Do blog de Zé Dirceu:
A morte de três israelenses na Cisjordânia seguida do assassinato de um jovem palestino, queimado vivo, há uma semana, foi o pivô da atual ofensiva de Israel contra Palestina, na Faixa de Gaza. Uma ofensiva aérea que começou na 2ª feira (07.07) e que, ao longo da semana, deixou 120 palestinos mortos e 900 feridos - 75% deles, civis; 40% mulheres e crianças.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, os bombardeios israelenses já danificaram cinco hospitais e destruíram, parcial ou totalmente, cerca de 350 residências. Diante da situação, calamitosa, ONGs de direitos humanos internacionais e, também, as de Israel vêm divulgando informações sobre as vítimas palestinas. A totalidade dos 120 mortos é composta por palestinos.
Manifestações de rua também vêm sendo organizadas por grupos de esquerda em Israel. Em uma delas, 100 ativistas reunidos na frente do Teatro Habima, o teatro nacional de Israel, portavam cartazes com os dizeres: “A Operação Está Matando Todos Nós”, “Políticos se aproveitam dos sequestros de crianças”, “Cadáveres em Gaza não trarão segurança”.
Crimes de guerra
Segundo Bill Van Esveld, pesquisador da organização Human Rights Watch, a ofensiva é uma violação das leis internacionais – que resguardam as vidas de civis – e seus ataques podem ser classificados como “crimes de guerra”.
De acordo com Van Esveld, “segundo as leis de guerra, às quais Israel, como qualquer outra força militar, está sujeito, você não pode atirar primeiro e perguntar depois. É preciso ter certeza que você está tentando atingir o alvo legítimo. Quando há qualquer dúvida sobre a existência de civis no local, você deve abortar o disparo”.
A ofensiva israelense também começa a ser questionada pela ONU. A Organização, inclusive, recebeu um pedido da Anistia Internacional para formar uma missão internacional independente voltada à investigação dos crimes de guerra. “A comunidade internacional não deve repetir os mesmos erros do passado, ao esperar e assistir às consequências devastadoras para civis dos dois lados”, aponta Philip Luther, um dos diretores da AI. Mas a totalidade dos 120 mortos nessa 1ª semana de ofensiva israelense é composta por palestinos.
ONU pede cessar-fogo
Embora a pressão de diversos líderes da comunidade internacional já tenham sido manifestada, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se recusa a descartar a possibilidade de uma invasão terrestre na Faixa de Gaza. A ameaça paira sobre os palestinos desde a última 4ª feira (09.07), quando 40 mil reservistas do Exército israelense se posicionaram nos arredores da região.
No mesmo dia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou que Israel está “cometendo um genocídio em Gaza”. No dia seguinte (10.07), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu o cessar-fogo justificando que “Gaza está numa situação extremamente precária”.
No mesmo dia, o Egito reabriu provisoriamente uma antiga passagem fronteiriça para permitir que palestinos feridos sejam retirados da Faixa de Gaza. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já se ofereceu – de novo – como “mediador” do conflito para tentar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
É preciso apoiar a criação do Estado da Palestina
Como sempre afirmou o ex-ministro José Dirceu aqui no blog, assim como apoiamos a criação e preservação do Estado de Israel, é importante apoiarmos, também, a criação do Estado da Palestina. Como ficou estabelecido pela ONU, em 1948, quando criou e o Estado de Israel começou a se formar na região. Sem a garantia à existência dos dois Estados, e o compromisso de se respeitarem enquanto nações autônomas e independentes, não será possível conseguir a independência e a segurança na região.
A morte de três israelenses na Cisjordânia seguida do assassinato de um jovem palestino, queimado vivo, há uma semana, foi o pivô da atual ofensiva de Israel contra Palestina, na Faixa de Gaza. Uma ofensiva aérea que começou na 2ª feira (07.07) e que, ao longo da semana, deixou 120 palestinos mortos e 900 feridos - 75% deles, civis; 40% mulheres e crianças.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, os bombardeios israelenses já danificaram cinco hospitais e destruíram, parcial ou totalmente, cerca de 350 residências. Diante da situação, calamitosa, ONGs de direitos humanos internacionais e, também, as de Israel vêm divulgando informações sobre as vítimas palestinas. A totalidade dos 120 mortos é composta por palestinos.
Manifestações de rua também vêm sendo organizadas por grupos de esquerda em Israel. Em uma delas, 100 ativistas reunidos na frente do Teatro Habima, o teatro nacional de Israel, portavam cartazes com os dizeres: “A Operação Está Matando Todos Nós”, “Políticos se aproveitam dos sequestros de crianças”, “Cadáveres em Gaza não trarão segurança”.
Crimes de guerra
Segundo Bill Van Esveld, pesquisador da organização Human Rights Watch, a ofensiva é uma violação das leis internacionais – que resguardam as vidas de civis – e seus ataques podem ser classificados como “crimes de guerra”.
De acordo com Van Esveld, “segundo as leis de guerra, às quais Israel, como qualquer outra força militar, está sujeito, você não pode atirar primeiro e perguntar depois. É preciso ter certeza que você está tentando atingir o alvo legítimo. Quando há qualquer dúvida sobre a existência de civis no local, você deve abortar o disparo”.
A ofensiva israelense também começa a ser questionada pela ONU. A Organização, inclusive, recebeu um pedido da Anistia Internacional para formar uma missão internacional independente voltada à investigação dos crimes de guerra. “A comunidade internacional não deve repetir os mesmos erros do passado, ao esperar e assistir às consequências devastadoras para civis dos dois lados”, aponta Philip Luther, um dos diretores da AI. Mas a totalidade dos 120 mortos nessa 1ª semana de ofensiva israelense é composta por palestinos.
ONU pede cessar-fogo
Embora a pressão de diversos líderes da comunidade internacional já tenham sido manifestada, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se recusa a descartar a possibilidade de uma invasão terrestre na Faixa de Gaza. A ameaça paira sobre os palestinos desde a última 4ª feira (09.07), quando 40 mil reservistas do Exército israelense se posicionaram nos arredores da região.
No mesmo dia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou que Israel está “cometendo um genocídio em Gaza”. No dia seguinte (10.07), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu o cessar-fogo justificando que “Gaza está numa situação extremamente precária”.
No mesmo dia, o Egito reabriu provisoriamente uma antiga passagem fronteiriça para permitir que palestinos feridos sejam retirados da Faixa de Gaza. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já se ofereceu – de novo – como “mediador” do conflito para tentar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
É preciso apoiar a criação do Estado da Palestina
Como sempre afirmou o ex-ministro José Dirceu aqui no blog, assim como apoiamos a criação e preservação do Estado de Israel, é importante apoiarmos, também, a criação do Estado da Palestina. Como ficou estabelecido pela ONU, em 1948, quando criou e o Estado de Israel começou a se formar na região. Sem a garantia à existência dos dois Estados, e o compromisso de se respeitarem enquanto nações autônomas e independentes, não será possível conseguir a independência e a segurança na região.
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