Por Eron Bezerra, no site Vermelho:
O desespero que vem tomando conta do PSDB na luta para melhorar seu pífio índice eleitoral levou o pré-candidato Aécio Neves a revelar uma estratégia até então guardada a “sete chaves”. Simplesmente o tucano informou que numa hipotética vitória sua, eles formarão um bloco com o PSB para assegurar a chamada governabilidade.
É claro que Eduardo Campos reagiu afirmando que eles têm “projetos diferentes” (?!), embora sem explicar mesmo o que os diferencia em relação, por exemplo, aos ataques sistemáticos ao governo, alem, naturalmente, do desejo de ocuparem a cadeira da presidenta Dilma. Ademais não lhe convém ser visto como coadjuvante do projeto dos tucanos, especialmente quando o aliado já o escalou como apoiador e não recebedor de apoio desse hipotético governo PSDB-PSB.
Em vários estados brasileiros o PSB se comporta quase como “irmão siamês” do PSDB. Não se trata de causa fortuita, motivada por eventual amizade entre seus representantes, mas sim de afinidade no que diz respeito à prática política e, portanto, programática. O Amazonas está entre esses estados. Por isso, ainda em 2008, alertamos a direção nacional do partido quanto a esta tendência que, alertávamos, tendia a se cristalizar. Os fatos hoje falam por si mesmos. Não é preciso mais nenhum esforço teórico ou político para demonstrar essa situação. O alinhamento de Eduardo Campos ao campo ideológico que tem como objetivo central interromper o ciclo iniciado por Lula e Dilma fala por si mesmo, embora os argumentos possam variar na forma, jamais no conteúdo.
Nem mesmo a distinção especial que o governador Eduardo Campos sempre recebeu do governo federal, traduzida em generosos repasses e pesados investimentos em infraestrutura no estado de Pernambuco, foi “suficiente” para aplacar seu “desejo” de interromper o ciclo iniciado com a derrota da direita em 2002.
A revelação prematura da estratégia tão cuidadosamente articulada entre eles certamente desagradou o ex-governador pernambucano, o que lhe fez reagir, pelo menos publicamente, enquanto no particular está tudo acertado.
* Eron Bezerra é professor da UFAM, doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia e coordenador nacional da Questão Amazônica e Indígena do Comitê Central do PCdoB.
O desespero que vem tomando conta do PSDB na luta para melhorar seu pífio índice eleitoral levou o pré-candidato Aécio Neves a revelar uma estratégia até então guardada a “sete chaves”. Simplesmente o tucano informou que numa hipotética vitória sua, eles formarão um bloco com o PSB para assegurar a chamada governabilidade.
É claro que Eduardo Campos reagiu afirmando que eles têm “projetos diferentes” (?!), embora sem explicar mesmo o que os diferencia em relação, por exemplo, aos ataques sistemáticos ao governo, alem, naturalmente, do desejo de ocuparem a cadeira da presidenta Dilma. Ademais não lhe convém ser visto como coadjuvante do projeto dos tucanos, especialmente quando o aliado já o escalou como apoiador e não recebedor de apoio desse hipotético governo PSDB-PSB.
Em vários estados brasileiros o PSB se comporta quase como “irmão siamês” do PSDB. Não se trata de causa fortuita, motivada por eventual amizade entre seus representantes, mas sim de afinidade no que diz respeito à prática política e, portanto, programática. O Amazonas está entre esses estados. Por isso, ainda em 2008, alertamos a direção nacional do partido quanto a esta tendência que, alertávamos, tendia a se cristalizar. Os fatos hoje falam por si mesmos. Não é preciso mais nenhum esforço teórico ou político para demonstrar essa situação. O alinhamento de Eduardo Campos ao campo ideológico que tem como objetivo central interromper o ciclo iniciado por Lula e Dilma fala por si mesmo, embora os argumentos possam variar na forma, jamais no conteúdo.
Nem mesmo a distinção especial que o governador Eduardo Campos sempre recebeu do governo federal, traduzida em generosos repasses e pesados investimentos em infraestrutura no estado de Pernambuco, foi “suficiente” para aplacar seu “desejo” de interromper o ciclo iniciado com a derrota da direita em 2002.
A revelação prematura da estratégia tão cuidadosamente articulada entre eles certamente desagradou o ex-governador pernambucano, o que lhe fez reagir, pelo menos publicamente, enquanto no particular está tudo acertado.
* Eron Bezerra é professor da UFAM, doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia e coordenador nacional da Questão Amazônica e Indígena do Comitê Central do PCdoB.
1 comentários:
Se Eduardo Campos acreditar nessa união PSDB-PSB seguirá o prognóstico de Wellington, isto é, acredita em tudo. Se ele contar com o apoio dessa imprensa golpista brasileira, não passará de um tolo. Jamais uma Globo apoiará o neto de Miguel Arraes. Acordo, Eduardo!!!
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