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A vida dos paulistanos na semana passada foi um inferno - com todo o respeito ao governador tucano Geraldo Alckmin, que já foi um fiel seguidor da seita Opus Dei. Vários bairros da cidade ficaram sem luz; na periferia, milhões de famílias seguem sem água, num racionamento que o governo do PSDB insiste em ocultar; a violência policial prosseguiu matando jovens negros; e os trens do Metrô e da CPTM continuaram lotados e com panes. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca, que ganha fortunas em anúncios publicitários, mantém o silêncio, o que evita que os paulistanos se deem conta da tragédia do "choque de indigestão" tucano - que já dura mais de 20 anos.
No caso da energia, vários bairros da capital paulista ficaram sem luz por mais de 24 horas. Segundo a mídia tucana, o "apagão" decorreu das fortes chuvas na terça-feira (8). Cerca de 130 circuitos foram desligados - deixando milhares de casas às escuras e ruas sem semáforos, gerando congestionamentos quilométricos. O Procon registrou 38 reclamações contra a AES Eletropaulo. Até bairros "nobres", como o da Vila Madalena, ficaram sem luz, para a indignação dos seus inconsequentes revoltados. O caos na cidade só não deixou indignados os comentaristas das emissoras de rádio e televisão, sempre tão servis ao governador Geraldo Alckmin. O assunto também não foi manchete nos jornalões!
Já no que se refere ao racionamento de água, a irresponsabilidade do governo e o silêncio da mídia seguem no "volume morto". Apesar das chuvas desta semana, os reservatórios do Sistema Cantareira continuam diminuindo. Os bairros mais atingidos são os da periferia da capital e em algumas cidades da região metropolitana de São Paulo, que ficam sem água na torneira por várias horas. Diante desta tragédia, a Sabesp teve o cinismo de culpar os moradores, "que aumentaram o consumo de água em plena crise". Geraldo Alckmin também responsabilizou os "gastões", mas rejeitou decretar o rodízio neste ano - como se nas regiões periféricas já não fossem vítimas do racionamento não oficial.
Quanto à violência policial, mais um caso deprimente foi registrado na semana passada. Soldados do 23º Batalhão da PM foram flagrados, em vídeo, matando duas pessoas e forjando as cenas do crime no bairro do Butantã, na zona oeste da capital paulista. Eles até tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas nada deve mudar na violência policial contra os jovens, os negros e os moradores da periferia. Até hoje, Geraldo Alckmin não esclareceu a chacina de 19 pessoas em Osasco e Barueri. Por último, sobre o caos no Metrô e na CPTM, basta assistir as imagens do inferno diário - com todo respeito ao governador que já promoveu sessões do Opus Dei em pleno Palácio dos Bandeirantes!
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2 comentários:
Gostei do artigo, mas cabe uma correção: o bairro do butantã fica na zona oeste da capital.
Corrigido.
Muito obrigado e abraços
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