Por Cadu Amaral, em seu blog:
E parece que o PSDB vai deixar um corpo estendido no chão, à beira da estrada. As falas dos tucanos de bico fino apontam que o deputado federal e ex-governador de Minas Gerais não contará com a solidariedade de seus correligionários.
O pedido de 22 anos de prisão da Procuradoria-Geral da República devido ao processo do “mensalão” tucano (nunca mineiro!) deixou todas as penas do PSDB arrepiadas.
O esquema de caixa dois montado em 1998 para eleger tucanos em todos os níveis estourou após a exposição do caixa dois do PT. Além do fato de ambos os casos serem de recursos não compatibilizados de campanha eleitoral, há o envolvimento de Marcos Valério como características comuns.
As diferenças são que no caso tucano foram usadas empresas públicas em Minas Gerais. FURNAS, Bemge, Comig, Cemig e por aí vai. Daí saíram recursos para financiar campanhas tucanas e de aliados em quase todo o país, incluindo a de Fernando Henrique Cardoso.
Isso quem confirma é o próprio Azeredo em entrevista ao Estadão ao chegar para uma reunião com Aécio Neves. “Para começar, essa campanha não foi minha, foi do PSDB todo, inclusive de Fernando Henrique à reeleição”.
No caso do PT foi usado dinheiro da Visanet, hoje Cielo, para as eleições municipais de 2004. Trata-se de uma empresa privada. E isso é uma diferença muito grande nesse caso. Nisso há de se concordar com os tucanos. Os casos não são iguais, são semelhantes.
O que também chama a atenção é um vigor atípico da imprensa grande paulista. Não há nada similar, ao se tratar de desvios do PSDB, em seu histórico. A não ser agora que o provável candidato à presidência não será o Serra, paulista e sim um mineiro com enormes sentimentos de amor e carinho pelo Rio de Janeiro. Mesmo assim esse vigor está anos-luz abaixo do dispensado ao caso do PT, cabe a ressalva.
E agora que foi revelado que um assessor direto de Aécio também foi denunciado e que ele, o cara da conversa, sabia de seu envolvimento, mas mesmo assim o manteve junto a si, é que a coisa pode ficar depenada no PSDB.
É claro que ninguém ainda foi julgado e, portanto, devem ser tratados como inocentes. É assim que reza o trato numa democracia. Mas vale a ironia pela forma como se comportou o PSDB diante do caso petista.
Todo o tucanato do alto ninho aparece na famosa (ou infame) lista de FURNAS. Tem até o Gilmar Mendes lá. E vão deixar o Azeredo pagar o pato – se é que vai mesmo – sozinho? A fala do deputado tem muito o tom de ameaça. Quando ele diz que a campanha foi “do PSDB todo”, entenda “Eu me lasco, mas lasco vocês junto comigo”.
Não deixe de ouvir o que um ex-advogado do delator do esquema tem a dizer sobre o modus operandi dos bastidores do “mensalão” tucano.
E parece que o PSDB vai deixar um corpo estendido no chão, à beira da estrada. As falas dos tucanos de bico fino apontam que o deputado federal e ex-governador de Minas Gerais não contará com a solidariedade de seus correligionários.
O pedido de 22 anos de prisão da Procuradoria-Geral da República devido ao processo do “mensalão” tucano (nunca mineiro!) deixou todas as penas do PSDB arrepiadas.
O esquema de caixa dois montado em 1998 para eleger tucanos em todos os níveis estourou após a exposição do caixa dois do PT. Além do fato de ambos os casos serem de recursos não compatibilizados de campanha eleitoral, há o envolvimento de Marcos Valério como características comuns.
As diferenças são que no caso tucano foram usadas empresas públicas em Minas Gerais. FURNAS, Bemge, Comig, Cemig e por aí vai. Daí saíram recursos para financiar campanhas tucanas e de aliados em quase todo o país, incluindo a de Fernando Henrique Cardoso.
Isso quem confirma é o próprio Azeredo em entrevista ao Estadão ao chegar para uma reunião com Aécio Neves. “Para começar, essa campanha não foi minha, foi do PSDB todo, inclusive de Fernando Henrique à reeleição”.
No caso do PT foi usado dinheiro da Visanet, hoje Cielo, para as eleições municipais de 2004. Trata-se de uma empresa privada. E isso é uma diferença muito grande nesse caso. Nisso há de se concordar com os tucanos. Os casos não são iguais, são semelhantes.
O que também chama a atenção é um vigor atípico da imprensa grande paulista. Não há nada similar, ao se tratar de desvios do PSDB, em seu histórico. A não ser agora que o provável candidato à presidência não será o Serra, paulista e sim um mineiro com enormes sentimentos de amor e carinho pelo Rio de Janeiro. Mesmo assim esse vigor está anos-luz abaixo do dispensado ao caso do PT, cabe a ressalva.
E agora que foi revelado que um assessor direto de Aécio também foi denunciado e que ele, o cara da conversa, sabia de seu envolvimento, mas mesmo assim o manteve junto a si, é que a coisa pode ficar depenada no PSDB.
É claro que ninguém ainda foi julgado e, portanto, devem ser tratados como inocentes. É assim que reza o trato numa democracia. Mas vale a ironia pela forma como se comportou o PSDB diante do caso petista.
Todo o tucanato do alto ninho aparece na famosa (ou infame) lista de FURNAS. Tem até o Gilmar Mendes lá. E vão deixar o Azeredo pagar o pato – se é que vai mesmo – sozinho? A fala do deputado tem muito o tom de ameaça. Quando ele diz que a campanha foi “do PSDB todo”, entenda “Eu me lasco, mas lasco vocês junto comigo”.
Não deixe de ouvir o que um ex-advogado do delator do esquema tem a dizer sobre o modus operandi dos bastidores do “mensalão” tucano.
2 comentários:
A ameaça do paulo preto funcionou e não ocorreu nada com ele, o mesmo vai acontecer com o Azeredo.
Qual cada por si e o diabo por todos
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