Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Bernardo de Mello Franco, na Folha de hoje, observa que logo quando “o governo começava a desviar as nuvens negras da crise para o Congresso”, com a onda de denúncias sobre Renan Calheiros, “o tempo volta a se fechar sobre o Planalto, com uma acusação grave e direta ao presidente interino”.
Tem toda a razão.
Num país onde a mídia construiu a ideia de que todo político é culpado, independente do que se prove contra ele, Michel Temer não pode se queixar que a alegação de um delator seja aceita como verdade, embora ele diga que é ” absolutamente inverídica”.
Além do mais quando este delator, ao que parece, tem os elementos para mostrar que era o principal duto de propinas para o partido que Temer comandava há uma década – com dois anos de intervalo em que cedeu o posto para outro denunciado, Valdir Raupp – deixando a presidência, aliás, para outro dos propinados de Machado, Romero Jucá. E Temer – admitindo-se generosamente a hipótese de não estar operando pessoalmente estes recursos de dezenas ou centenas de milhões – de nada sabia do que se passava na cúpula de seu partido?
No mínimo é o caso de recordar-se da famosa “Teoria do Domínio do Fato”.
Mas o estrago ainda é maior porque levou de cambulhada, além do PMDB, também o DEM e o tucanato.
Hoje, nem o Michelzinho, com seus sete anos, acreditará se o “papai” disser que fará de tudo para proteger a Lava Jato.
E olhem que este nem é o “flanco Cunha”, onde a autoilusão típica dos palácios descrê de uma delação premiada e deixa o ex-capo da Câmara naufragar como o voto da neoindependente Tia Eron.
Está ruim e vai piorar para Temer.
Bernardo de Mello Franco, na Folha de hoje, observa que logo quando “o governo começava a desviar as nuvens negras da crise para o Congresso”, com a onda de denúncias sobre Renan Calheiros, “o tempo volta a se fechar sobre o Planalto, com uma acusação grave e direta ao presidente interino”.
Tem toda a razão.
Num país onde a mídia construiu a ideia de que todo político é culpado, independente do que se prove contra ele, Michel Temer não pode se queixar que a alegação de um delator seja aceita como verdade, embora ele diga que é ” absolutamente inverídica”.
Além do mais quando este delator, ao que parece, tem os elementos para mostrar que era o principal duto de propinas para o partido que Temer comandava há uma década – com dois anos de intervalo em que cedeu o posto para outro denunciado, Valdir Raupp – deixando a presidência, aliás, para outro dos propinados de Machado, Romero Jucá. E Temer – admitindo-se generosamente a hipótese de não estar operando pessoalmente estes recursos de dezenas ou centenas de milhões – de nada sabia do que se passava na cúpula de seu partido?
No mínimo é o caso de recordar-se da famosa “Teoria do Domínio do Fato”.
Mas o estrago ainda é maior porque levou de cambulhada, além do PMDB, também o DEM e o tucanato.
Hoje, nem o Michelzinho, com seus sete anos, acreditará se o “papai” disser que fará de tudo para proteger a Lava Jato.
E olhem que este nem é o “flanco Cunha”, onde a autoilusão típica dos palácios descrê de uma delação premiada e deixa o ex-capo da Câmara naufragar como o voto da neoindependente Tia Eron.
Está ruim e vai piorar para Temer.
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