Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
A hipocrisia dos tucanos ao denunciarem o aparelhamento do Estado pelos governos petistas foi exposta mais uma vez com a revelação sobre o uso do avião oficial em viagens particulares de Aécio Neves nos sete anos e três meses em que foi governador de Minas Gerais.
Em levantamento feito pela Casa Civil do atual governo mineiro, comandado pelo PT, e revelado em reportagem de Ranier Bragon e Aguirre Talento na Folha desta quarta-feira, ficamos sabendo que o candidato do PSDB derrotado na última eleição presidencial viajou no avião oficial nada menos do que 124 vezes de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, onde gostava de passar os finais de semana.
Não por acaso a maioria destes voos foi feita entre as quintas-feiras e domingos. Transformado em jatinho privê, o avião pousou também em Angra dos Reis e Búzios, dois bucólicos balneários fluminenses, além de levar o governador por seis vezes a Florianópolis, onde morava a namorada dele, Létícia Weber, com quem se casou antes da campanha eleitoral.
A assessoria do ex-governador e atual senador apressou-se em informar que as viagens foram todas feitas dentro da lei, seguindo o manual tucano para explicar o inexplicável, como aconteceu com os dois aeroportos construídos por Aécio Neves em pequenas cidades próximas a fazendas da sua família.
De fato, nas notas oficiais os tucanos costumam sempre fazer tudo dentro da lei. Se for preciso, criam uma legislação própria como aconteceu nesse caso. Quem assinou o decreto autorizando o uso do avião oficial em compromissos particulares foi o próprio Aécio Neves, quando era governador, "em deslocamento de qualquer natureza, por questõres de segurança".
Na versão da assessoria de Aécio, em algumas destas viagens o então governador manteve encontros com Lula e Sergio Cabral, participou de uma homenagem na Academia Brasileira de Letras e de um encontro familiar em Búzios. Nas idas a Florianópolis, ainda segundo a nota oficial, o ex-governador manteve encontros com representantes do governo local "para discutir temas comuns aos Estados". Só não explicou quais temas eram estes nem o resultado das reuniões.
Os assessores tucanos também disseram que encontraram 30 erros na lista divulgada pela Casa Civil. "Segundo a planilha, o governador Aécio Neves estaria no Rio, quando ele se encontrava em audiência com o presidente Lula, em Brasília, e em reunião de governadores também naquela cidade, respectivamente", diz a nota, citando as datas de 27 de junho de 2005 e 29 de janeiro de 2007.
Até outubro, Marco Antonio de Rezende Teixeira, secretário da Casa Civil, pretende entregar à Assembléia Legislativa a planilha completa, os documentos referentes a estes deslocamentos no avião oficial e o custo das viagens. Entre uma denúncia e outra contra o PT, até lá Aécio poderá preparar as suas justificativas.
Vida que voa.
Em levantamento feito pela Casa Civil do atual governo mineiro, comandado pelo PT, e revelado em reportagem de Ranier Bragon e Aguirre Talento na Folha desta quarta-feira, ficamos sabendo que o candidato do PSDB derrotado na última eleição presidencial viajou no avião oficial nada menos do que 124 vezes de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, onde gostava de passar os finais de semana.
Não por acaso a maioria destes voos foi feita entre as quintas-feiras e domingos. Transformado em jatinho privê, o avião pousou também em Angra dos Reis e Búzios, dois bucólicos balneários fluminenses, além de levar o governador por seis vezes a Florianópolis, onde morava a namorada dele, Létícia Weber, com quem se casou antes da campanha eleitoral.
A assessoria do ex-governador e atual senador apressou-se em informar que as viagens foram todas feitas dentro da lei, seguindo o manual tucano para explicar o inexplicável, como aconteceu com os dois aeroportos construídos por Aécio Neves em pequenas cidades próximas a fazendas da sua família.
De fato, nas notas oficiais os tucanos costumam sempre fazer tudo dentro da lei. Se for preciso, criam uma legislação própria como aconteceu nesse caso. Quem assinou o decreto autorizando o uso do avião oficial em compromissos particulares foi o próprio Aécio Neves, quando era governador, "em deslocamento de qualquer natureza, por questõres de segurança".
Na versão da assessoria de Aécio, em algumas destas viagens o então governador manteve encontros com Lula e Sergio Cabral, participou de uma homenagem na Academia Brasileira de Letras e de um encontro familiar em Búzios. Nas idas a Florianópolis, ainda segundo a nota oficial, o ex-governador manteve encontros com representantes do governo local "para discutir temas comuns aos Estados". Só não explicou quais temas eram estes nem o resultado das reuniões.
Os assessores tucanos também disseram que encontraram 30 erros na lista divulgada pela Casa Civil. "Segundo a planilha, o governador Aécio Neves estaria no Rio, quando ele se encontrava em audiência com o presidente Lula, em Brasília, e em reunião de governadores também naquela cidade, respectivamente", diz a nota, citando as datas de 27 de junho de 2005 e 29 de janeiro de 2007.
Até outubro, Marco Antonio de Rezende Teixeira, secretário da Casa Civil, pretende entregar à Assembléia Legislativa a planilha completa, os documentos referentes a estes deslocamentos no avião oficial e o custo das viagens. Entre uma denúncia e outra contra o PT, até lá Aécio poderá preparar as suas justificativas.
Vida que voa.
2 comentários:
Aécio uniu o útil ao agradável ao mesmo tempo.
Se ele não estava nesses lugares referido na denuncia, o que esse avião fazia lá?
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