Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:
Se era para fazer frente ao ato do último domingo, fez.
Sem dúvida a manifestação contra o impeachment teve público superior ao ato que pedia o afastamento de Dilma.
Dirão que o ‘mar vermelho’ é ilegítimo, que estão uniformizados. Mas e o que é o povo de amarelo com camisas da CBF? Espontâneo?
E eram muitos os populares não filiados a nenhum partido nem militantes de nenhum movimento social. O que aliás não significa nada pois estar filiado a um partido ou ligado a um ativismo não é demérito, pelo contrário, só denota a diferença de compromisso com o todo entre o público de domingo e o de hoje.
Dona Thaís tem 65 anos e veio de Mongaguá (litoral SP) “Esse dia de hoje é muito importante para saberem que não precisamos que as TVs nos convoquem. Estou aqui por livre vontade e consciência política.”
Priscila também não trajava camiseta de nenhuma associação nem sindicato. “Hoje está sendo bem simbólico do quanto estamos incomodados com esse estado de retrocesso, de golpismo, e queremos reafimar que desejamos democracia e não o Cunha.”
Um marco importante pela manutenção da democracia era a definição. Mais do que pela gestão Dilma, até porque não lhe faltaram críticas. Lula até havia pedido uma trégua aos movimentos sociais, solicitou um apoio irrestrito, mas Guilherme Boulos (MTST) não aliviou:
“Não vamos aceitar esse impeachment porque ele é ilegítimo, fruto de chantagem. Isso não significa que não sejamos contra o ajuste fiscal, contra o corte de investimentos sociais. Essa política é indefensável mas a saída não é com impeachment. O que precisamos é um pacto que faça o andar de cima pagar a conta.”
Além do MTST estavam CUT, MST e tantos outros. ‘Não vai ter golpe’ e ‘Fora Cunha’ eram os gritos.
“Se tínhamos qualquer dúvida que era um golpe, quando a Fiesp anunciou sua posição daí tivemos convicção”, declarou Raimundo Bonfim da Central de Movimentos Populares. Ele ainda prestou total apoio ao estudantes e afirmou que se Alckmin mantiver a intenção de fechar escolas os movimentos sociais irão pedir seu impeachment.
Muitas entidades estudantis estavam presentes e marcavam presença preocupadas com o que um impeachment poderia representar.
“Enquanto Dilma conseguiu trazer progressos para a educação como nunca tivemos, como os 10% do PIB, os royalties do pré-sal, cotas etc, nos estados onde está o PSDB vemos o contrário. Portanto precisamos garantir esse governo que foi eleito democraticamente”, disse Angela Meyer presidente da UPES (União Paulista de Estudantes Secundaristas).
Tudo somado, está claro que a parcela da sociedade que não quer deixar o estado democrático de direito conquistado com muita luta tomar uma rasteira de golpistas e chantagistas irá defender o resultado das últimas eleições. Mais do que defender Dilma ou o PT. Tudo o que não se quer é ver uma gente que não representa ninguém continuar a prevalecer.
Se era para fazer frente ao ato do último domingo, fez.
Sem dúvida a manifestação contra o impeachment teve público superior ao ato que pedia o afastamento de Dilma.
Dirão que o ‘mar vermelho’ é ilegítimo, que estão uniformizados. Mas e o que é o povo de amarelo com camisas da CBF? Espontâneo?
E eram muitos os populares não filiados a nenhum partido nem militantes de nenhum movimento social. O que aliás não significa nada pois estar filiado a um partido ou ligado a um ativismo não é demérito, pelo contrário, só denota a diferença de compromisso com o todo entre o público de domingo e o de hoje.
Dona Thaís tem 65 anos e veio de Mongaguá (litoral SP) “Esse dia de hoje é muito importante para saberem que não precisamos que as TVs nos convoquem. Estou aqui por livre vontade e consciência política.”
Priscila também não trajava camiseta de nenhuma associação nem sindicato. “Hoje está sendo bem simbólico do quanto estamos incomodados com esse estado de retrocesso, de golpismo, e queremos reafimar que desejamos democracia e não o Cunha.”
Um marco importante pela manutenção da democracia era a definição. Mais do que pela gestão Dilma, até porque não lhe faltaram críticas. Lula até havia pedido uma trégua aos movimentos sociais, solicitou um apoio irrestrito, mas Guilherme Boulos (MTST) não aliviou:
“Não vamos aceitar esse impeachment porque ele é ilegítimo, fruto de chantagem. Isso não significa que não sejamos contra o ajuste fiscal, contra o corte de investimentos sociais. Essa política é indefensável mas a saída não é com impeachment. O que precisamos é um pacto que faça o andar de cima pagar a conta.”
Além do MTST estavam CUT, MST e tantos outros. ‘Não vai ter golpe’ e ‘Fora Cunha’ eram os gritos.
“Se tínhamos qualquer dúvida que era um golpe, quando a Fiesp anunciou sua posição daí tivemos convicção”, declarou Raimundo Bonfim da Central de Movimentos Populares. Ele ainda prestou total apoio ao estudantes e afirmou que se Alckmin mantiver a intenção de fechar escolas os movimentos sociais irão pedir seu impeachment.
Muitas entidades estudantis estavam presentes e marcavam presença preocupadas com o que um impeachment poderia representar.
“Enquanto Dilma conseguiu trazer progressos para a educação como nunca tivemos, como os 10% do PIB, os royalties do pré-sal, cotas etc, nos estados onde está o PSDB vemos o contrário. Portanto precisamos garantir esse governo que foi eleito democraticamente”, disse Angela Meyer presidente da UPES (União Paulista de Estudantes Secundaristas).
Tudo somado, está claro que a parcela da sociedade que não quer deixar o estado democrático de direito conquistado com muita luta tomar uma rasteira de golpistas e chantagistas irá defender o resultado das últimas eleições. Mais do que defender Dilma ou o PT. Tudo o que não se quer é ver uma gente que não representa ninguém continuar a prevalecer.
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