Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Fiel ao lema "a lei sou eu", parafraseando o célebre "L´État c´est moi" de Luis XIV, o rei sol da França, país onde se encontrava nesta quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, entre um passeio e outro por Paris e a inevitável parada para fazer compras na Galeries Lafayette, resolveu criticar seus colegas ministros que ficaram no Brasil, por não terem assinado ainda o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) durante as suas férias.
"Qual é a consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Eu, se estivesse como substituto, jamais hesitaria em tomar esta decisão. Eu não podia praticar estes atos porque já estava voando para o exterior. Não é ato de Joaquim Barbosa. O ministro que estiver de plantão pode, sim, praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa", disparou, falando dele mesmo na terceira pessoa. O presidente do STF não se referiu à situação do ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado, que continua solto, sem mandado de prisão expedido.
Primeiro, a ministra Carmem Lúcia e, esta semana, o ministro Ricardo Lewandowski, que o substituíram, não concordam com Barbosa e preferiram esperar a volta dele ao STF, marcada para o próximo dia 3, quando termina o recesso do Judiciário. O clima promete esquentar na retomada dos trabalhos no STF.
A assinatura do mandado de prisão de Cunha não é a única polêmica que envolve a vilegiatura de Joaquim Barbosa pela Europa. Mesmo estando de férias, Barbosa recebeu R$ 14 mil em diárias para fazer duas palestras, a primeira delas, com duração de meia hora, marcada para amanhã na Universidade de Paris-1, e a outra, semana que vem, em Londres.
"Eu acho isso uma tremenda bobagem. Nós temos coisas muito mais importantes a tratar. É uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar seu país, para falar sobre as instituições do Brasil e vocês estão discutindo diárias?", reclamou ao repórter Graciliano Rocha, da "Folha", que o encontrou na saída de uma universidade em Paris. E ainda o questionou: "Quando é que na história do Brasil o presidente do Poder Judiciário teve as oportunidades que eu tenho de viajar pelo mundo para falar sobre um poder importante da República?.
Caberia perguntar também o que nós, cidadãos contribuintes, que pagamos as despesas, ganhamos com isso.
Fiel ao lema "a lei sou eu", parafraseando o célebre "L´État c´est moi" de Luis XIV, o rei sol da França, país onde se encontrava nesta quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, entre um passeio e outro por Paris e a inevitável parada para fazer compras na Galeries Lafayette, resolveu criticar seus colegas ministros que ficaram no Brasil, por não terem assinado ainda o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) durante as suas férias.
"Qual é a consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Eu, se estivesse como substituto, jamais hesitaria em tomar esta decisão. Eu não podia praticar estes atos porque já estava voando para o exterior. Não é ato de Joaquim Barbosa. O ministro que estiver de plantão pode, sim, praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa", disparou, falando dele mesmo na terceira pessoa. O presidente do STF não se referiu à situação do ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado, que continua solto, sem mandado de prisão expedido.
Primeiro, a ministra Carmem Lúcia e, esta semana, o ministro Ricardo Lewandowski, que o substituíram, não concordam com Barbosa e preferiram esperar a volta dele ao STF, marcada para o próximo dia 3, quando termina o recesso do Judiciário. O clima promete esquentar na retomada dos trabalhos no STF.
A assinatura do mandado de prisão de Cunha não é a única polêmica que envolve a vilegiatura de Joaquim Barbosa pela Europa. Mesmo estando de férias, Barbosa recebeu R$ 14 mil em diárias para fazer duas palestras, a primeira delas, com duração de meia hora, marcada para amanhã na Universidade de Paris-1, e a outra, semana que vem, em Londres.
"Eu acho isso uma tremenda bobagem. Nós temos coisas muito mais importantes a tratar. É uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar seu país, para falar sobre as instituições do Brasil e vocês estão discutindo diárias?", reclamou ao repórter Graciliano Rocha, da "Folha", que o encontrou na saída de uma universidade em Paris. E ainda o questionou: "Quando é que na história do Brasil o presidente do Poder Judiciário teve as oportunidades que eu tenho de viajar pelo mundo para falar sobre um poder importante da República?.
Caberia perguntar também o que nós, cidadãos contribuintes, que pagamos as despesas, ganhamos com isso.
3 comentários:
O cara diz que saiu a serviço, por isso as diárias (exorbitantes) e, ao mesmo tempo, diz estar em férias. Se foi convidado a palestrar teria as despesas pagas pelo anfitrião e, se está em férias não deve receber diárias. Não foi eleito para representar ninguém e, não sei aqui, quem lhe deu essa designação de representação. Está mesmo a gozar com a nossa cara com o seu usual desequilíbrio emocial, intelectual, moral, ético e profissional. Basta.
"o que nós, cidadãos contribuintes, que pagamos as despesas, ganhamos com isso?" Boa pergunta, Kotscho, e me apresso em responder: nada, nada, nada,nada...
Responda por favor... Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?
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