Por Valdir Roque, no blog Viomundo:
A senadora Marta Suplicy confirmou esta semana sua saída do PT para seguir seus projetos pessoais. Até aí, uma escolha dela que deve ser respeitada. No entanto, cheia de mágoa não se sabe do quê, já que sempre foi respeitada e teve amplo espaço dentro do partido, ela usa e se deixa ser usada pelos jornalões de São Paulo, que a têm como sua nova queridinha. Como? Atacando, a qualquer custo, o PT, partido que Marta ajudou a construir, e a presidenta Dilma Rousseff, da qual foi ministra há até poucos meses atrás.
Com ataques ao partido e a Dilma, Marta ganha os holofotes, iluminados pelos mesmos que tanto a perseguiram. Afinal, quem ataca o PT tem espaço na mídia. Em busca de seu projeto pessoal, Marta trai sua própria história. Se alia aos que tanto a perseguiram e ataca os que sempre a defenderam.
Marta Suplicy tem uma trajetória elogiável. Como prefeita da Capital teve todo o apoio do PT, assim como perseguição da grande mídia, na implantação de projetos como os CEUs e os corredores de ônibus.
Importante lembrar que projetos como estes sempre estão inseridos nos programas de governo das administrações petistas, independentemente do prefeito ou prefeita.
Definitivamente a Marta Suplicy de hoje já não é mais aquela dos bons projetos, com uma trajetória de coragem. Ela escolheu o caminho da traição para chamar a atenção em torno de seu projeto pessoal.
Que o PT faça valer seus direitos para assumir o mandato que conquistou no Senado. Afinal, não votamos na candidata do Partido dos Trabalhadores ao Senado para ver um projeto pessoal de poder trair e tentar destruir um projeto coletivo, que nos últimos anos, com Lula e Dilma, gerou ascensão social a milhões de brasileiros, que passaram a ter acesso à universidade, à sonhada casa própria, a mais lazer e cultura etc.
A mágoa por não ter competência suficiente para ser candidata a presidenta ao invés de Dilma pode ser uma pista para a mudança radical da postura de Marta. Ela disse em uma entrevista recente que “tinha clareza que poderia ser presidente”.
Marta, infelizmente não podemos ser tudo que queremos. Mas podemos buscar outros caminhos sem trairmos a nós mesmos, sem trairmos nossos ideais, sem se deixar ser usado.
Agindo movida apenas a mágoa e a uma busca cega pelo poder a qualquer custo, atacando quem sempre esteve ao seu lado, Marta Suplicy trai sua própria história, seus companheiros e seus eleitores.
* Valdir Roque é vereador, líder da bancada do PT na Câmara Municipal de Osasco.
1 comentários:
Síndrome de Estocolmo ou um ego extremamente desenvolvido?
Postar um comentário