Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Eduardo Cunha deu um golpe para voltar a apreciar a proposta de imputação penal a jovens de 16 e 17 anos. Na madrugada anterior, a PEC 171 havia sido rejeitada.
Ocorre que Cunha, como Neymar, não aceita perder. O imperador do Brasil, como definiu alguém, se sente à vontade para atropelar regimentos e colocar pautas para votação até que o resultado saia a seu contento.
Ele mesmo avisou quando da derrota ao encerrar a sessão anterior: “Não acabou. A votação ainda está muito longe de acabar”.
O que significa esse tipo de ameaça senão o alerta de que ele manda, ele é quem determina onde estão o início, o fim e o meio?
A nova votação, ao menos, serviu para Cunha apanhar como nunca apanhou antes na Câmara, até do baixo clero. Sua pedalada regimental lhe rendeu críticas contundentes, dirigidas principalmente ao seu estilo cesarista.
“Isso aqui não é a casa do senhor. Isso não é brincadeira. Isso não é a casa de vossa excelência”, disse Glauber Braga (PSB-RJ). Para Érika Kokay (PT-DF), ele é o “rei Luís XVI”.
Paulo Pimenta (PT-RS) provocou a ira dos torcedores do tricolor carioca. “Se a Câmara hoje fosse o Brasileirão, o presidente da Câmara seria o Fluminense”, disse, em homenagem ao time do tapetão.
“Eu considero essa sessão uma farsa. Uma afronta. Hoje nós temos que reduzir as discussões dos critérios mínimos de democracia. Na calada da noite, arma-se um golpe. O parlamento vive hoje uma noite tenebrosa”, afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ).
Em entrevista à Folha nesta semana, Cunha tirou do bolso a velha solução para qualquer tipo de crise: o parlamentarismo. Declarou que está articulando para mudar o atual regime nas eleições de 2018. “Um debate para valer e votar”, falou.
“Tenho conversado com quase todos os agentes políticos, PSDB, DEM, PPS, PMDB, PP, PR, com todos os partidos. Com José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Tasso Jereissati (PSDB-CE). Com certeza, vamos tentar votar na minha presidência.”
Maravilha. Mas meia hora acompanhando este Congresso serve para instilar o pânico em qualquer brasileiro razoavelmente ajuizado diante da possibilidade de ser governado por esses tipos.
Ou alguém acredita que com Eduardo Cunha, Deus, a bancada evangélica e a bancada da bala - com seus delegados, majores, capitães e capivaras -, estaremos melhores?
Eduardo Cunha é uma ameaça à democracia brasileira e não há um miserável batendo panela por isso.
Ocorre que Cunha, como Neymar, não aceita perder. O imperador do Brasil, como definiu alguém, se sente à vontade para atropelar regimentos e colocar pautas para votação até que o resultado saia a seu contento.
Ele mesmo avisou quando da derrota ao encerrar a sessão anterior: “Não acabou. A votação ainda está muito longe de acabar”.
O que significa esse tipo de ameaça senão o alerta de que ele manda, ele é quem determina onde estão o início, o fim e o meio?
A nova votação, ao menos, serviu para Cunha apanhar como nunca apanhou antes na Câmara, até do baixo clero. Sua pedalada regimental lhe rendeu críticas contundentes, dirigidas principalmente ao seu estilo cesarista.
“Isso aqui não é a casa do senhor. Isso não é brincadeira. Isso não é a casa de vossa excelência”, disse Glauber Braga (PSB-RJ). Para Érika Kokay (PT-DF), ele é o “rei Luís XVI”.
Paulo Pimenta (PT-RS) provocou a ira dos torcedores do tricolor carioca. “Se a Câmara hoje fosse o Brasileirão, o presidente da Câmara seria o Fluminense”, disse, em homenagem ao time do tapetão.
“Eu considero essa sessão uma farsa. Uma afronta. Hoje nós temos que reduzir as discussões dos critérios mínimos de democracia. Na calada da noite, arma-se um golpe. O parlamento vive hoje uma noite tenebrosa”, afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ).
Em entrevista à Folha nesta semana, Cunha tirou do bolso a velha solução para qualquer tipo de crise: o parlamentarismo. Declarou que está articulando para mudar o atual regime nas eleições de 2018. “Um debate para valer e votar”, falou.
“Tenho conversado com quase todos os agentes políticos, PSDB, DEM, PPS, PMDB, PP, PR, com todos os partidos. Com José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Tasso Jereissati (PSDB-CE). Com certeza, vamos tentar votar na minha presidência.”
Maravilha. Mas meia hora acompanhando este Congresso serve para instilar o pânico em qualquer brasileiro razoavelmente ajuizado diante da possibilidade de ser governado por esses tipos.
Ou alguém acredita que com Eduardo Cunha, Deus, a bancada evangélica e a bancada da bala - com seus delegados, majores, capitães e capivaras -, estaremos melhores?
Eduardo Cunha é uma ameaça à democracia brasileira e não há um miserável batendo panela por isso.
1 comentários:
Lembra uma cena do filme "Boleiros" em que o árbitro faz voltar o pênalti...
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