Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:
Os boatos sobre a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda são parecidos ao de um técnico de time de futebol que não consegue uma única vitória importante; apenas muitas derrotas e, de vez em quando, um empate.
O grande problema de Levy é que ele até hoje não conseguiu se portar como um ministro da Fazenda de primeira linha. Continua agindo como se fosse ainda, apenas, um secretário do Tesouro. Não se mostrou uma liderança capaz de fazer o que se espera de um ministro dessa importância, não só para o governo, mas para o país.
Um ministro da Fazenda não pode ser apenas um secretário do Tesouro de luxo, obsessivamente preocupado com a variável gasto público, sem atenção ao conjunto da obra. De um ministro da Fazenda se espera mais do que fazer as contas para cortar despesas. Se espera alguém capaz de liderar o debate sobre os rumos econômicos do país e manejar os instrumentos da política macroeconômica para criar ou aperfeiçoar incentivos que, mesmo em momentos de crise, mantenham os agentes produtivos interessados no crescimento.
Levy não apenas representa bem o mercado (financeiro). Representa, melhor ainda, a mediocridade da política econômica ditada pelo mercado financeiro, cujos horizontes de melhora são sempre postergados para prazos cada vez mais longos, quando muitos já terão perdido o emprego, os bancos terão lucrado como nunca, e o Brasil terá ficado para trás.
Levy apresentou-se como o grande responsável por trazer o realismo de volta à política econômica. Esqueceu-se de lembrar que o realismo se divide em duas vertentes: os que acham que a realidade está dada e os atores devem apenas se adaptar; e os que sabem que a realidade é criada a partir de iniciativas acertadas e esforços conscientes, com um grande peso de alguns atores centrais, como é o caso, justamente, do ministro da Fazenda.
Levy superestimou a capacidade do governo de produzir cortes e gerar superávit. Pior, subestimou o impacto da política de ajuste na retração do PIB, o que jogou a economia na lona, e com ela, as receitas que poderiam ajudar a manter empregos e diminuir o próprio déficit fiscal.
No Congresso, era o próprio elefante na loja de cristais. Com a trégua, mesmo que momentânea, da guerra que os presidentes da Câmara e do Senado vinham travando contra Dilma, Levy acabou se tornando a principal pauta bomba contra o governo. Aos olhos do próprio mercado, ele tornou-se um ministro fraco, incapaz de entregar o que promete. Ao contrário do que se imaginava no início do ano, a confiança do mercado financeiro pouco depende, hoje em dia, do dileto Joaquim Levy.
Se ele continuará ou não no posto de ministro da Fazenda, por muito ou pouco tempo, é difícil dizer. Mas que o País precisa urgentemente de um ministro da Fazenda de verdade, que seja mais que um secretário do Tesouro, isso é líquido e certo.
O grande problema de Levy é que ele até hoje não conseguiu se portar como um ministro da Fazenda de primeira linha. Continua agindo como se fosse ainda, apenas, um secretário do Tesouro. Não se mostrou uma liderança capaz de fazer o que se espera de um ministro dessa importância, não só para o governo, mas para o país.
Um ministro da Fazenda não pode ser apenas um secretário do Tesouro de luxo, obsessivamente preocupado com a variável gasto público, sem atenção ao conjunto da obra. De um ministro da Fazenda se espera mais do que fazer as contas para cortar despesas. Se espera alguém capaz de liderar o debate sobre os rumos econômicos do país e manejar os instrumentos da política macroeconômica para criar ou aperfeiçoar incentivos que, mesmo em momentos de crise, mantenham os agentes produtivos interessados no crescimento.
Levy não apenas representa bem o mercado (financeiro). Representa, melhor ainda, a mediocridade da política econômica ditada pelo mercado financeiro, cujos horizontes de melhora são sempre postergados para prazos cada vez mais longos, quando muitos já terão perdido o emprego, os bancos terão lucrado como nunca, e o Brasil terá ficado para trás.
Levy apresentou-se como o grande responsável por trazer o realismo de volta à política econômica. Esqueceu-se de lembrar que o realismo se divide em duas vertentes: os que acham que a realidade está dada e os atores devem apenas se adaptar; e os que sabem que a realidade é criada a partir de iniciativas acertadas e esforços conscientes, com um grande peso de alguns atores centrais, como é o caso, justamente, do ministro da Fazenda.
Levy superestimou a capacidade do governo de produzir cortes e gerar superávit. Pior, subestimou o impacto da política de ajuste na retração do PIB, o que jogou a economia na lona, e com ela, as receitas que poderiam ajudar a manter empregos e diminuir o próprio déficit fiscal.
No Congresso, era o próprio elefante na loja de cristais. Com a trégua, mesmo que momentânea, da guerra que os presidentes da Câmara e do Senado vinham travando contra Dilma, Levy acabou se tornando a principal pauta bomba contra o governo. Aos olhos do próprio mercado, ele tornou-se um ministro fraco, incapaz de entregar o que promete. Ao contrário do que se imaginava no início do ano, a confiança do mercado financeiro pouco depende, hoje em dia, do dileto Joaquim Levy.
Se ele continuará ou não no posto de ministro da Fazenda, por muito ou pouco tempo, é difícil dizer. Mas que o País precisa urgentemente de um ministro da Fazenda de verdade, que seja mais que um secretário do Tesouro, isso é líquido e certo.
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