Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Há um ano o país entrava em polvorosa com a “delação premiada” de Paulo Roberto Costa, que se dizia “enojado” de tudo o que tinha feito e convertido à honestidade por amor á família. Comovente.
Semana passada, nova onda, agora com as confissões de outro ladrão, o tal Fernando “Baiano” Soares, apanhador de dinheiro para empresários e políticos, que vai para casa em troca dos “bons serviços” de sua recente honestidade.
Que bom, poderíamos até acreditar que os procuradores do Paraná, tão bons servos de Deus, teriam tamanho poder de conversão que deveriam até fundar uma igreja.
Se não fossem alguns probleminhas com os nossos “bons ladrões”.
Um diz que o outro é mentiroso e que roubou mais e confessou só o que lhe servia e interessava (ou, claro, interessava a alguém).
Baiano disse que pagou entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões para Paulo Roberto Costa, até seis vezes mais do que Costa diz ter recebido.
Diz que, além disso levou entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões a um sobrinho da mulher de Costa, parte entregue pessoalmente, de helicóptero.
Há mais contradições – e contradições de valores que não são, absolutamente detalhes ou algo que se possa esquecer – e acusações de que alguns nomes ficaram de fora. Logo, não é impossível que outros tenham entrado.
Investigação séria é com provas – vejam o caso dos documentos suíços do Eduardo Cunha – e não com base no que dizem pessoas que estão ali justamente por serem desonestas.
É absurdo que o Ministério Publico inclua em acordos de delação premiada declarações de indiciados que se contradizem, porque necessariamente pelo menos um deles estará mentindo e não é possível que um (ou dois) mentirosos contem com leniência judicial ao mentir.
Agora, quando se pede a anulação urídica das delações, vai-se dizer o quê?
A la Tim Maia, falar que “eu minto só um pouquinho” ou dar-lhes os anos de perdão do provérbio?
Há um ano o país entrava em polvorosa com a “delação premiada” de Paulo Roberto Costa, que se dizia “enojado” de tudo o que tinha feito e convertido à honestidade por amor á família. Comovente.
Semana passada, nova onda, agora com as confissões de outro ladrão, o tal Fernando “Baiano” Soares, apanhador de dinheiro para empresários e políticos, que vai para casa em troca dos “bons serviços” de sua recente honestidade.
Que bom, poderíamos até acreditar que os procuradores do Paraná, tão bons servos de Deus, teriam tamanho poder de conversão que deveriam até fundar uma igreja.
Se não fossem alguns probleminhas com os nossos “bons ladrões”.
Um diz que o outro é mentiroso e que roubou mais e confessou só o que lhe servia e interessava (ou, claro, interessava a alguém).
Baiano disse que pagou entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões para Paulo Roberto Costa, até seis vezes mais do que Costa diz ter recebido.
Diz que, além disso levou entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões a um sobrinho da mulher de Costa, parte entregue pessoalmente, de helicóptero.
Há mais contradições – e contradições de valores que não são, absolutamente detalhes ou algo que se possa esquecer – e acusações de que alguns nomes ficaram de fora. Logo, não é impossível que outros tenham entrado.
Investigação séria é com provas – vejam o caso dos documentos suíços do Eduardo Cunha – e não com base no que dizem pessoas que estão ali justamente por serem desonestas.
É absurdo que o Ministério Publico inclua em acordos de delação premiada declarações de indiciados que se contradizem, porque necessariamente pelo menos um deles estará mentindo e não é possível que um (ou dois) mentirosos contem com leniência judicial ao mentir.
Agora, quando se pede a anulação urídica das delações, vai-se dizer o quê?
A la Tim Maia, falar que “eu minto só um pouquinho” ou dar-lhes os anos de perdão do provérbio?
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