Por Altamiro Borges
O jornal Estadão informa nesta terça-feira (26) que a Petrobras, agora sob o comando do golpista Pedro Parente, prepara uma nova onda de cortes na estatal. “A Petrobrás planeja um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para a BR Distribuidora, que será estendido aos funcionários de todas as subsidiárias colocadas à venda. O plano já foi aprovado pela diretoria executiva, mas ainda depende do aval do conselho de administração. A medida reforça a estratégia da companhia de reduzir seu tamanho. Será o segundo PDV realizado pela petroleira só este ano. Com o primeiro, a companhia espera desligar até 12 mil funcionários e economizar R$ 33 bilhões em quatro anos”, revela o jornalista Antônio Pita.
Ainda de acordo com a reportagem, “a decisão de abrir um novo PDV para as empresas a serem vendidas foi informada pelo diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino Ramos, em comunicado interno. De acordo com o documento, o programa ‘será automaticamente lançado em todos os ativos que venham a ser objetos de parceria ou desinvestimento’. Ao jornal Estadão, a Petrobrás confirmou decisão, mas indicou que ainda não há definição de metas, custos de indenização, critérios ou prazos. Na carta, o diretor Celestino disse não ter resposta para todas as dúvidas dos trabalhadores. ‘Não deixem que especulações ou suposições interfiram no nosso trabalho’, disse”. Haja cinismo e medo!
A explosão de revolta dos petroleiros
A conversa fiada do diretor da estatal – corroborada pelo jornal privatista da famiglia Mesquita – apenas confirma os temores de que o novo facão provocará inevitável revolta da combativa categoria. O próprio Estadão já prevê dias de confronto. “O processo de venda de ativos, visto como fundamental para sanear as finanças da estatal, despertou fortes reações contrárias de trabalhadores e deixou o clima tenso... Os sindicatos já articulam uma greve no próximo mês contra o que consideram ‘entreguismo’. ‘Se depender do sindicato, vamos parar tudo. Já rechaçamos esse entreguismo na década de 90 e não vamos aceitar de novo’, disse Emanuel Cancella, diretor do Sindpetro-RJ. Segundo ele, o sindicato deve aderir ao movimento dos petroleiros do Nordeste, que preparam paralisação de cinco dias, em agosto, contra a venda de campos maduros na região”.
Desde a concretização do “golpe dos corruptos”, em 12 de maio, a combativa categoria já realizou inúmeros protestos – com passeatas, paralisações parciais e caravanas a Brasília. A permanente mobilização, liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), visa defender a Petrobras e a democracia, e tem como o mote o “Fora Temer”. A categoria também não deu um minuto de paz ao presidente interino da estatal, Pedro Parente, rotulado de “mercador”, “privatista”, “neoliberal” e “entreguista”. Para a FUP, o objetivo do covil golpista de Michel Temer é o de desmontar e privatizar a estatal, seguindo o roteiro traçado pelo governo dos EUA e pelas multinacionais do petróleo. O processo de desmonte, que já estava em curso, agora ganhou celeridade com o “golpe dos corruptos”.
O desmonte patrocinado pela Lava-Jato
Neste processo criminoso de desmonte da Petrobras a midiática Operação Lava-Jato, chefiada pelo sinistro juiz Sergio Moro, teve um papel de relevo. Há fortes desconfianças de que poderosos interesses externos nutriram suas ações destrutivas. Segundo reportagem da insuspeita Folha golpista, publicada no final de março passado, “desde que foram alvejadas pela Lava-Jato, há pouco mais de dois anos, a Petrobras e suas subsidiárias demitiram 169,7 mil pessoas. O corte já representa o equivalente a 61% da equipe atual, que estava em 276,6 mil em fevereiro de 2016. Em dezembro de 2013, eram 446,3 mil pessoas – de cada 10 trabalhadores empregados antes da Lava-Jato, quatro foram dispensados”.
“Os cortes começaram ainda em 2014, último ano da gestão Graça Foster, quando 74,3 mil perderam o emprego, e se intensificaram sob comando de Aldemir Bendine, que cortou 95,4 mil até fevereiro deste ano... Uma análise dos cortes mostra que 85% das demissões ocorreram entre prestadores de serviço que realizavam obras para a companhia. Esse contingente caiu de 175,8 mil pessoas em dezembro de 2013 para apenas 30,8 mil em fevereiro de 2016. A Petrobras foi obrigada a cortar drasticamente os investimentos para preservar seu caixa e tentar reduzir suas dívidas... Além disso, grandes obras foram paralisadas ou reduzidas com as denúncias de pagamento de propina pelas empreiteiras a ex-funcionários da empresa e a políticos”.
Disposição para ir à guerra
Com a concretização do “golpe dos corruptos”, que levou ao poder famosos serviçais das multinacionais – como o “chanceler” José Serra e o “neoliberal” Pedro Parente –, há consenso de que a situação só vai se agravar. A midiática Operação Lava-Jato preparou o terreno para a privatização da estatal, que agora será consolidada pelo covil golpista de Michel Temer. Isto é o que espera, excitadíssimo, o “deus-mercado”, que festejou a indicação do “presidente interino” da companhia, segundo relatos da mídia privatista. Isto também já é dado como certo pelos petroleiros, que se orgulham da capacidade produtiva da estatal e conhece as tramoias históricas para destruí-la.
“O perfil ultraliberal de Pedro Parente o descredencia por completo para assumir o comando de uma empresa que tem sido a âncora do desenvolvimento do país", reagiu a Federação Única dos Petroleiros (FUP) logo que Michel Temer anunciou o nome do “mercador”. Para evitar este desastre, a combativa categoria está disposta a ir à guerra e promete um mês de agosto bem agitado.
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O jornal Estadão informa nesta terça-feira (26) que a Petrobras, agora sob o comando do golpista Pedro Parente, prepara uma nova onda de cortes na estatal. “A Petrobrás planeja um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para a BR Distribuidora, que será estendido aos funcionários de todas as subsidiárias colocadas à venda. O plano já foi aprovado pela diretoria executiva, mas ainda depende do aval do conselho de administração. A medida reforça a estratégia da companhia de reduzir seu tamanho. Será o segundo PDV realizado pela petroleira só este ano. Com o primeiro, a companhia espera desligar até 12 mil funcionários e economizar R$ 33 bilhões em quatro anos”, revela o jornalista Antônio Pita.
Ainda de acordo com a reportagem, “a decisão de abrir um novo PDV para as empresas a serem vendidas foi informada pelo diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino Ramos, em comunicado interno. De acordo com o documento, o programa ‘será automaticamente lançado em todos os ativos que venham a ser objetos de parceria ou desinvestimento’. Ao jornal Estadão, a Petrobrás confirmou decisão, mas indicou que ainda não há definição de metas, custos de indenização, critérios ou prazos. Na carta, o diretor Celestino disse não ter resposta para todas as dúvidas dos trabalhadores. ‘Não deixem que especulações ou suposições interfiram no nosso trabalho’, disse”. Haja cinismo e medo!
A explosão de revolta dos petroleiros
A conversa fiada do diretor da estatal – corroborada pelo jornal privatista da famiglia Mesquita – apenas confirma os temores de que o novo facão provocará inevitável revolta da combativa categoria. O próprio Estadão já prevê dias de confronto. “O processo de venda de ativos, visto como fundamental para sanear as finanças da estatal, despertou fortes reações contrárias de trabalhadores e deixou o clima tenso... Os sindicatos já articulam uma greve no próximo mês contra o que consideram ‘entreguismo’. ‘Se depender do sindicato, vamos parar tudo. Já rechaçamos esse entreguismo na década de 90 e não vamos aceitar de novo’, disse Emanuel Cancella, diretor do Sindpetro-RJ. Segundo ele, o sindicato deve aderir ao movimento dos petroleiros do Nordeste, que preparam paralisação de cinco dias, em agosto, contra a venda de campos maduros na região”.
Desde a concretização do “golpe dos corruptos”, em 12 de maio, a combativa categoria já realizou inúmeros protestos – com passeatas, paralisações parciais e caravanas a Brasília. A permanente mobilização, liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), visa defender a Petrobras e a democracia, e tem como o mote o “Fora Temer”. A categoria também não deu um minuto de paz ao presidente interino da estatal, Pedro Parente, rotulado de “mercador”, “privatista”, “neoliberal” e “entreguista”. Para a FUP, o objetivo do covil golpista de Michel Temer é o de desmontar e privatizar a estatal, seguindo o roteiro traçado pelo governo dos EUA e pelas multinacionais do petróleo. O processo de desmonte, que já estava em curso, agora ganhou celeridade com o “golpe dos corruptos”.
O desmonte patrocinado pela Lava-Jato
Neste processo criminoso de desmonte da Petrobras a midiática Operação Lava-Jato, chefiada pelo sinistro juiz Sergio Moro, teve um papel de relevo. Há fortes desconfianças de que poderosos interesses externos nutriram suas ações destrutivas. Segundo reportagem da insuspeita Folha golpista, publicada no final de março passado, “desde que foram alvejadas pela Lava-Jato, há pouco mais de dois anos, a Petrobras e suas subsidiárias demitiram 169,7 mil pessoas. O corte já representa o equivalente a 61% da equipe atual, que estava em 276,6 mil em fevereiro de 2016. Em dezembro de 2013, eram 446,3 mil pessoas – de cada 10 trabalhadores empregados antes da Lava-Jato, quatro foram dispensados”.
“Os cortes começaram ainda em 2014, último ano da gestão Graça Foster, quando 74,3 mil perderam o emprego, e se intensificaram sob comando de Aldemir Bendine, que cortou 95,4 mil até fevereiro deste ano... Uma análise dos cortes mostra que 85% das demissões ocorreram entre prestadores de serviço que realizavam obras para a companhia. Esse contingente caiu de 175,8 mil pessoas em dezembro de 2013 para apenas 30,8 mil em fevereiro de 2016. A Petrobras foi obrigada a cortar drasticamente os investimentos para preservar seu caixa e tentar reduzir suas dívidas... Além disso, grandes obras foram paralisadas ou reduzidas com as denúncias de pagamento de propina pelas empreiteiras a ex-funcionários da empresa e a políticos”.
Disposição para ir à guerra
Com a concretização do “golpe dos corruptos”, que levou ao poder famosos serviçais das multinacionais – como o “chanceler” José Serra e o “neoliberal” Pedro Parente –, há consenso de que a situação só vai se agravar. A midiática Operação Lava-Jato preparou o terreno para a privatização da estatal, que agora será consolidada pelo covil golpista de Michel Temer. Isto é o que espera, excitadíssimo, o “deus-mercado”, que festejou a indicação do “presidente interino” da companhia, segundo relatos da mídia privatista. Isto também já é dado como certo pelos petroleiros, que se orgulham da capacidade produtiva da estatal e conhece as tramoias históricas para destruí-la.
“O perfil ultraliberal de Pedro Parente o descredencia por completo para assumir o comando de uma empresa que tem sido a âncora do desenvolvimento do país", reagiu a Federação Única dos Petroleiros (FUP) logo que Michel Temer anunciou o nome do “mercador”. Para evitar este desastre, a combativa categoria está disposta a ir à guerra e promete um mês de agosto bem agitado.
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1 comentários:
Nessa guerra de deuses (o Deus-mercado e o Deus Lula), prefiro ser ateu, herege e blasfemo.
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