Foto: Mídia Ninja |
Colunistas de sempre destilam diariamente ódio contra a mídia pública. Estão dando o recado do conservadorismo, que não se conforma com o fato de existir um espaço eletrônico recente que dá vez e voz a setores que são silenciados e até discriminados pela mídia comercial conservadora. Esse setor esquece que a falta de um contraponto no espectro midiático e a não existência de uma mídia pública de defesa da cidadania, como querem os golpistas que ocupam o governo brasileiro, deixam a democracia fragilizada.
De um modo geral, os tais colunistas analisam a mídia pública de forma distorcida, demonstrando contrariedade com o fato de estar em andamento uma proposta que objetiva basicamente fortalecer a democracia. Até porque, se o governo golpista de Michel Temer levar adiante o projeto de destruição deste canal, seguirá apenas o que está propondo em outras áreas de atividade.
No caso da destituição do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, o esquema golpista ignorou a Constituição que dispõe que com mandato de quatro anos, inclusive para não coincidir com o tempo de quem ocupa o Executivo, não pode deixar o cargo a não ser por vontade própria do nomeado ou em caso de morte.
O que está acontecendo agora na EBC faz parte da política “arrasa quarteirão” do chefe do golpe Michel Temer, que está fazendo o jogo de quem o apoiou para colocá-lo na Presidência da República.
Não é à toa que um dos que mais destilou ódio contra a EBC, utilizando argumentos absolutamente distorcidos, foi um colunista de extrema direita da revista Veja. Também o acompanham, seguindo a mesma tônica, outros colunistas no Estado de S. Paulo, em O Globo e assim sucessivamente.
Protestar contra a tentativa de fazer com que a TV Brasil deixe de seguir a proposta de fortalecimento de uma mídia pública é dever da cidadania, sobretudo a não envenenada pelas mentiras e manipulações da mídia conservadora.
Da mesma foram que é absolutamente necessário sair às ruas para protestar contra a farsa golpista que se manifesta nas propostas de reformulação da Previdência, da área trabalhista, do Sistema Único de Saúde, da entrega para grupos estrangeiros, leia-se Total e Chevron [*], por enquanto, não se deve esquecer que os recados da mídia conservadora contra a mídia pública fazem parte do pacote que objetiva tornar o retrocesso um fato consumado.
No meio dessa jogada facilmente identificada, é impressionante o espaço midiático que está sendo concedido ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sob o pretexto do lançamento de livros sobre as suas duas gestões, Cardoso aproveita o embalo para “analisar” o atual momento que o Brasil atravessa. E, claro, só faz reforçar a tese de levar adiante o que ele não conseguiu acabar em suas gestões em matéria de privatizações de estatais e de entrega do patrimônio público, a tal privataria tucana.
Em uma de suas mais recentes entrevistas, FHC chegou a comentar a imprensa, elogiando naturalmente a mídia conservadora e atacando os blogs que podem ser encontrados na internet e que se tornaram um contraponto às verdades oficiais. Isso irrita aos que têm culpa no cartório da manipulação informativa.
FHC é uma das farsas políticas que a mídia conservadora reforça nas tentativas de enganar os que se deixam iludir por mentiras, omissões e manipulações da informação. É por aí que se pode explicar também o motivo pelo qual o ex-presidente tem tanto espaço na mídia conservadora. É um aliado desse setor e aproveita todas as ocasiões para orientar os seus correligionários a seguirem apoiando tudo que diz respeito à entrega das nossas riquezas para grupos internacionais.
Em tempo: a denúncia divulgada pelo site WikiLeaks segundo a qual o então deputado Michel Temer , de janeiro a junho de 2006, foi informante da embaixada dos Estados Unidos continua ignorada pela mídia conservadora. Mas no exterior, a referida informação circula bastante.
(*) Empresa petrolífera que o atual Ministro de Relações Exteriores José Serra, segundo o site WikiLeaks, prometeu ajudar.
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