Da revista CartaCapital:
As pesquisas de intenção de voto parecem ter influenciado o desempenho dos candidatos no último debate presidencial na noite desta quinta-feira, na TV Globo. Crescendo nos levantamentos mais recentes e em situação de empate técnico com Marina Silva no levantamento do Ibope divulgado poucas horas antes do encontro, Aécio mostrou-se tranquilo. A candidata do PSB pareceu ter acusado o golpe. Aparentou cansaço, tentou responder duas vezes depois do tempo esgotado e teve dificuldades nos confrontos diretos. A presidenta e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, por sua vez, não sofreu nenhum ataque contundente o bastante para ameaçar sua liderança folgada.
Os momentos de maior tensão envolvendo os candidatos mais bem colocados nas pesquisas, foram protagonizados por Aécio e Dilma. Em uma dessas oportunidades, Aécio conseguiu reverter as críticas da petista, que lembrou o alto índice da inflação registrado na época em que o PSDB estava à frente do governo federal. O tucano rebateu ao argumentar que o seu partido assumiu à Presidência com inflação a 900% por ano e devolveu com pouco mais de 7%. “Nem a competência do seu marqueteiro João Santana é capaz de reescrever a história”, cutucou.
O tucano se beneficiou também da dobradinha com o candidato do PSC, o Pastor Everaldo. Os dois tiveram réplica e tréplica para criticar com tranquilidade a gestão de estatais pelo PT. Everaldo questionou Aécio sobre a gestão de empresas que teria sido "aparelhadas pelo PT". Aécio, por sua vez, dizem que elas foram tomadas pela "mão do partido".
A presidenta Dilma teve desempenho melhor do que nos últimos confrontos. Sofreu bem menos com o cronômetro e mostrou-se firme tanto no embate com Aécio como com Marina, que esteve vacilante. Em uma das oportunidades que teve para questionar Dilma Rousseff, por exemplo, Marina fez uma pergunta genérica, sobre o não cumprimento de propostas feitas em 2010, e deu espaço para a petista falar sobre os feitos de seu governo.
Em outro momento, ao atacar a falta de experiência de Dilma, que "nunca foi nem vereadora", Marina recebeu uma dura resposta. A presidenta afirmou que era uma contradição fazer aquela crítica, uma vez que defende a "nova política" --que deveria pressupor a entrada em cargos eletivos de pessoas que não tenham tido cargos eletivos anteriormente. “Aonde está escrito na Constituição que pra ser candidato a presidente tem que ter sido vereador ou deputado antes?”, questionou.
Contra Marina Silva, o tucano se saiu bem na questão dos direitos dos trabalhadores. Ao perguntar se a candidata do PSB vai manter os benefícios conquistados pela classe trabalhadora, Aécio foi criticado mas lembrou que a ex-ministra do Meio Ambiente costuma mudar de opinião. “Candidata, não bote palavras na minha boca, aqui quem muda de opinião é você”, em referência às mudanças que Marina fez no próprio plano de governo após pressão de setores evangélicos.
Luciana Genro também teve seus bons momentos, como quando, ao questionar Aécio Neves, lembrou escândalos de corrupção e disse ao tucano: “tu e a Dilma parecem o sujo falando do mal lavado”. “Eu vejo que você faz aqui com tema livre seu espetáculo, sem nenhuma conexão com a realidade,” disse o tucano em sua réplica. Na tréplica, Luciana lembrou a construção de um aeroporto em Cláudio, interior de Minas Gerais, no terreno de um tio-avô de Aécio Neves quando este era governador. Aécio se irritou, dizendo “Não seja leviana” ao que Luciana o interpelou dizendo para ele “não levantar o dedo” a ela.
Levy Fidelix e a homofobia
O debate da TV Globo também foi palco para um assunto que começou no encontro anterior, quando os candidatos discutiram as melhores propostas na TV Record. Na ocasião, Levy Fidelix defendeu o “combate à minoria” de homossexuais. A declaração fez o candidato do PV, Eduardo Jorge, e a candidata do PSOL, Luciana Genro, acionarem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o candidato do PRTB tenha sua candidatura cassada em razão das declarações homofóbicas. Em função disso, na primeira oportunidade que teve, Eduardo Jorge questionou Fidelix sobre o assunto e “deu a oportunidade dele se desculpar”.
“O senhor extrapolou todos os limites e com sua fala agrediu a população LGBT. Eu proponho que o senhor peça perdão ao povo brasileiro”, disse Jorge. Mas o candidato do PRTB manteve as posições e retrucou: “O senhor não tem moral nenhuma. Você acima de tudo propõe que o jovem consuma maconha. Faz apologia ao crime. Eu apenas e tão somente segui a Constituição Federal".
O tema voltou quando Fidelix teve de perguntar para Luciana Genro. O nanico do PRTB atacou aspectos pessoas da vida da candidata. “A senhora esteve em Cuba, na Venezuela. Eu me informei sobre você antes de vir para cá”, mencionou. Luciana, desta vez, não perdeu a oportunidade de reprender o candidato. “Infelizmente a homofobia não é crime, poque tu deveria ter saído do último debate algemado pra prisão”, concluiu.
Os momentos de maior tensão envolvendo os candidatos mais bem colocados nas pesquisas, foram protagonizados por Aécio e Dilma. Em uma dessas oportunidades, Aécio conseguiu reverter as críticas da petista, que lembrou o alto índice da inflação registrado na época em que o PSDB estava à frente do governo federal. O tucano rebateu ao argumentar que o seu partido assumiu à Presidência com inflação a 900% por ano e devolveu com pouco mais de 7%. “Nem a competência do seu marqueteiro João Santana é capaz de reescrever a história”, cutucou.
O tucano se beneficiou também da dobradinha com o candidato do PSC, o Pastor Everaldo. Os dois tiveram réplica e tréplica para criticar com tranquilidade a gestão de estatais pelo PT. Everaldo questionou Aécio sobre a gestão de empresas que teria sido "aparelhadas pelo PT". Aécio, por sua vez, dizem que elas foram tomadas pela "mão do partido".
A presidenta Dilma teve desempenho melhor do que nos últimos confrontos. Sofreu bem menos com o cronômetro e mostrou-se firme tanto no embate com Aécio como com Marina, que esteve vacilante. Em uma das oportunidades que teve para questionar Dilma Rousseff, por exemplo, Marina fez uma pergunta genérica, sobre o não cumprimento de propostas feitas em 2010, e deu espaço para a petista falar sobre os feitos de seu governo.
Em outro momento, ao atacar a falta de experiência de Dilma, que "nunca foi nem vereadora", Marina recebeu uma dura resposta. A presidenta afirmou que era uma contradição fazer aquela crítica, uma vez que defende a "nova política" --que deveria pressupor a entrada em cargos eletivos de pessoas que não tenham tido cargos eletivos anteriormente. “Aonde está escrito na Constituição que pra ser candidato a presidente tem que ter sido vereador ou deputado antes?”, questionou.
Contra Marina Silva, o tucano se saiu bem na questão dos direitos dos trabalhadores. Ao perguntar se a candidata do PSB vai manter os benefícios conquistados pela classe trabalhadora, Aécio foi criticado mas lembrou que a ex-ministra do Meio Ambiente costuma mudar de opinião. “Candidata, não bote palavras na minha boca, aqui quem muda de opinião é você”, em referência às mudanças que Marina fez no próprio plano de governo após pressão de setores evangélicos.
Luciana Genro também teve seus bons momentos, como quando, ao questionar Aécio Neves, lembrou escândalos de corrupção e disse ao tucano: “tu e a Dilma parecem o sujo falando do mal lavado”. “Eu vejo que você faz aqui com tema livre seu espetáculo, sem nenhuma conexão com a realidade,” disse o tucano em sua réplica. Na tréplica, Luciana lembrou a construção de um aeroporto em Cláudio, interior de Minas Gerais, no terreno de um tio-avô de Aécio Neves quando este era governador. Aécio se irritou, dizendo “Não seja leviana” ao que Luciana o interpelou dizendo para ele “não levantar o dedo” a ela.
Levy Fidelix e a homofobia
O debate da TV Globo também foi palco para um assunto que começou no encontro anterior, quando os candidatos discutiram as melhores propostas na TV Record. Na ocasião, Levy Fidelix defendeu o “combate à minoria” de homossexuais. A declaração fez o candidato do PV, Eduardo Jorge, e a candidata do PSOL, Luciana Genro, acionarem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o candidato do PRTB tenha sua candidatura cassada em razão das declarações homofóbicas. Em função disso, na primeira oportunidade que teve, Eduardo Jorge questionou Fidelix sobre o assunto e “deu a oportunidade dele se desculpar”.
“O senhor extrapolou todos os limites e com sua fala agrediu a população LGBT. Eu proponho que o senhor peça perdão ao povo brasileiro”, disse Jorge. Mas o candidato do PRTB manteve as posições e retrucou: “O senhor não tem moral nenhuma. Você acima de tudo propõe que o jovem consuma maconha. Faz apologia ao crime. Eu apenas e tão somente segui a Constituição Federal".
O tema voltou quando Fidelix teve de perguntar para Luciana Genro. O nanico do PRTB atacou aspectos pessoas da vida da candidata. “A senhora esteve em Cuba, na Venezuela. Eu me informei sobre você antes de vir para cá”, mencionou. Luciana, desta vez, não perdeu a oportunidade de reprender o candidato. “Infelizmente a homofobia não é crime, poque tu deveria ter saído do último debate algemado pra prisão”, concluiu.
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