Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, é um deprimente retrato do Brasil das elites.
Um mundo de investidores, governantes, operadores de dinheiro, polícia, juízes – de todos os níveis – e dinheiro, muito dinheiro público.
Algo que, em qualquer país do mundo onde houvesse um Judiciário brioso, abalaria a República e aposentaria, de vez, muitos de seus pró-homens.
É a história de como Daniel Dantas, aquele a quem um dia Fernando Henrique Cardoso chamou de “brilhante” construiu seu império.
E como esta construção esteve intrinsecamente ligada ao processo de privatização do patrimônio público.
Curiosamente, este personagem esteve na periferia do momento inaugural do mando neoliberal sobre o mundo: o Consenso de Washington.
Fazia parte de um formigueiro de economistas que se dispunha a traçar novos túneis – mais amplos e mais diretos – para a acumulação de capitais.
Daniel Dantas, a rigor, jamais foi um empresário, mas um financista. Seu mundo não era o da produção, das fábricas, dos empregados, dos produtos e matérias primas reais.
O de fazer dinheiro do dinheiro alheio: tanto dos que a ele entregavam seus capitais – adquiridos à luz e à sombra – pelo favoritismo, pelas pressões, pelos desvãos obscuros do poder e da grana.
E se Daniel Dantas não foi (e não é) um empresário, mais custa a dizer que seja brasileiro.
Seu negócio nunca foi o Brasil ou seu desenvolvimento.
O Brasil sempre foi, ao contrário, o corpo inerte do qual se devia sugar e levar.
E é assim, ainda.
Neste sentido, Daniel Dantas certamente é brilhante.
Sua luminosidade revela um submundo que quase, quase foi iluminado para que a Nação o visse.
Uma possibilidade que acabou pelas mãos de Gilmar Mendes e o nosso inquestionável STF, que mergulhou nas sombras a Operação Satiagraha.
Assassinada a golpes de habeas-corpus, seus herói viram-se convertidos em bandidos levados às barras do tribunal.
Escaparam, é certo, mas a condenação foi a todos os que se atreverem – no jornalismo ou nos cargos públicos – a penetrar nesse serpentário financeiro: “não façam mais isso, ouviram?”
O livro é imperdível e me consome há dias.
Dele, trago a sinopse do editor, aqui. Mais tarde, alguns trechos, para que todos entendam o quão grave é o que se descreve.
O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, é um deprimente retrato do Brasil das elites.
Um mundo de investidores, governantes, operadores de dinheiro, polícia, juízes – de todos os níveis – e dinheiro, muito dinheiro público.
Algo que, em qualquer país do mundo onde houvesse um Judiciário brioso, abalaria a República e aposentaria, de vez, muitos de seus pró-homens.
É a história de como Daniel Dantas, aquele a quem um dia Fernando Henrique Cardoso chamou de “brilhante” construiu seu império.
E como esta construção esteve intrinsecamente ligada ao processo de privatização do patrimônio público.
Curiosamente, este personagem esteve na periferia do momento inaugural do mando neoliberal sobre o mundo: o Consenso de Washington.
Fazia parte de um formigueiro de economistas que se dispunha a traçar novos túneis – mais amplos e mais diretos – para a acumulação de capitais.
Daniel Dantas, a rigor, jamais foi um empresário, mas um financista. Seu mundo não era o da produção, das fábricas, dos empregados, dos produtos e matérias primas reais.
O de fazer dinheiro do dinheiro alheio: tanto dos que a ele entregavam seus capitais – adquiridos à luz e à sombra – pelo favoritismo, pelas pressões, pelos desvãos obscuros do poder e da grana.
E se Daniel Dantas não foi (e não é) um empresário, mais custa a dizer que seja brasileiro.
Seu negócio nunca foi o Brasil ou seu desenvolvimento.
O Brasil sempre foi, ao contrário, o corpo inerte do qual se devia sugar e levar.
E é assim, ainda.
Neste sentido, Daniel Dantas certamente é brilhante.
Sua luminosidade revela um submundo que quase, quase foi iluminado para que a Nação o visse.
Uma possibilidade que acabou pelas mãos de Gilmar Mendes e o nosso inquestionável STF, que mergulhou nas sombras a Operação Satiagraha.
Assassinada a golpes de habeas-corpus, seus herói viram-se convertidos em bandidos levados às barras do tribunal.
Escaparam, é certo, mas a condenação foi a todos os que se atreverem – no jornalismo ou nos cargos públicos – a penetrar nesse serpentário financeiro: “não façam mais isso, ouviram?”
O livro é imperdível e me consome há dias.
Dele, trago a sinopse do editor, aqui. Mais tarde, alguns trechos, para que todos entendam o quão grave é o que se descreve.
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