Por Altamiro Borges
Uma informação postada pelo jornalista Ricardo Feltrin nesta segunda-feira (25) talvez ajude a explicar o protagonismo da TV Globo no “golpe dos corruptos” que levou o Judas Michel Temer ao Palácio do Planalto. Em apenas cinco anos, a poderosa emissora perdeu 20% dos seus telespectadores no país. O número impressionante tem como base o Painel Nacional de Televisão, do Ibope, que acompanha a evolução do chamado “share” – o número de aparelhos ligados. “A Globo perdeu pouco mais de 20% de participação; passou de 46,6% das TVs ligadas em 2010 para 36,9% no ano passado”, revela o colunista do UOL.
O resultado desastroso decorre da explosão da internet – que afasta principalmente os jovens da péssima programação televisiva –, mas também deriva da queda de credibilidade do império midiático da famiglia Marinho. No mesmo período em que a TV Globo afundou, a única emissora que ganhou público foi o SBT, de Silvio Santos. Ela teve um crescimento de 8,6% entre 2010 e 2015 – passou de 12,7% para 13,8%. A queda do “share” impacta diretamente o mercado publicitário, afastando os anunciantes. Diante da crise do seu modelo de negócios, a TV Globo talvez negocie com os golpistas algum socorro emergencial.
Netflix abala a TV por assinatura
Se na TV aberta o cenário já é dramático, no segmento da tevê por assinatura o quadro também não é animador. Entre 2014 e 2015, o setor perdeu quase 1 milhão de assinantes. O principal vilão parece ter sido o temido Netflix. Recente pesquisa da CVA Solutions apontou que ao menos uma em cada 10 pessoas que assina o Netflix abandona o seu pacote de TV por assinatura. O fenômeno da tevê por streaming, que cresceu de forma acelerada no ano passado – fala-se em 4 milhões de pagantes –, desespera os barões da mídia. Estima-se que a Netflix tenha faturado mais de R$ 1 bilhão em 2015.
É evidente que a crise não atinge apenas as televisões – abertas ou a cabo – do Brasil. O fenômeno é mundial. Artigo postado por Keila Jimenez, do site R7, confirma o drama da mídia tradicional. “Não é só no Brasil que a TV por assinatura assiste a uma estagnação do mercado. Segundo dados do setor, a base de assinantes da TV paga no mundo cresceu apenas 1,68% nos primeiros quatro meses de 2016. O maior crescimento foi na Ásia, onde o serviço ganhou 5,3 milhões de novos assinantes no período. América do Sul, do Norte e Central, que representam mais de um terço dos assinantes globais, ganharam apenas 540 mil assinantes em comparação com a base de 1,41 milhão adquirida no primeiro quadrimestre de 2015. Este declínio foi impulsionado pela crise no Brasil, o que levou a uma queda de quase 3% entre 2014 e 2015, de acordo com a Anatel”.
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Uma informação postada pelo jornalista Ricardo Feltrin nesta segunda-feira (25) talvez ajude a explicar o protagonismo da TV Globo no “golpe dos corruptos” que levou o Judas Michel Temer ao Palácio do Planalto. Em apenas cinco anos, a poderosa emissora perdeu 20% dos seus telespectadores no país. O número impressionante tem como base o Painel Nacional de Televisão, do Ibope, que acompanha a evolução do chamado “share” – o número de aparelhos ligados. “A Globo perdeu pouco mais de 20% de participação; passou de 46,6% das TVs ligadas em 2010 para 36,9% no ano passado”, revela o colunista do UOL.
O resultado desastroso decorre da explosão da internet – que afasta principalmente os jovens da péssima programação televisiva –, mas também deriva da queda de credibilidade do império midiático da famiglia Marinho. No mesmo período em que a TV Globo afundou, a única emissora que ganhou público foi o SBT, de Silvio Santos. Ela teve um crescimento de 8,6% entre 2010 e 2015 – passou de 12,7% para 13,8%. A queda do “share” impacta diretamente o mercado publicitário, afastando os anunciantes. Diante da crise do seu modelo de negócios, a TV Globo talvez negocie com os golpistas algum socorro emergencial.
Netflix abala a TV por assinatura
Se na TV aberta o cenário já é dramático, no segmento da tevê por assinatura o quadro também não é animador. Entre 2014 e 2015, o setor perdeu quase 1 milhão de assinantes. O principal vilão parece ter sido o temido Netflix. Recente pesquisa da CVA Solutions apontou que ao menos uma em cada 10 pessoas que assina o Netflix abandona o seu pacote de TV por assinatura. O fenômeno da tevê por streaming, que cresceu de forma acelerada no ano passado – fala-se em 4 milhões de pagantes –, desespera os barões da mídia. Estima-se que a Netflix tenha faturado mais de R$ 1 bilhão em 2015.
É evidente que a crise não atinge apenas as televisões – abertas ou a cabo – do Brasil. O fenômeno é mundial. Artigo postado por Keila Jimenez, do site R7, confirma o drama da mídia tradicional. “Não é só no Brasil que a TV por assinatura assiste a uma estagnação do mercado. Segundo dados do setor, a base de assinantes da TV paga no mundo cresceu apenas 1,68% nos primeiros quatro meses de 2016. O maior crescimento foi na Ásia, onde o serviço ganhou 5,3 milhões de novos assinantes no período. América do Sul, do Norte e Central, que representam mais de um terço dos assinantes globais, ganharam apenas 540 mil assinantes em comparação com a base de 1,41 milhão adquirida no primeiro quadrimestre de 2015. Este declínio foi impulsionado pela crise no Brasil, o que levou a uma queda de quase 3% entre 2014 e 2015, de acordo com a Anatel”.
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