Por Altamiro Borges
O cambaleante Aécio Neves – que acaba de receber o carinhoso apelido de "arregão" dos seus ex-amiguinhos das marchas golpistas – sofreu mais um baque nesta semana. O senador tucano perdeu a ação judicial que move desde 2013 contra os sites de busca da internet – Google, Bing e Yahoo. No longo período em que reinou em Minas Gerais, ele se acostumou a censurar jornalistas e a comprar o silêncio da mídia com fartos recursos publicitários. Agora, porém, o censor Aécio Neves se deu mal.
Na ação rejeitada, o presidente nacional do PSDB – que adora bravatear sobre liberdade de expressão – pediu que a Justiça restringisse as buscas na internet, proibindo as empresas de relacionar seu nome a termos como "corrupção" e a outras denúncias ligadas à sua carreira política. Em sua decisão, o juiz Rodrigo Garcia Martinez, do Tribunal de Justiça de São Paulo, comparou os sites a bibliotecários virtuais: "Se numa biblioteca pedimos um livro, eles o localizam e o trazem. Se o conteúdo é apto a cometer ilícito, o autor é quem deve responder, não a biblioteca ou o bibliotecário, sob pena de realizarmos práticas fascistas, comunistas ou nazistas". Ele ainda ponderou que "inibir o acesso às informações por meio de filtros na ferramenta de busca representa retrocesso à livre manifestação".
Procurada pela Folha – sempre tão zelosa na sua "imparcialidade" –, "a assessoria do tucano informou que vai recorrer contra a decisão. Para os advogados de Aécio, as notícias foram espalhadas por uma 'quadrilha virtual', 'abastecida com recursos públicos' com o intuito de denegrir adversários do governo". Por falar nisto, a Folha tucana – que só tem o rabo preso com o leitor – não vai falar mais nada sobre a "esgotosfera tucana", que recebia uma mesada de R$ 70 mil do governador paulista Geraldo Alckmin? Aonde foi se esconder a "quadrilha virtual" do PSDB?
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