Por Mariana Serafini, no site da UJS:
O governo do Paraná comunicou nesta quinta-feira (12) que vai retirar o pacote de austeridade de votação da Assembleia Legislativa. Apelidado de “pacotaço”, o objetivo da proposta encaminhada pelo governador Beto Richa (PSDB) era reduzir direitos dos servidores públicos para “resolver problemas financeiros” da administração.
A proposta entrou em votação na terça-feira (10), e imediatamente os professores decretaram greve geral e partiram para a capital em defesa de seus direitos. Uma grande manifestação de toda a categoria, apoiada pelos estudantes, impediu os deputados de votarem o projeto. Desde então os manifestantes ocupam a Casa de Leis e mobilizam a classe trabalhadora, houve centenas de manifestações em diversas cidades.
Apesar do clima tenso, 33 dos 54 parlamentares chegaram à Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12) em um ônibus da tropa de choque da PM e tentaram realizar uma sessão fechada, no restaurante da Casa, para seguir com a votação. Mas a pressão popular venceu. Em nota o governo anunciou que “em virtude das manifestações ocorridas, também para garantir a integridade física e segurança das senhoras e senhores parlamentares” o projeto foi retirado para “reanálise”.
Violência policial
A manifestação contou com cerca de 50 mil professores e estudantes que a policia tentou dispersar sob bombas de efeito moral, jatos de spray de pimenta e tiros de bala de borracha. Diversas pessoas foram agredidas pela PM.
“Os estudantes hoje desempenharam um papel fundamental puxando a linha de frente do protesto, furando a barreira policial até chegar ao restaurante da Alep para evitar a votação”, afirmou a presidenta da UPE, Elys Maryna.
De acordo com o Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) após quatro dias manifestação, este foi o maior embate da categoria nos últimos anos. Mas a greve continua. “A APP-Sindicato seguirá firme em sua greve e na fiscalização para que a carreira dos trabalhadores em educação não sofra mais nenhum golpe de desmonte”, diz em nota.
De acordo com a presidenta da UPE, o movimento sindical e os estudantes vão manter a acupação na Alep para pedir uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para verificar as contas do Paraná. “Tudo isso só está acontecendo porque o Estado está quebrado”, afirmou Elys.
Educação defasada
Segundo a APP-Sindicato a educação do Estado vem sofrendo com o descaso tucano desde o ano passado com atraso no pagamento de benefícios, falta de funcionários, merenda escolar precária e uma série de arbitrariedades nas instituições de ensino.
Mas o ápice da crise aconteceu quando Beto Richa apresentou o pacotaço no dia 4 de fevereiro com objetivo de “equilibrar as finanças”. As medidas do governador mostram uma total retirada de direitos não só dos professores, mas de todo o funcionalismo público.
Entre os pontos que mais provocaram indignação dos servidores estão a extinção do Fundo Previdenciário da Paraná Previdência que teria o saldo transferido para o Fundo Financeiro, o montante é resultado de mais de três décadas de arrecadação e considerado um patrimônio dos trabalhadores. Outra medida alteraria a progressão de carreira e a concessão de licenças.
Para o diretor da UNE, Iago Montalvão, esse período de mobilizações foi “um dos episódios mais marcantes e emocionantes da vida”, porque teve a oportunidade de aprender e contribuir com a luta dos professores. “Enfim, ao final tivemos uma vitória, e isso é motivo de alegria, mas me entristece pensar que toda essa lua foi apenas para não perder direitos, por isso nossa jornada continua, para conquistar mais”, disse.
O governo do Paraná comunicou nesta quinta-feira (12) que vai retirar o pacote de austeridade de votação da Assembleia Legislativa. Apelidado de “pacotaço”, o objetivo da proposta encaminhada pelo governador Beto Richa (PSDB) era reduzir direitos dos servidores públicos para “resolver problemas financeiros” da administração.
A proposta entrou em votação na terça-feira (10), e imediatamente os professores decretaram greve geral e partiram para a capital em defesa de seus direitos. Uma grande manifestação de toda a categoria, apoiada pelos estudantes, impediu os deputados de votarem o projeto. Desde então os manifestantes ocupam a Casa de Leis e mobilizam a classe trabalhadora, houve centenas de manifestações em diversas cidades.
Apesar do clima tenso, 33 dos 54 parlamentares chegaram à Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12) em um ônibus da tropa de choque da PM e tentaram realizar uma sessão fechada, no restaurante da Casa, para seguir com a votação. Mas a pressão popular venceu. Em nota o governo anunciou que “em virtude das manifestações ocorridas, também para garantir a integridade física e segurança das senhoras e senhores parlamentares” o projeto foi retirado para “reanálise”.
Violência policial
A manifestação contou com cerca de 50 mil professores e estudantes que a policia tentou dispersar sob bombas de efeito moral, jatos de spray de pimenta e tiros de bala de borracha. Diversas pessoas foram agredidas pela PM.
“Os estudantes hoje desempenharam um papel fundamental puxando a linha de frente do protesto, furando a barreira policial até chegar ao restaurante da Alep para evitar a votação”, afirmou a presidenta da UPE, Elys Maryna.
De acordo com o Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) após quatro dias manifestação, este foi o maior embate da categoria nos últimos anos. Mas a greve continua. “A APP-Sindicato seguirá firme em sua greve e na fiscalização para que a carreira dos trabalhadores em educação não sofra mais nenhum golpe de desmonte”, diz em nota.
De acordo com a presidenta da UPE, o movimento sindical e os estudantes vão manter a acupação na Alep para pedir uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para verificar as contas do Paraná. “Tudo isso só está acontecendo porque o Estado está quebrado”, afirmou Elys.
Educação defasada
Segundo a APP-Sindicato a educação do Estado vem sofrendo com o descaso tucano desde o ano passado com atraso no pagamento de benefícios, falta de funcionários, merenda escolar precária e uma série de arbitrariedades nas instituições de ensino.
Mas o ápice da crise aconteceu quando Beto Richa apresentou o pacotaço no dia 4 de fevereiro com objetivo de “equilibrar as finanças”. As medidas do governador mostram uma total retirada de direitos não só dos professores, mas de todo o funcionalismo público.
Entre os pontos que mais provocaram indignação dos servidores estão a extinção do Fundo Previdenciário da Paraná Previdência que teria o saldo transferido para o Fundo Financeiro, o montante é resultado de mais de três décadas de arrecadação e considerado um patrimônio dos trabalhadores. Outra medida alteraria a progressão de carreira e a concessão de licenças.
Para o diretor da UNE, Iago Montalvão, esse período de mobilizações foi “um dos episódios mais marcantes e emocionantes da vida”, porque teve a oportunidade de aprender e contribuir com a luta dos professores. “Enfim, ao final tivemos uma vitória, e isso é motivo de alegria, mas me entristece pensar que toda essa lua foi apenas para não perder direitos, por isso nossa jornada continua, para conquistar mais”, disse.
1 comentários:
Aqueles que, deveriam ser os representantes do povo, chegaram, não, num ônibus, mas sim, num CAMBURÃO. Vergonha alheia. As/os deputados, que verdadeiramente representavam o provo, entraram pelas portas principais, no meio de educadorxs, sem sofrerem qualquer impedimento. A "BANCADA DO CAMBURÃO" sofrerá politicamente esse traição, a história dirá.
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