Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):
No ano de 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol, e os meses que antecedem esse acontecimento são marcados por intensos debates. Nós, da União da Juventude Socialista, defendemos a realização de uma Copa que tenha como premissa a garantia dos interesses do Brasil e de nosso povo.
Em 2007 comemoramos a escolha do Brasil como sede desse evento. Dois anos mais tarde, em 2009, foi anunciado que também em solo brasileiro serão realizados os Jogos Olímpicos de 2016, vitória saudada inclusive pelo líder revolucionário Fidel Castro. Dessa forma, os brasileiros receberão os dois maiores eventos esportivos do planeta.
Durante muito tempo, quiseram que acreditássemos que a nossa vocação era ser um país de quinta categoria, sem protagonismo no plano internacional e de joelhos para as grandes potências. Esse “complexo de vira-lata” foi combatido ao longo da história pelas diversas lutas populares, e a eleição e sucesso de Lula na presidência a partir de 2002 contribuíram para derrotar essa visão ao colocar o Brasil no centro do mundo, mostrando as potencialidades de nossa nação e do nosso povo e contrariando os interesses de uma elite antinacional e submissa aos EUA e Europa.
A realização desse evento foi festejada pelos brasileiros, tanto por representar esse novo lugar que o Brasil e a América Latina ocupam no cenário internacional quanto pelas perspectivas de mais investimentos em áreas importantes, como mobilidade urbana e serviços públicos, além da geração de mais empregos e aumento dos recursos oriundos da ampliação do turismo.
Durante a Copa, o Brasil irá receber cerca de 600 mil visitantes estrangeiros, que devem gastar aproximadamente R$ 7 bilhões em nosso país. De acordo com a Embratur, 80% deles devem visitar pelo menos três cidades, tal como ocorreu na África do Sul em 2010. Já os cerca de 3 milhões de brasileiros que irão circular pelo Brasil durante o evento irão gastar mais R$ 18 bilhões, recursos que vão contribuir para impulsionar as economias locais.
Além disso, outros R$ 23 bilhões estão sendo investidos em infraestrutura, como na mobilidade urbana, em aeroportos e portos, totalizando 93 obras que vão contribuir com o desenvolvimento do país. Todas as regiões sediarão esse evento, ressaltando o nosso caráter nacional e contribuindo para o desenvolvimento regional. O resultado disso é um crescimento de 0,5% do PIB e a geração de 3,6 milhões de empregos causados diretamente pelos impactos da Copa.
Por outro lado, não se deve deixar de apontar as contradições que a Copa, como todo megaevento, traz. A defesa de nossa soberania, a despeito das atitudes por vezes autoritárias da FIFA, é de suma importância. Também não apoiamos remoções arbitrárias ou que não atendam aos interesses da sociedade, e sim da especulação imobiliária. Por isso, a UJS defende o direito a moradia digna e apoiará as lutas que tiverem esse objetivo.
Sem contar que a modernização dos estádios não pode ter como contrapartida a ampliação do processo de elitização do futebol, já bastante prejudicado pelos interesses dos cartolas e da atrasada e antidemocrática CBF. Arenas que adotam políticas de ingressos com valores abusivos não atendem aos interesses da maioria de nosso povo. Também não admitimos que patrimônios públicos, com alto valor simbólico, sejam entregues ao capital privado. Nesse sentido, reafirmamos que “o Maraca é nosso!” – um patrimônio público e cultural que o povo carioca e brasileiro reconhece como seu não pode servir para reforçar ainda mais os interesses privados em detrimento do público, em parcerias que beneficiam apenas os primeiros. Cobrar dos governos estaduais e municipais para que assegurem o legado da Copa também faz parte dessa luta.
Nesse sentido, propomos o lançamento de uma grande campanha contra os preços abusivos dos ingressos e a elitização do futebol, que envolva torcidas organizadas, grupos democráticos que se constituem em torno dos Clubes e o conjunto dos torcedores e da sociedade civil. É preciso combater o processo de mercantilização promovido pela CBF, FIFA, grandes corporações e meios de comunicação. O que o futebol brasileiro precisa é de democracia e transparência para que não perca o caráter popular que fez desse esporte parte integrante da identidade do nosso povo. Além disso, queremos a ampliação dos investimentos públicos no esporte.
É preciso, ainda, garantir o direito às manifestações. Historicamente o movimento social tem convivido com a atitude autoritária das Polícias Militares, que reprimem de forma arbitrária as mobilizações de rua. Conquistamos nos últimos anos uma nova democracia, e por isso são inadmissíveis os excessos cometidos pelas forças policiais na repressão às mobilizações durante a Copa das Confederações (o que reforça a luta pela sua desmilitarização). Entendemos que o diálogo democrático e não a violência deve ser a resposta dada aos que desejam dar visibilidade aos seus questionamentos. É saudável e legitimo que setores da juventude estejam ocupando as ruas e lutando por mais direitos, e a UJS entende que é preciso garantir consequência a essa justa rebeldia.
A Copa possui suas limitações e elas devem ser combatidas. Trata-se, afinal, de um evento que pertence a uma entidade privada – a FIFA. Mas isso não se confunde com fazer coro com os interesses conservadores, que não acreditam no Brasil e em nossas potencialidades. Denunciamos a campanha de desinformação promovida pela grande mídia, que tenta confundir a juventude ao falar de “gastos públicos” com a Copa.
O governo federal destinou cerca de R$ 7 bilhões para a construção de estádios através de empréstimos promovidos pelo BNDES – esse dinheiro, portanto, vai voltar para os cofres públicos. O resto dos investimentos nos estádios foram feitos com dinheiro da iniciativa privada. Por outro lado, para o ano de 2014 estão previstos investimentos de R$ 82,3 bilhões em educação e R$ 106 bilhões em saúde. Ainda que esses recursos precisem ser ampliados ainda mais, são muitas vezes maiores do que os destinados para a Copa.
Entretanto, apenas em 2013 R$ 2,12 trilhões foram jogados fora com o pagamento de juros da dívida pública federal. O nosso verdadeiro inimigo é o capital financeiro, principal responsável pelos entraves ao nosso desenvolvimento.
Mas sabemos que a Copa é o evento de maior visibilidade no mundo. Serão milhões de visitantes e bilhões de espectadores. E esses povos verão um país diferente, otimista, que reduziu a miséria e colocou centenas de milhares de jovens nas Universidades.
A UJS é uma organização brasileira, revolucionária e socialista, e se posiciona ao lado dos jovens que lutam por mais educação, saúde, moradia, mobilidade urbana, mais direitos e que querem ver a vitória de nosso país dentro e fora das quatro linhas, inclusive conquistando o hexa campeonato. O Brasil ainda possui muitas desigualdades e será na luta, com pressão popular, que vamos mudar essa realidade e conquistar mais avanços, no rumo do Socialismo.
No ano de 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol, e os meses que antecedem esse acontecimento são marcados por intensos debates. Nós, da União da Juventude Socialista, defendemos a realização de uma Copa que tenha como premissa a garantia dos interesses do Brasil e de nosso povo.
Em 2007 comemoramos a escolha do Brasil como sede desse evento. Dois anos mais tarde, em 2009, foi anunciado que também em solo brasileiro serão realizados os Jogos Olímpicos de 2016, vitória saudada inclusive pelo líder revolucionário Fidel Castro. Dessa forma, os brasileiros receberão os dois maiores eventos esportivos do planeta.
Durante muito tempo, quiseram que acreditássemos que a nossa vocação era ser um país de quinta categoria, sem protagonismo no plano internacional e de joelhos para as grandes potências. Esse “complexo de vira-lata” foi combatido ao longo da história pelas diversas lutas populares, e a eleição e sucesso de Lula na presidência a partir de 2002 contribuíram para derrotar essa visão ao colocar o Brasil no centro do mundo, mostrando as potencialidades de nossa nação e do nosso povo e contrariando os interesses de uma elite antinacional e submissa aos EUA e Europa.
A realização desse evento foi festejada pelos brasileiros, tanto por representar esse novo lugar que o Brasil e a América Latina ocupam no cenário internacional quanto pelas perspectivas de mais investimentos em áreas importantes, como mobilidade urbana e serviços públicos, além da geração de mais empregos e aumento dos recursos oriundos da ampliação do turismo.
Durante a Copa, o Brasil irá receber cerca de 600 mil visitantes estrangeiros, que devem gastar aproximadamente R$ 7 bilhões em nosso país. De acordo com a Embratur, 80% deles devem visitar pelo menos três cidades, tal como ocorreu na África do Sul em 2010. Já os cerca de 3 milhões de brasileiros que irão circular pelo Brasil durante o evento irão gastar mais R$ 18 bilhões, recursos que vão contribuir para impulsionar as economias locais.
Além disso, outros R$ 23 bilhões estão sendo investidos em infraestrutura, como na mobilidade urbana, em aeroportos e portos, totalizando 93 obras que vão contribuir com o desenvolvimento do país. Todas as regiões sediarão esse evento, ressaltando o nosso caráter nacional e contribuindo para o desenvolvimento regional. O resultado disso é um crescimento de 0,5% do PIB e a geração de 3,6 milhões de empregos causados diretamente pelos impactos da Copa.
Por outro lado, não se deve deixar de apontar as contradições que a Copa, como todo megaevento, traz. A defesa de nossa soberania, a despeito das atitudes por vezes autoritárias da FIFA, é de suma importância. Também não apoiamos remoções arbitrárias ou que não atendam aos interesses da sociedade, e sim da especulação imobiliária. Por isso, a UJS defende o direito a moradia digna e apoiará as lutas que tiverem esse objetivo.
Sem contar que a modernização dos estádios não pode ter como contrapartida a ampliação do processo de elitização do futebol, já bastante prejudicado pelos interesses dos cartolas e da atrasada e antidemocrática CBF. Arenas que adotam políticas de ingressos com valores abusivos não atendem aos interesses da maioria de nosso povo. Também não admitimos que patrimônios públicos, com alto valor simbólico, sejam entregues ao capital privado. Nesse sentido, reafirmamos que “o Maraca é nosso!” – um patrimônio público e cultural que o povo carioca e brasileiro reconhece como seu não pode servir para reforçar ainda mais os interesses privados em detrimento do público, em parcerias que beneficiam apenas os primeiros. Cobrar dos governos estaduais e municipais para que assegurem o legado da Copa também faz parte dessa luta.
Nesse sentido, propomos o lançamento de uma grande campanha contra os preços abusivos dos ingressos e a elitização do futebol, que envolva torcidas organizadas, grupos democráticos que se constituem em torno dos Clubes e o conjunto dos torcedores e da sociedade civil. É preciso combater o processo de mercantilização promovido pela CBF, FIFA, grandes corporações e meios de comunicação. O que o futebol brasileiro precisa é de democracia e transparência para que não perca o caráter popular que fez desse esporte parte integrante da identidade do nosso povo. Além disso, queremos a ampliação dos investimentos públicos no esporte.
É preciso, ainda, garantir o direito às manifestações. Historicamente o movimento social tem convivido com a atitude autoritária das Polícias Militares, que reprimem de forma arbitrária as mobilizações de rua. Conquistamos nos últimos anos uma nova democracia, e por isso são inadmissíveis os excessos cometidos pelas forças policiais na repressão às mobilizações durante a Copa das Confederações (o que reforça a luta pela sua desmilitarização). Entendemos que o diálogo democrático e não a violência deve ser a resposta dada aos que desejam dar visibilidade aos seus questionamentos. É saudável e legitimo que setores da juventude estejam ocupando as ruas e lutando por mais direitos, e a UJS entende que é preciso garantir consequência a essa justa rebeldia.
A Copa possui suas limitações e elas devem ser combatidas. Trata-se, afinal, de um evento que pertence a uma entidade privada – a FIFA. Mas isso não se confunde com fazer coro com os interesses conservadores, que não acreditam no Brasil e em nossas potencialidades. Denunciamos a campanha de desinformação promovida pela grande mídia, que tenta confundir a juventude ao falar de “gastos públicos” com a Copa.
O governo federal destinou cerca de R$ 7 bilhões para a construção de estádios através de empréstimos promovidos pelo BNDES – esse dinheiro, portanto, vai voltar para os cofres públicos. O resto dos investimentos nos estádios foram feitos com dinheiro da iniciativa privada. Por outro lado, para o ano de 2014 estão previstos investimentos de R$ 82,3 bilhões em educação e R$ 106 bilhões em saúde. Ainda que esses recursos precisem ser ampliados ainda mais, são muitas vezes maiores do que os destinados para a Copa.
Entretanto, apenas em 2013 R$ 2,12 trilhões foram jogados fora com o pagamento de juros da dívida pública federal. O nosso verdadeiro inimigo é o capital financeiro, principal responsável pelos entraves ao nosso desenvolvimento.
Mas sabemos que a Copa é o evento de maior visibilidade no mundo. Serão milhões de visitantes e bilhões de espectadores. E esses povos verão um país diferente, otimista, que reduziu a miséria e colocou centenas de milhares de jovens nas Universidades.
A UJS é uma organização brasileira, revolucionária e socialista, e se posiciona ao lado dos jovens que lutam por mais educação, saúde, moradia, mobilidade urbana, mais direitos e que querem ver a vitória de nosso país dentro e fora das quatro linhas, inclusive conquistando o hexa campeonato. O Brasil ainda possui muitas desigualdades e será na luta, com pressão popular, que vamos mudar essa realidade e conquistar mais avanços, no rumo do Socialismo.
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