Por Bepe Damasco, em seu blog:
Dez entre dez golpistas traziam na ponta da língua o discurso de que era preciso enfrentar o desarranjo das contas públicas. O chamado "mercado" e seus representantes no mundo da política e da mídia não se cansavam de acusar a presidenta Dilma e o governo do PT de pouco rigor fiscal.
Não importava se, diante da crise internacional que chegou forte ao Brasil, a opção de Dilma tenha sido a de priorizar minimamente a manutenção de empregos e salários em detrimento de alguns fundamentos caros ao neoliberalismo.
Nem mesmo o ajuste fiscal, que criou sérios problemas para a presidenta junto à sua base social, política e eleitoral, foi capaz de seduzir essa gente.
Dez entre dez golpistas traziam na ponta da língua o discurso de que era preciso enfrentar o desarranjo das contas públicas. O chamado "mercado" e seus representantes no mundo da política e da mídia não se cansavam de acusar a presidenta Dilma e o governo do PT de pouco rigor fiscal.
Não importava se, diante da crise internacional que chegou forte ao Brasil, a opção de Dilma tenha sido a de priorizar minimamente a manutenção de empregos e salários em detrimento de alguns fundamentos caros ao neoliberalismo.
Nem mesmo o ajuste fiscal, que criou sérios problemas para a presidenta junto à sua base social, política e eleitoral, foi capaz de seduzir essa gente.
Abre parênteses: um dos mais graves erros do segundo mandato de Dilma reside justamente na tentativa de ser aceita pelo mercado. Fecha parênteses.
A canalhice dos golpistas, em sintonia com os financiadores da quartelada parlamentar, chegou ao ponto da utilização do argumento fraudulento da "pedalada fiscal" para apear do governo a presidenta. Como pano de fundo, a questão das contas públicas.
Tudo jogo de cena. Picaretagem pura. Só mesmo um analfabetismo político incurável pode fazer com que alguém acredite no zelo e na preocupação da elite mais mesquinha e vagabunda do planeta com a saúde financeira do governo.
Prova cabal dessa desfaçatez é a falta de reação dos endinheirados à gastança de Temer, com o claro propósito de influenciar a decisão definitiva do Senado. Tudo às custas do erário. A vida segue seu curso normal depois de Temer ter torrado 125 bilhões do orçamento com o reajuste do Judiciário e um índice de reajuste do Bolsa Família superior ao que seria concedido pela presidenta legítima. Isso tudo no auge da crise econômica vivida pelo país.
Além de conspirador, traidor e usurpador, Temer exibe sua irresponsabilidade a céu aberto sem despertar a menor indignação de paneleiros e assemelhados. Se o golpe for sacramentado pelos senadores em agosto, o pacote de bondades vira pó e entra em cena o corte de direitos do povo, a volta da privatização selvagem e a aposentadoria só aos 70 anos. Triste país.
A canalhice dos golpistas, em sintonia com os financiadores da quartelada parlamentar, chegou ao ponto da utilização do argumento fraudulento da "pedalada fiscal" para apear do governo a presidenta. Como pano de fundo, a questão das contas públicas.
Tudo jogo de cena. Picaretagem pura. Só mesmo um analfabetismo político incurável pode fazer com que alguém acredite no zelo e na preocupação da elite mais mesquinha e vagabunda do planeta com a saúde financeira do governo.
Prova cabal dessa desfaçatez é a falta de reação dos endinheirados à gastança de Temer, com o claro propósito de influenciar a decisão definitiva do Senado. Tudo às custas do erário. A vida segue seu curso normal depois de Temer ter torrado 125 bilhões do orçamento com o reajuste do Judiciário e um índice de reajuste do Bolsa Família superior ao que seria concedido pela presidenta legítima. Isso tudo no auge da crise econômica vivida pelo país.
Além de conspirador, traidor e usurpador, Temer exibe sua irresponsabilidade a céu aberto sem despertar a menor indignação de paneleiros e assemelhados. Se o golpe for sacramentado pelos senadores em agosto, o pacote de bondades vira pó e entra em cena o corte de direitos do povo, a volta da privatização selvagem e a aposentadoria só aos 70 anos. Triste país.
1 comentários:
Me admira a esquerda usar de forma oportunista o discurso da direita...o reajuste aos trabalhadores do judiciario nao custa 125 bilhões, e sim 6 bilhões, sendo destinado à uma categoria que em dez anos teve 15% de reposiçao inflacionaria. Nao temos data base, nao temos reajuste anual, somos trabalhadored, nao somos juizes.
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