora a morte de Mandela

Editorial do sítio Vermelho:

Chora a África do Sul, chora toda a África martirizada, choram os povos escravizados e humilhados em todo o mundo. A humanidade inteira chora.

Faleceu nesta quinta-feira (5), aos 95 anos, Nelson Mandela, um dos maiores exemplos de líderes políticos da humanidade. A sua amada África do Sul “perdeu um colosso, um epítome da humildade, igualdade, justiça, paz e esperança de milhões de pessoas , aqui e no exterior”, como assinala o comunicado do seu partido, o Congresso Nacional Africano.

Madiba, como era carinhosamente chamado, foi uma figura gigantesca, que deu tudo de si pela libertação de seu povo e, ao se entregar abnegadamente a essa causa, deu um exemplo internacional de extraordinárias dimensões.

Característica rara – a mais preciosa entre os líderes políticos – a vida de Mandela foi um fio vermelho de coerência e de sintonia entre palavras e ações. Como dirigente do Congresso Nacional Africano e do Partido Comunista da África do Sul, Madiba liderou a luta contra o apartheid, por uma África do Sul livre e democrática. Combateu o racismo e a intolerância, lutou pela unidade nacional e pela igualdade social, racial e de gênero.

Nelson Mandela foi o primeiro presidente da África do Sul eleito democraticamente, em 19 de maio de 1994, e se dedicou incansavelmente a reconciliar o país, dilacerado pelo odioso regime do apartheid, exercido pela elite racista branca sul-africana. Levou até o fim, de maneira consequente, a sua decisão de fazer da África do Sul a “nação arco-íris”.

Na condição de líder da luta contra o apartheid e presidente da República, projetou mundialmente a África do Sul, como nação democrática e civilizada, em esforços permanentes pelo progresso social, o que lhe valeu o reconhecimento internacional, laureado com mais de 250 prêmios, entre os quais o Prêmio Nobel da Paz de 1993.

"Os verdadeiros líderes devem estar dispostos a sacrificar tudo pela liberdade de seu povo", disse em certa ocasião.

Como “senhor do seu destino”, “capitão da própria alma”, como gostava de repetir, deu elevada mostra de abnegação ao permanecer encarcerado durante 27 anos em Robben Island, onde foi obrigado a trabalhos forçados e a viver em diminuta cela.

Nelson Mandela, com o exemplo da sua ação, deixou uma marca indelével e eterna na história do seu povo, marcou a época em que viveu e se tornou herói da África do Sul e de toda a humanidade.

Ele será sempre recordado pela dimensão e fecundidade de seu exemplo, por sua imensa obra, por suas ideias generosas, suas inabaláveis convicções e a luta que empreendeu pela libertação do seu povo. Ao iniciar a construção da nova África do Sul, Mandela deu também uma contribuição contemporânea na luta por uma nova ordem mundial liberta do hegemonismo das grandes potências e das políticas de opressão e guerra.

A humanidade lhe é grata. Seu nome é símbolo da luta pela liberdade, a justiça e a dignidade do ser humano.

2 comentários:

José Carlos Lima disse...

e no brasil há uma figura que se aproveita da cor que tem para solapar as conquista do povo brasileiro inclusive dos seus irmaos negros o nome dele é Joaquim barbosa...Comparando o golpe militar e o judiciário - O militar tinha o lacerda e o jdiciario o barbosa, o pensamento e o mesmo..,,,,a midia é a mesma de antes e agora,,,os presos politicos são os mesmos...a elite sacaneando com os presos e uma parte da população desinformada ou de má fe apoiando...o que mais...o objetivo é o mesmo o de manter o status quo...a palavra que justicava a tortura a partir de 64 era "terrorista" e agora é 'mensaleiro",,gente cá pra nós,,,há algo de diferente? Nada.

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Mário SF Alves disse...

A humanidade pela perda do Mandela e eu pelo estupro da Constituição Cidadã e por derradeiro do Estado de Democrático de Direito no Brasil.