Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Temer é um fenômeno. Essa é a boa notícia para ele. A má é que ele é um fenômeno de impopularidade.
Uma pesquisa Ipsos revelada nesta segunda pelo Estadão mostra que em menos de dois meses a desaprovação de Temer já bate em 70%.
Seria, em qualquer circunstância, um número devastador, dado que começos de governo contam com uma clássica tolerância da sociedade. Mas é ainda mais trágico para Temer quando se considera o maciço apoio que a mídia vem lhe dando. Um editorial do Estadão sobre ele, nesta segunda, leva o seguinte título: “Competência e habilidade”.
Temer é uma desgraça nacional, em suma. Pode-se imaginar como seria a pesquisa caso a imprensa o tratasse a pontapés como fez com Dilma.
Sem carisma, sem legitimidade, sem votos, cercado de corruptos, Temer não tem como melhorar no afeto dos brasileiros. Temer teria que não ser Temer.
A questão que se abre é como a impopularidade de Temer pode influenciar os senadores na votação decisiva sobre o afastamento de Dilma.
Temer está comprando senadores com cargos e vantagens, mas mesmo isso pode ser insuficiente caso o interino apareça nas pesquisas como o é: um indesejado.
Neste capítulo, ergue-se mais uma vez a pergunta: cadê os Datafolhas e Ibopes que tanto contribuíram para desestabilizar Dilma?
Parece claro que o motivo pelo qual Datafolha e Ibope estão recolhidos é que não interessa à imprensa divulgar a imagem desoladora do governo Temer.
Caso o impeachment vingue, você certamente verá uma profusão de Datafolhas. Mas, antes disso, dificilmente verá qualquer coisa.
É como Teori Zavascki: ele só se mexeu em relação ao pedido de afastamento de Eduardo Cunha depois que este concluiu o imundo processo de impeachment que corria sob seu comando corrupto na Câmara.
Num mundo menos imperfeito, Dilma seria devolvida ao poder a despeito de pesquisas ou quaisquer outras coisas, já que a acusação contra ela já está comprovadamente caracterizada como farsa, mentira, impostura, canalhice ou que palavra você prefira nesta linha. Ela não pedalou exceto na bicicleta que adotou para passeios.
Mas, como o Brasil da plutocracia é o que é, somos obrigados a aturar Temer muito além do que seria razoável.
Temer é um fenômeno. Essa é a boa notícia para ele. A má é que ele é um fenômeno de impopularidade.
Uma pesquisa Ipsos revelada nesta segunda pelo Estadão mostra que em menos de dois meses a desaprovação de Temer já bate em 70%.
Seria, em qualquer circunstância, um número devastador, dado que começos de governo contam com uma clássica tolerância da sociedade. Mas é ainda mais trágico para Temer quando se considera o maciço apoio que a mídia vem lhe dando. Um editorial do Estadão sobre ele, nesta segunda, leva o seguinte título: “Competência e habilidade”.
Temer é uma desgraça nacional, em suma. Pode-se imaginar como seria a pesquisa caso a imprensa o tratasse a pontapés como fez com Dilma.
Sem carisma, sem legitimidade, sem votos, cercado de corruptos, Temer não tem como melhorar no afeto dos brasileiros. Temer teria que não ser Temer.
A questão que se abre é como a impopularidade de Temer pode influenciar os senadores na votação decisiva sobre o afastamento de Dilma.
Temer está comprando senadores com cargos e vantagens, mas mesmo isso pode ser insuficiente caso o interino apareça nas pesquisas como o é: um indesejado.
Neste capítulo, ergue-se mais uma vez a pergunta: cadê os Datafolhas e Ibopes que tanto contribuíram para desestabilizar Dilma?
Parece claro que o motivo pelo qual Datafolha e Ibope estão recolhidos é que não interessa à imprensa divulgar a imagem desoladora do governo Temer.
Caso o impeachment vingue, você certamente verá uma profusão de Datafolhas. Mas, antes disso, dificilmente verá qualquer coisa.
É como Teori Zavascki: ele só se mexeu em relação ao pedido de afastamento de Eduardo Cunha depois que este concluiu o imundo processo de impeachment que corria sob seu comando corrupto na Câmara.
Num mundo menos imperfeito, Dilma seria devolvida ao poder a despeito de pesquisas ou quaisquer outras coisas, já que a acusação contra ela já está comprovadamente caracterizada como farsa, mentira, impostura, canalhice ou que palavra você prefira nesta linha. Ela não pedalou exceto na bicicleta que adotou para passeios.
Mas, como o Brasil da plutocracia é o que é, somos obrigados a aturar Temer muito além do que seria razoável.
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