Por Altamiro Borges
Os jornalões desta quarta-feira (26) deram manchetes garrafais à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de investigar as contas da campanha da atual presidenta. No Estadão: “Maioria do TSE decide reabrir ação que pede cassação de Dilma”. Na Folha: “Maioria do TSE vota por investigação da campanha de Dilma”. Já o Globo destilou outro veneno (“Dilma volta a liberar verba para conter crise política”), mas também estampou na capa a inesperada decisão do TSE. Na semana retrasada, o mesmo órgão decidiu arquivar o inflamável tema. Não havia provas concretas de irregularidades e uma apuração mais séria exigiria analisar as contas de todos os presidenciáveis – inclusive as do cambaleante Aécio Neves. Agora, o TSE muda abruptamente de posição e volta a excitar os golpistas que pregam o impeachment de Dilma. O que mudou nestas duas semanas?
Segundo o noticiário, a sessão do TSE na noite de terça-feira foi bastante tensa, sendo suspensa após a ministra Luciana Lóssio apresentar um pedido de vista. Quatro ministros já tinham votado pela reabertura de uma das ações propostas pelo PSDB que pede a cassação dos mandatos da presidente e do vice, Michel Temer: Luiz Fux, Henrique Neves e João Otavio de Noronha seguiram o voto do sinistro Gilmar Mendes – ministro indicado por FHC que nunca escondeu sua radical militância oposicionista. A relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, manteve sua rejeição à ação. Luciana Lóssio, presidenta do TSE, e Dias Toffoli ainda não votaram – mas o placar já está decidido em favor da tese golpista e cínica do tucanato, que afirma que recursos desviados da Petrobras ajudaram a financiar a reeleição de Dilma Rousseff.
Diante da surpreendente guinada, o coordenador jurídico da campanha petista, Flávio Caetano, divulgou nota em que rechaça todas as acusações do PSDB. Para ele, as contas da campanha já tinham sido aprovadas pelo próprio TSE em dezembro passado – e, o mais curioso, tendo o próprio sinistro Gilmar Mendes como relator. Em 13 de agosto, o pleno do órgão também já havia rejeitado uma das quatro ações da oposição que pedia a cassação dos mandatos de Dilma e Temer. Na ocasião, a mídia tucana sentiu o baque e lamentou. A Folha chegou a estampar na manchete que a decisão “dá novo folego para a presidente” e abriu generosos espaços para as declarações histéricas e levianas de Gilmar Mendes contra o “sindicato de ladrões”. Estes fatos confirmam que nos últimos dias aumentou a pressão dos golpistas pela rejeição das contas da presidenta reeleita.
A decisão do TSE “dá novo fôlego” para os aloprados do PSDB e do DEM. Eles já estavam quase desistindo da tese do impeachment. Em reunião realizada nesta própria terça-feira, no gabinete da liderança tucana no Senado, os líderes destas siglas chegaram à conclusão da inviabilidade da tática golpista a partir das denúncias de corrupção contra o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal e principal aliado da oposição. O plano previa uma manobra regimental para deflagrar o processo de impeachment, mas ficou totalmente pendurado na brocha. Até o hidrófobo Aloysio Nunes, vice do cambaleante Aécio Neves, criticou a ideia. “É o tipo de manobra que não se faz num quadro dessa gravidade. É chicana parlamentar”, argumentou. Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, também jogou a toalha: “Temos que aguardar o momento adequado”.
Agora, com a resolução intempestiva do TSE, os golpistas aloprados voltam a respirar. O clima promete esquentar nos próximos dias em Brasília!
*****
Os jornalões desta quarta-feira (26) deram manchetes garrafais à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de investigar as contas da campanha da atual presidenta. No Estadão: “Maioria do TSE decide reabrir ação que pede cassação de Dilma”. Na Folha: “Maioria do TSE vota por investigação da campanha de Dilma”. Já o Globo destilou outro veneno (“Dilma volta a liberar verba para conter crise política”), mas também estampou na capa a inesperada decisão do TSE. Na semana retrasada, o mesmo órgão decidiu arquivar o inflamável tema. Não havia provas concretas de irregularidades e uma apuração mais séria exigiria analisar as contas de todos os presidenciáveis – inclusive as do cambaleante Aécio Neves. Agora, o TSE muda abruptamente de posição e volta a excitar os golpistas que pregam o impeachment de Dilma. O que mudou nestas duas semanas?
Segundo o noticiário, a sessão do TSE na noite de terça-feira foi bastante tensa, sendo suspensa após a ministra Luciana Lóssio apresentar um pedido de vista. Quatro ministros já tinham votado pela reabertura de uma das ações propostas pelo PSDB que pede a cassação dos mandatos da presidente e do vice, Michel Temer: Luiz Fux, Henrique Neves e João Otavio de Noronha seguiram o voto do sinistro Gilmar Mendes – ministro indicado por FHC que nunca escondeu sua radical militância oposicionista. A relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, manteve sua rejeição à ação. Luciana Lóssio, presidenta do TSE, e Dias Toffoli ainda não votaram – mas o placar já está decidido em favor da tese golpista e cínica do tucanato, que afirma que recursos desviados da Petrobras ajudaram a financiar a reeleição de Dilma Rousseff.
Diante da surpreendente guinada, o coordenador jurídico da campanha petista, Flávio Caetano, divulgou nota em que rechaça todas as acusações do PSDB. Para ele, as contas da campanha já tinham sido aprovadas pelo próprio TSE em dezembro passado – e, o mais curioso, tendo o próprio sinistro Gilmar Mendes como relator. Em 13 de agosto, o pleno do órgão também já havia rejeitado uma das quatro ações da oposição que pedia a cassação dos mandatos de Dilma e Temer. Na ocasião, a mídia tucana sentiu o baque e lamentou. A Folha chegou a estampar na manchete que a decisão “dá novo folego para a presidente” e abriu generosos espaços para as declarações histéricas e levianas de Gilmar Mendes contra o “sindicato de ladrões”. Estes fatos confirmam que nos últimos dias aumentou a pressão dos golpistas pela rejeição das contas da presidenta reeleita.
A decisão do TSE “dá novo fôlego” para os aloprados do PSDB e do DEM. Eles já estavam quase desistindo da tese do impeachment. Em reunião realizada nesta própria terça-feira, no gabinete da liderança tucana no Senado, os líderes destas siglas chegaram à conclusão da inviabilidade da tática golpista a partir das denúncias de corrupção contra o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal e principal aliado da oposição. O plano previa uma manobra regimental para deflagrar o processo de impeachment, mas ficou totalmente pendurado na brocha. Até o hidrófobo Aloysio Nunes, vice do cambaleante Aécio Neves, criticou a ideia. “É o tipo de manobra que não se faz num quadro dessa gravidade. É chicana parlamentar”, argumentou. Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, também jogou a toalha: “Temos que aguardar o momento adequado”.
Agora, com a resolução intempestiva do TSE, os golpistas aloprados voltam a respirar. O clima promete esquentar nos próximos dias em Brasília!
*****
Leia também:
1 comentários:
Se acontecer o "impitim" os tucanos terão um orgasmo!
Postar um comentário